Internet das Coisas do exagero a realidade

De Wiki Cursos IFPR Foz
Ir para navegaçãoIr para pesquisar

Internet of Things From Hype to Reality

Página Wiki com síntese de algumas ideias do livro (Rayes and Salam, 2019) [1].

O que é Internet das Coisas

A Internet das Coisas (IoT) pode ser considerada uma rede de dispositivos físicos, destacando:

  • Sensores: para coletar informação.
  • Identificadores: para identificar a fonte dos dados (ex. sensor, dispositivo).
  • Software: para analisar dados.
  • Conectividade com Internet: para comunicação e notificação.

A ideia principal da IoT é conectar coisas (sensores, dispositivos, máquinas, pessoas, animais, árvores, etc) e realizar processamento de dados através da Internet para fins de monitoramento e controle.

Em sua definição mais simples pode ser considerada a intersecção de coisas, dados e a Internet.

[1] (p. 3)

Para uma definição mais completa, deveria ser incluído standards para permitir a integração de dispositivos de diferentes fabricantes.

Outros autores de referem a Internet das Coisas também como Internet de Tudo, ou Internet of Everything (IoE). Neste caso, IoE conecta:

  • Pessoas: Conectando pessoas de modos relevantes.
  • Dados: Convertendo dados em inteligência para tomar decisões melhores.
  • Processos: Entregando a informação certa, para a pessoa certa ou para um máquina no tempo certo.
  • Coisas: Dispositivos físicos e objetos conectados entre si e a Internet para a tomada de decisão inteligente, frequentemente chamada IoT.

A Internet que utilizamos hoje seria a Internet das Pessoas, a IoT seriam os dispositivos físicos conectados entre si e a Internet e a IoE seria a junção das duas. Entretanto, um conceito atual seria considerar IoT como a Internet das coisas (anything) ou de tudo (everything).

Como monitorar coisas em qualquer lugar do mundo?
Os requisitos básicos para IoT são:
  • identificação única para as coisas;
  • habilidade de comunicação entre as coisas;
  • habilidade de sensoriamento (ou atuação) de alguma informação sobre as coisas.

[1] (p. 5)

O monitoramento e/ou controle de um sistema de IoT pode ser realizado por pessoas ou máquinas.

Quatro níveis de referência para as soluções de IoT
  • Dispositivos de IoT (coisas: sensores e atuadores);
  • Rede de IoT (infraestrutura de transporte de dados);
  • Plataformas de serviços de IoT (softwares conectando coisas e aplicações e provendo monitoramento do sistema);
  • Aplicações de IoT.

[1] (p. 8)

Dispositivos para IoT

Sensores
Sensores permitem detectar certas condições do ambiente (temperatura, umidade, pressão atmosférica, etc) e produzir uma saída. Muitas grandezas físicas são analógicas (p.ex. temperatura) e um sensor eletrônico geralmente produz uma valor analógico correspondente ao medido na forma de uma tensão elétrica.
Sensor Inteligente
Para um sensor poder interagir com um sistema de IoT é preciso que um valor analógico medido seja convertido para um valor digital, através de um Conversor Analógico Digital. Além disto, para poder ser transmitido pela Internet o sensor precisa ter uma interface de rede. Neste caso, a estrutura do sensor deve conter pelo menos três elementos: o sensor, um microcontrolador e a interface de rede. Com um microcontrolador o sensor pode ser incrementado, incluindo processamento local para filtrar e analisar os dados medidos antes enviar a Internet.
Características de um sensor para IoT
Aplicações de IoT requerem sensores pequenos e com funções avançadas para coleta de dados, além de processadores com baixo consumo de energia, baterias com longa duração e respostas rápidas.
Características desejadas para os sensores para IoT:
  • Filtragem de dados: Habilidade de coletar dados e realizar filtragem mínima antes de enviar os dados a gateways ou outros sistemas.
  • Baixo consumo de energia: Necessário para instalação em locais de difícil acesso para troca de baterias.
  • Compacto: Para poder ser instalado em locais com limitações de espaço.
  • Medição não invasiva: De forma a não interferir no ambiente físico a ser monitorado.
  • Alta sensibilidade: Medição da menor variação possível da grandeza medida.
  • Linearidade: Variação linear entre a grandeza medida e a saída do sensor.
  • Faixa dinâmica de atuação (Dynamic Range): Faixa de atuação do sensor para a grandeza medida.
  • Precisão (Accuracy): Máximo erro esperado na medição.
  • Histerese: Quando o sensor não retorna o mesmo valor na saída para uma variação da entrada de alto par baixo (ou vice-versa).
  • Limite de Ruído: Todo sensor produz algum ruído na saída para um dado sinal medido.
  • Largura de Banda: Frequência máxima entre duas medidas.
  • Alta Resolução: Detecção mínima da variação de uma medida.
  • Mínima interrupção: Tempo mínimo para voltar a funcionar normalmente após uma interrupção.
  • Alta confiabilidade: Confiabilidade dos dados medidos.
  • Fácil de usar: Fácil instalação e funcionamento adequado assim que for ligado.
Controle de um dispositivo
Um dispositivo de IoT pode ser monitorado e controlado de duas maneiras: localmente ou remotamente. Para o controle local o dispositivo deve possuir capacidade de processamento. Para o controle remoto o dispositivo realiza medidas e envia para a nuvem da Internet, onde um programa de monitoramento e controle envia ao dispositivo a ser controlado os comandos necessários.
Identificação de um dispositivo de IoT
Uma maneira de identificar um dispositivo de IoT é utilizar um endereço IP para cada dispositivo. Entretanto, o IPv4 possui limitações do número de endereços possíveis para atender a questão de escala colocada pelos sistemas de IoT e o IPv6 ainda não está totalmente difundido.
Outra questão é que muitos dispositivos não possuem hardware e software suficientes para a implementação da pilha TCP/IP. Neste caso, os dispositivos podem ser identificados por seus respectivos gateways na Internet.
RFID
RFID (radio-frequency identification) é uma tecnologia que pode ser utilizada para identificar objetos a partir de informações gravadas em uma tag.
Um sistema de RFID possui duas partes, a tag e o leitor. A tag é formada por um microchip com informações gravadas e uma antena para receber e transmitir sinal. O leitor lê as informações gravadas na tag por meio de um rádio transmissor e receptor e passa para um programa para análise do códido RFID.

[1] (p. 77)

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 1,4 Ammar Rayes & Samer Salam. Internet of Things From Hype to Reality: The Road to Digitization, Springer, 2019.

Evandro.cantu (discussão) 17h00min de 29 de abril de 2020 (-03)