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Brasil (pronuncia-se localmente Predefinição:AFI2[nota 1]), oficialmente República Federativa do Brasil (Predefinição:Audio),[1] é o maior país da América do Sul e da região da América Latina, sendo o quinto maior do mundo em área territorial (equivalente a 47% do território sul-americano)[2] e sexto em população (com mais de 200 milhões de habitantes).[3] É o único país na América onde se fala majoritariamente a língua portuguesa e o maior país lusófono do planeta,[4] além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados locais do mundo. A sua Constituição atual, formulada em 1988, define o Brasil como uma república federativa presidencialista,[1] formada pela união do Distrito Federal, dos 26 estados e dos Predefinição:Fmtn.[1][5]Predefinição:Nota de rodapé

Delimitado pelo oceano Atlântico a leste, o Brasil tem um litoral de Predefinição:Fmtn.[4] O país faz fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto Chile e Equador, sendo limitado a norte pela Venezuela, Guiana, Suriname e pelo departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; a noroeste pela Colômbia; a oeste pela Bolívia e Peru; a sudoeste pela Argentina e Paraguai e ao sul pelo Uruguai. Vários arquipélagos formam parte do território brasileiro, como o Atol das Rocas, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (o único destes habitado) e Trindade e Martim Vaz.[4] O Brasil também é o lar de uma diversidade de animais selvagens, ecossistemas e de vastos recursos naturais em uma grande variedade de habitats protegidos.[4]

O território que atualmente forma o Brasil foi encontrado pelos portugueses em 1500, durante uma expedição liderada por Pedro Álvares Cabral. A região, que até então era habitada por indígenas ameríndios divididos entre milhares de grupos étnicos e linguísticos diferentes, torna-se uma colônia do Império Português. O vínculo colonial foi rompido, de fato, quando em 1808 a capital do reino foi transferida de Lisboa para a cidade do Rio de Janeiro, depois de tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte invadirem o território português.[6] Em 1815, o Brasil se torna parte de um reino unido com Portugal. Dom Pedro I, o primeiro imperador, proclamou a independência política do país em 1822. Inicialmente independente como um império, período no qual foi uma monarquia constitucional parlamentarista, o Brasil tornou-se uma república em 1889, em razão de um golpe militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca (o primeiro presidente), embora uma legislatura bicameral, agora chamada de Congresso Nacional, já existisse desde a ratificação da primeira Constituição, em 1824.[6] Desde o início do período republicano, a governança democrática foi interrompida por longos períodos de regimes autoritários, até um governo civil e eleito democraticamente assumir o poder em 1985, com o fim do regime militar.[7]

O PIB brasileiro é o oitavo maior do mundo, tanto nominalmente quanto por paridade do poder de compra (PPC).[8] O país é um dos principais celeiros do planeta, sendo o maior produtor de café dos últimos 150 anos.[9] É classificado como uma economia de renda média-alta pelo Banco Mundial[10] e um país recentemente industrializado, que detém a maior parcela de riqueza global da América Latina. Como potência regional e média,[11] a nação tem reconhecimento e influência internacional, sendo que também é classificada como uma potência global emergente[12] e como uma potencial superpotência por vários analistas.[13] É membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, BRICS, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Latina, Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Etimologia

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História

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Período pré-colonial

Predefinição:Artigo principal [[Imagem:Serra da Capivara - Several Paintings 2b.jpg|esquerda|thumb|Arte rupestre no Parque Nacional da Serra da Capivara. Esta região tem a maior concentração de

Colonização portuguesa

Predefinição:Artigo principal Predefinição:Vertambém [[Imagem:Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500 by Oscar Pereira da Silva (1865–1939).jpg|esquerda|thumb|Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, atual Bahia, em 1500. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1922).]] A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por Portugal em 22 de abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral.Predefinição:HarvRef

A colonização do Brasil foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em quatorze capitanias hereditárias,Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef mas esse arranjo se mostrou problemático, uma vez que apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Então, em 1549, o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas,Predefinição:HarvRef enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas por doenças europeias para as quais não tinham imunidade,Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef ou em longas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus.[14][15][16]

Arquivo:Oscar Pereira da Silva - Retrato de Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg
Tiradentes foi condenado à morte por ter liderado o mais conhecido movimento por independência ocorrido no Brasil Colonial.

Em meados do século XVI, quando o açúcar de cana tornou-se o mais importante produto de exportação do Brasil,Predefinição:HarvRef os portugueses iniciaram a importação de escravos africanos, comprados nos mercados de escravos da África Ocidental.[17][18] Assim, estes começaram a ser trazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescente demanda internacional do produto, naquele que foi chamado ciclo da cana-de-açúcar.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef

Ignorando o tratado de Tordesilhas de 1494, os portugueses, através de expedições conhecidas como bandeiras, paulatinamente avançaram sua fronteira colonial na América do Sul para onde se situa a maior parte das atuais fronteiras brasileiras,Predefinição:HarvRef[19] tendo passado os séculos XVI e XVII defendendo tais conquistas contra potências rivais europeias.[20] Desse período destacam-se os conflitos que rechaçaram as incursões coloniais francesas (no Rio de Janeiro em 1567 e no Maranhão em 1615) e que, após o fim da União Ibérica, expulsaram os holandeses do nordeste, na chamada Insurreição Pernambucana — sendo o conflito com os holandeses parte integrante da Guerra Luso-Holandesa.[20][21]

Ao final do século XVII, devido à concorrência colonial as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de ouro pelos bandeirantes na década de 1690 abriu um novo ciclo para a economia extrativista da colônia, promovendo uma febre do ouro no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos (como a Guerra dos Emboabas), entre os antigos colonos e os recém-chegados.[22]

Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou tanto em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do Quilombo dos Palmares),[23] como em reprimir todo movimento por autonomia ou independência política (como a Inconfidência Mineira).[24][25]

Reino unido com Portugal

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Arquivo:Aclamação do rei Dom João VI no Rio de Janeiro.jpg
Aclamação do Rei Dom João VI do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no Rio de Janeiro.

No final de 1807, forças espanholas e napoleônicas ameaçaram a segurança de Portugal Continental, fazendo com que o Príncipe Regente D. João VI, em nome da rainha Maria I, transferisse a corte real de Lisboa para o Brasil.[26] O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como bolsas de valores locais[27] e um banco nacional, e acabou com o monopólio comercial que Portugal mantinha sobre o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações. Em 1809, em retaliação por ter sido forçado a um "autoexílio" no Brasil, o príncipe regente ordenou a conquista portuguesa da Guiana Francesa.[28]

Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.[29] No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a Revolução Pernambucana de 1817 mostrou.[29] Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[30] D. João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do Reino do Brasil.[31]

Independência e Império

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Arquivo:Independence of Brazil 1888.jpg
Declaração da Independência do Brasil pelo imperador Pedro I em 7 de setembro de 1822. Obra de Pedro Américo (1888).

Em decorrência desses acontecimentos, a coroa portuguesa tentou, mais uma vez, transformar o Brasil em uma colônia, privando o país do estatuto de Reino, adquirido em 1815.Predefinição:HarvRef Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 7 de setembro de 1822.Predefinição:HarvRef Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano, fundando, assim, o Império do Brasil.Predefinição:HarvRef

A guerra da independência do Brasil, iniciada ao longo deste processo, propagou-se pelas regiões norte, nordeste e ao sul na província de Cisplatina.Predefinição:HarvRef Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824,Predefinição:HarvRef sendo a independência reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado do Rio de Janeiro.Predefinição:HarvRef

A primeira constituição brasileira foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos conselhos municipais de todo o país.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef Exaurido no Brasil por anos de exercício do poder moderador, período no qual também enfrentou em Pernambuco o movimento separatista conhecido como Confederação do Equador, e inconformado com o rumo que os absolutistas portugueses haviam imprimido à sucessão de D. João VI, D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho de cinco anos e herdeiro (que viria a ser o imperador Dom Pedro II), e retornou à Europa a fim de recuperar a coroa para sua filha.Predefinição:HarvRef Como o novo imperador não poderia, até atingir a maturidade, exercer suas prerrogativas constitucionais, a regência foi adotada.Predefinição:HarvRef

Arquivo:Delfim da Câmara - D. Pedro II. 1875 (edit).jpg
Dom Pedro II, imperador entre 1840 e 1889. Pintura de Delfim da Câmara (1875).

Durante o período regencial ocorreu uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, a Revolta dos Malês, a Balaiada, a Sabinada e a Revolução Farroupilha, decorrentes do descontentamento das províncias com o poder central e das tensões sociais latentes de uma nação escravocrata e recém-independente.[32] Em meio a esta agitação, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente em 1840. Porém, somente ao final daquela década, as últimas revoltas do período regencial, e outras posteriores, como a Revolução Praieira, foram debeladas e o país pôde voltar a uma relativa estabilidade política interna.[33]

Internacionalmente, após a perda de Cisplatina, que se tornou o Uruguai, o Brasil saiu vitorioso de três guerras no Cone Sul durante o reinado de Dom Pedro II: a guerra do Prata, a guerra do Uruguai e a guerra do Paraguai naquele que, além de ter sido um dos maiores conflitos da história (o maior da América do Sul), foi o que exigiu o maior esforço de guerra na história do país.Predefinição:HarvRef

Concernente à questão da escravidão no país, somente após anos de pressão comercial e marítima exercida pelo Reino Unido, em decorrência da lei "Bill Aberdeen", o Brasil concordou em abandonar o tráfico internacional de escravos, em 1850. Apesar disso e da repercussão internacional, dos efeitos políticos e econômicos decorrentes da derrota dos Estados Confederados na Guerra Civil Americana durante a década de 1860, foi apenas em 1888, após um longo processo de mobilização interna e debate para a desmontagem moral e legal da escravidão, que esta foi formalmente abolida no Brasil.[34]Predefinição:HarvRef

Em 15 de novembro de 1889, desgastada por anos de estagnação econômica, em atrito com a oficialidade do Exército e também com as elites rurais e financeiras (embora por razões diferentes), a monarquia foi derrubada por um golpe militar.Predefinição:HarvRef[35]

Primeira República e Era Vargas

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  12. FRIDE: The international arena and emerging powers: stabilising or destabilising forces?, Susanne Gratius, abril de 2008
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  18. Predefinição:Citation
  19. Predefinição:Citation
  20. 20,0 20,1 Ibidem, Donato 1987
  21. Mello, Evaldo Cabral de "Olinda restaurada; Guerra e Açúcar no Nordeste, 1630-1654" Editora 34 Ltda 2007
  22. Sérgio Buarque de Holanda, Pedro Moacyr Campos e Boris Fausto "História geral da civilização brasileira" Difusão Européia do Livro 1963, Capítulo III
  23. Ibidem, Donato 1987 p.82
  24. Christiane Figueiredo Pagano de Mello "Forças Militares no Brasil Colonial" E-papers 2009 ISBN 9788576502050 páginas 51, 59, 85
  25. Regina Célia Pedroso "Estado autoritário e ideologia policial" FAPESP 2005 ISBN 8598292753 página 67, 2º§ (final) visualização Google livros
  26. Boxer, p. 213
  27. Marta Barcellos & Simone Azevedo; "Histórias do Mercado de Capitais no Brasil" - Campus Elsevier 2011 ISBN 85-352-3994-4 Introdução (por Ney Carvalho), Intro. pg. xiv
  28. Bueno, p. 145.
  29. 29,0 29,1 Predefinição:Citar livro
  30. Predefinição:Citar livro
  31. Lustosa, pp. 109–110
  32. Predefinição:Citar livro
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  34. Predefinição:Citation
  35. Predefinição:Citation