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Edição das 15h20min de 22 de junho de 2021
Servidor Linux
- Origem
- A origem do sistema operacional Linux é o Unix, o qual era um sistema operacional para servidores e computadores de médio porte das décadas de 1980 e 1990. O Unix foi escrito em Linguagem C, para computadores PDP-11 (DEC - Digital Equipament Corporation), demonstrando a relativa facilidade de migração para outros computadores. A DEC foi uma empresa pioneira de computadores nos EUA e tinha entre seus produtos os mini-computadores PDP e VAX, muito populares nas comunidades científica e de engenharia nos anos 70 e 80. A DEC foi comprada pela Compaq, que por sua vez se fundiu com a Hewlett-Packard [1].
- Vários sistemas comerciais foram desenvolvidos a partir do Unix, como o Unix BSD (Universidade de Berkeley), o Unix System V (AT&T) e, com o desenvolvimento dos computadores pessoais, o Linux [2].
- Utilização do Linux como servidores
- O Linux hoje é utilizado em desktops, laptops, smartphones e outros dispositivos. Contudo, o papel de servidor se mantem, sendo um dos sistemas operacionais mais utilizados na montagem de servidores de rede local e servidores Internet [2]:
- Um servidores de rede local provê serviços de rede aos usuários em uma rede local, incluindo o papel de roteador provendo acesso a Internet, servidor proxy (Squid), servidor DHCP, roteador NAT, firewall (iptables) e servidor de arquivos e impressão (Samba).
- Um servidor Internet é um servidor dedicado a prover serviços na Internet. Um exemplo é um servidor Web montado com Apache, um interpretador PHP e um banco de dados MySQL, conhecido como servidor LAMP. Outros serviços de rede também podem fazer parte do servidor, como servidor FTP para disponibilizar arquivos de forma pública, sistema de quotas para administrar espaço de armazenamento, servidor DNS, servidor de Email e outros.
Servidor dedicado e administração remota
Um servidor Linux pode ser uma máquina física dedicada para prover serviços de rede ou uma máquina virtual hospedada em um datacenter. Em ambos os casos, normalmente o servidor é montado com uma estrutura enxuta, com o modo gráfico desativado, liberando os recursos do hardware para o papel de servidor. Neste caso, a administração do servidor acaba sendo feita remotamente, principalmente utilizando SSH.
Servidor Linux Ubuntu
O sistema operacional Ubuntu lança uma nova versão para desktops e servidores a cada seis meses, nos meses de abril (versão ano.04) e outubro (versão ano.10). Cada versão tem atualizações de segurança gratuitas por pelo menos 18 meses. A versão de Longo Tempo de Suporte (LTS), lançada nos anos pares no mês de abril, o suporte é três anos para desktops, e cinco anos para servidores.
- Últimas versões Lixux
- Ubuntu 21.04
- Ubuntu 20.10
- Ubuntu 20.04 LTS
- Ubuntu 19.10
- Ubuntu 19.04
- Ubuntu 18.10
- Ubuntu 18.04 LTS
- Ubuntu 17.10
- ...
Comandos Básicos Linux
Embora o Linux possua interface gráfica, como o Gnome ou KDE, o administrador do sistema muitas vezes prefere (ou necessita) executar comandos de linha em um terminal.
O ambiente tradicional do Unix é o CLI (Command Line Interface), onde você digita os comandos para dizer ao computador o que ele deve fazer.
- Site para treinar comandos básicos
- Terminal Linux.
- Sites com comandos básicos para praticar
- http://www.infowester.com/comandoslinux.php
- https://www.vivaolinux.com.br/dica/Comandos-basicos-para-iniciantes
Arquivos e diretórios no Linux
- Arquivos
- No Linux os arquivos armazenam informações que podem ser do tipo texto, áudio, imagem, vídeo, binários, etc.
- O nome de um arquivo é formado por um nome e uma extensão, a qual indica o tipo do arquivo. Por exemplo:
- texto.txt -> Arquivo de texto sem formatação, codificados em ASCII.
- figura.jpg -> Arquivo de imagem do tipo jpg.
- Diretórios
- No Linux os diretórios são equivalentes as Pastas do sistema Windows. Permitem organizar as informações de forma hierárquica através de diretórios e subdiretórios.
- Alguns dos principais diretórios do sistema Linux são:
- / -> Diretório raiz do sistema.
- /home/nome_usuario -> Diretório pessoal do usuário que está logado no sistema.
- /etc -> Diretório com arquivos de configuração do sistema.
Comandos de arquivos e diretórios
- Mostrar o diretório corrente
pwd
- Quando um usuário loga no sistema o sistema automaticamente o posiciona no diretório /home/nome_usuario, que é seu diretório pessoal.
- Listar o conteúdo de um diretório
ls ls -l ls -a
- O parâmetro -l lista conteúdo do diretório incluindo detalhes das permissões de acesso, tamanho do arquivo e data de criação.
- O parâmetro -a lista também arquivos ocultos, os quais iniciam com ".", por exemplo, .profile.
- Criar arquivo vazio
touch nome_arquivo
- Listar conteúdo de arquivo
cat nome_arquivo
Inserir conteúdo no arquivo a partir de edição no teclado.
cat > nome_arquivo
Acrescentar conteúdo no final de um arquivo a partir de edição no teclado.
cat >> nome_arquivo
- A edição é finalizada com:
Ctrl-d -> Salvar e sair Ctrl-c -> Sair sem salvar
- Criar diretório
mkdir nome_diretorio
- Remover diretório
rmdir nome_diretorio
- Remove diretório vazio. Se o diretório não estiver vazio não consegue remover.
- Mudar para o diretório especificado
cd nome_diretorio
Mudar para o diretório de nível superior.
cd ..
- Copiar arquivos
cp arquivo1 arquivo2
Copiar recursivamente, incluindo os arquivos e subdiretórios, o diretório dir1 para o dir2.
cp -r dir1 dir2
- Mover arquivos
mv arquivo1 arquivo2
- Remover arquivos
rm nome_arquivo
Remover recursivamente diretórios e seu conteúdo:
rm -r nome_diretorio
Exercícios sobre comandos de arquivos e diretórios
Em seu diretório pessoal, crie usando mkdir a seguinte estrutura de diretórios e subdiretórios:
Brasil + PR | + Curitiba | + Guarapuava | + Foz_do_Iguaçu + SC | + Florianopolis | + Blumenau + RS + Porto_Alegre + Caxias_do_Sul
- Mude para este diretório com cd e verifique onde está com pwd.
- Crie no diretório AdmServ mais três diretórios: dir1, dir2 e dir3.
- Mude para o diretório dir1 e crie um arquivo num, usando o comando cat contendo os números 1, 2, 3, 4 e 5.
- Mude para o diretório dir2 e crie um arquivo letras, usando o comando cat contendo os números a, b, c, d e e.
- Copie, usando o comando cp, os arquivos num e letras para o dir3.
- Mude para o diretório dir3 e acrescente ao arquivo letras, usando o comando cat, as letras f, g, h, i e j.
Estrutura de arquivos e diretórios do Linux
O diretório raiz (/) do Linux apresenta a seguinte lista de diretórios:
$ ls / bin dev lib proc sbin tmp boot etc media root opt usr cdrom home mnt
Descrição e função dos diretórios:
- /bin: Arquivos binários executáveis de comandos essenciais, como o cp, mv e grep.
- /boot: Arquivos relacionados ao boot e ao kernel.
- /dev: Arquivos associados a ponteiros para dispositivos físicos, como os discos rígidos, placas de som e vídeo etc.
- /etc: Arquivos de configuração dos sistemas e aplicativos instalados na máquina.
- /lib: Bibliotecas do sistema.
- /mnt: Diretório de montagem dos dispositivos de armazenamento .
- /media: Diretório de montagem dos sistemas de arquivos temporários, como pendriver.
- /cdrom: Diretório de montagem do CD-ROM.
- /opt: Arquivos de programas de terceiros, que não acompanham a distribuição.
- /proc: Diretório de informações de processos e hardware do sistema.
- /root: Diretório home do superusuário.
- /sbin: Arquivos binários executáveis do superusuário.
- /tmp: Arquivos temporários.
- /usr: Onde ficam a maioria dos aplicativos instalados no sistema.
- /var: Arquivos de dados variáveis, como spool de impressão, os arquivos de cache e arquivos de log.
Sistema de arquivos
O sistema de arquivos caracteriza o modo como os dados são armazenados em uma partição do dispositivo de armazenamento.
Cada sistema operacional pode trabalhar com um sistema de arquivos específico. Deste modo, caso se queira instalar vários sistemas operacionais em uma máquina, o disco rígido deve ser particionado.
- Particionamento
- O particionamento do disco rígido pode ser realizado durante a instalação do sistema. Geralmente o software de instalação oferece ferramentas para particionar o disco. Entretanto, há ferramentas específicas para isto, como o GParted, disponível nos repositórios do Ubuntu.
Sistemas de arquivos suportados pelo Linux
O Linux tem suporte a vários de sistemas de arquivos, sendo que os principais são:
- ext: extended filesystem, é o mais utilizado pelo Linux. Existem várias extensões (ext2, ext3, ext4) que melhoram a performance do sistema.
- vfat: é o sistema de arquivos do DOS e Microsoft Windows 95 e NT.
- ntfs: é o sistema de arquivos do Microsoft Windows XP e NT.
- nfs: é um sistema de arquivos para redes usado para acessar discos localizados em computadores remotos.
- smb: é um sistema de arquivos para redes que suporta o protocolo SMB, usado pelos Windows for Workgroups e NT. No Linux o Samba implementa o protocolo SMB fazendo com que pareça como sendo um servidor de arquivos Windows.
- iso9660: é o sistema de arquivos para CD-ROM.
O arquivo /proc/filesystems mostra os sistemas de arquivos são suportados pelo seu kernel atual.
Gerenciador da inicialização
Caso o computador tenha mais de um sistema operacional instalado há necessidade de um gerenciador da inicialização para definir a ordem de iniciação do sistema. No Ubuntu o gerenciador da inicialização é o GRUB.
- A edição do arquivo de configuração do GRUB permite alterar a ordem de iniciação dos sistemas operacionais:
sudo gedit /etc/default/grub
- Caso a ordem de inicialização seja alterada o GRUB deve ser atualizado:
sudo update-grub
Gerenciamento de serviços e processos
Cada serviço rodando no Linux, como um Servidor Apache, são chamados deamons ou serviços do sistema [2].
A tarefa de iniciar ou parar os serviços do sistema é automatizada por um conjunto de scripts, localizados na pasta /etc/init.d:
- Para visualizar os serviços no init.d:
cd /etc/init.d ls
- Para iniciar um serviço usa-se o comando:
sudo service apache2 start
- Para parar um serviço usa-se o comando:
sudo service apache2 stop
Cada processo no Linux é um aplicativo ou serviço ativo no sistema.
Para listar todos os processos ativos, usa-se o comando:
ps aux
Para saber a função de um processo, pode-se usar o comando:
whatis
- Por exemplo, para saber qual o processo cron:
whatis cron cron (8) - daemon to execute scheduled commands (Vixie Cron)
Para saber se um processo está rodando, como por exemplo o firefox, pode-se usar o comando:
ps aux | grep firefox evandro 1886 10.6 3.5 980504 261976 ? Sl 18:52 3:09 /usr/lib/firefox/firefox
Para matar um processo deve-se especificar o PID (Identificador do Processo), por exemplo, para matar o firefox:
kill 1886
Caso processo esteja travado, deve utilizar o seguinte parâmetro:
kill -9 1886
Referências
- ↑ DEC na Wikipédia https://pt.wikipedia.org/wiki/Digital_Equipment_Corporation
- ↑ 2,0 2,1 2,2 MORIMOTO, C. E. Seridores Linux: Guia prático, Sul Editores, Porto Alegre, 2013.
Evandro.cantu (discussão) 10h25min de 22 de junho de 2021 (-03)