Internet das Coisas do exagero a realidade: mudanças entre as edições
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:Um sistema de RFID possui duas partes, a ''tag'' e o leitor. A ''tag'' é formada por um microchip com informações gravadas e uma antena para receber e transmitir sinal. O leitor lê as informações gravadas na ''tag'' por meio de um rádio transmissor e receptor e passa para um programa para análise do códido RFID. | :Um sistema de RFID possui duas partes, a ''tag'' e o leitor. A ''tag'' é formada por um microchip com informações gravadas e uma antena para receber e transmitir sinal. O leitor lê as informações gravadas na ''tag'' por meio de um rádio transmissor e receptor e passa para um programa para análise do códido RFID. | ||
:[[Arquivo:RFID.png|100px]] <ref name=Rayes&Salam/> (p. 77) | |||
A vantagem do '''RFID''' em relação a outras técnicas como '''código de barras''' é que a informação na ''tag'' pode ser facilmente regravada e a leitura pode ser feita a distâncias maiores. '''Tags''' passivas podem ser lidas por distâncias de até 10 metros e ''tags'' equipadas com sistemas de bateria podem ser lidas a distâncias de até 100 metros. Além disto, o leitor pode realizar a leitura de várias ''tags'' ao mesmo tempo. | |||
==Referências== | ==Referências== |
Edição das 11h51min de 2 de maio de 2020
Internet of Things From Hype to Reality
Página Wiki com síntese de algumas ideias do livro (Rayes and Salam, 2019) [1].
O que é Internet das Coisas
A Internet das Coisas (IoT) pode ser considerada uma rede de dispositivos físicos, destacando:
- Sensores: para coletar informação.
- Identificadores: para identificar a fonte dos dados (ex. sensor, dispositivo).
- Software: para analisar dados.
- Conectividade com Internet: para comunicação e notificação.
A ideia principal da IoT é conectar coisas (sensores, dispositivos, máquinas, pessoas, animais, árvores, etc) e realizar processamento de dados através da Internet para fins de monitoramento e controle.
Em sua definição mais simples pode ser considerada a intersecção de coisas, dados e a Internet.
[1] (p. 3)
Para uma definição mais completa, deveria ser incluído standards para permitir a integração de dispositivos de diferentes fabricantes.
Outros autores de referem a Internet das Coisas também como Internet de Tudo, ou Internet of Everything (IoE). Neste caso, IoE conecta:
- Pessoas: Conectando pessoas de modos relevantes.
- Dados: Convertendo dados em inteligência para tomar decisões melhores.
- Processos: Entregando a informação certa, para a pessoa certa ou para um máquina no tempo certo.
- Coisas: Dispositivos físicos e objetos conectados entre si e a Internet para a tomada de decisão inteligente, frequentemente chamada IoT.
A Internet que utilizamos hoje seria a Internet das Pessoas, a IoT seriam os dispositivos físicos conectados entre si e a Internet e a IoE seria a junção das duas. Entretanto, um conceito atual seria considerar IoT como a Internet das coisas (anything) ou de tudo (everything).
- Como monitorar coisas em qualquer lugar do mundo?
- Os requisitos básicos para IoT são:
- identificação única para as coisas;
- habilidade de comunicação entre as coisas;
- habilidade de sensoriamento (ou atuação) de alguma informação sobre as coisas.
[1] (p. 5)
O monitoramento e/ou controle de um sistema de IoT pode ser realizado por pessoas ou máquinas.
- Quatro níveis de referência para as soluções de IoT
-
- Dispositivos de IoT (coisas: sensores e atuadores);
- Rede de IoT (infraestrutura de transporte de dados);
- Plataformas de serviços de IoT (softwares conectando coisas e aplicações e provendo monitoramento do sistema);
- Aplicações de IoT.
[1] (p. 8)
Dispositivos para IoT
- Sensores
- Sensores permitem detectar certas condições do ambiente (temperatura, umidade, pressão atmosférica, etc) e produzir uma saída. Muitas grandezas físicas são analógicas (p.ex. temperatura) e um sensor eletrônico geralmente produz uma valor analógico correspondente ao medido na forma de uma tensão elétrica.
- Sensor Inteligente
- Para um sensor poder interagir com um sistema de IoT é preciso que um valor analógico medido seja convertido para um valor digital, através de um Conversor Analógico Digital. Além disto, para poder ser transmitido pela Internet o sensor precisa ter uma interface de rede. Neste caso, a estrutura do sensor deve conter pelo menos três elementos: o sensor, um microcontrolador e a interface de rede. Com um microcontrolador o sensor pode ser incrementado, incluindo processamento local para filtrar e analisar os dados medidos antes enviar a Internet.
- Características de um sensor para IoT
- Aplicações de IoT requerem sensores pequenos e com funções avançadas para coleta de dados, além de processadores com baixo consumo de energia, baterias com longa duração e respostas rápidas.
- Características desejadas para os sensores para IoT:
- Filtragem de dados: Habilidade de coletar dados e realizar filtragem mínima antes de enviar os dados a gateways ou outros sistemas.
- Baixo consumo de energia: Necessário para instalação em locais de difícil acesso para troca de baterias.
- Compacto: Para poder ser instalado em locais com limitações de espaço.
- Medição não invasiva: De forma a não interferir no ambiente físico a ser monitorado.
- Alta sensibilidade: Medição da menor variação possível da grandeza medida.
- Linearidade: Variação linear entre a grandeza medida e a saída do sensor.
- Faixa dinâmica de atuação (Dynamic Range): Faixa de atuação do sensor para a grandeza medida.
- Precisão (Accuracy): Máximo erro esperado na medição.
- Histerese: Quando o sensor não retorna o mesmo valor na saída para uma variação da entrada de alto par baixo (ou vice-versa).
- Limite de Ruído: Todo sensor produz algum ruído na saída para um dado sinal medido.
- Largura de Banda: Frequência máxima entre duas medidas.
- Alta Resolução: Detecção mínima da variação de uma medida.
- Mínima interrupção: Tempo mínimo para voltar a funcionar normalmente após uma interrupção.
- Alta confiabilidade: Confiabilidade dos dados medidos.
- Fácil de usar: Fácil instalação e funcionamento adequado assim que for ligado.
- Controle de um dispositivo
- Um dispositivo de IoT pode ser monitorado e controlado de duas maneiras: localmente ou remotamente. Para o controle local o dispositivo deve possuir capacidade de processamento. Para o controle remoto o dispositivo realiza medidas e envia para a nuvem da Internet, onde um programa de monitoramento e controle envia ao dispositivo a ser controlado os comandos necessários.
- Identificação de um dispositivo de IoT
- Uma maneira de identificar um dispositivo de IoT é utilizar um endereço IP para cada dispositivo. Entretanto, o IPv4 possui limitações do número de endereços possíveis para atender a questão de escala colocada pelos sistemas de IoT e o IPv6 ainda não está totalmente difundido.
- Outra questão é que muitos dispositivos não possuem hardware e software suficientes para a implementação da pilha TCP/IP. Neste caso, os dispositivos podem ser identificados por seus respectivos gateways na Internet.
- RFID
- RFID (radio-frequency identification) é uma tecnologia que pode ser utilizada para identificar objetos a partir de informações gravadas em uma tag.
- Um sistema de RFID possui duas partes, a tag e o leitor. A tag é formada por um microchip com informações gravadas e uma antena para receber e transmitir sinal. O leitor lê as informações gravadas na tag por meio de um rádio transmissor e receptor e passa para um programa para análise do códido RFID.
- [1] (p. 77)
A vantagem do RFID em relação a outras técnicas como código de barras é que a informação na tag pode ser facilmente regravada e a leitura pode ser feita a distâncias maiores. Tags passivas podem ser lidas por distâncias de até 10 metros e tags equipadas com sistemas de bateria podem ser lidas a distâncias de até 100 metros. Além disto, o leitor pode realizar a leitura de várias tags ao mesmo tempo.
Referências
Evandro.cantu (discussão) 17h00min de 29 de abril de 2020 (-03)