Arduino: Entradas e Saidas: mudanças entre as edições

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==Saídas digitais==
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;O Arduíno UNO possui 14 Entradas/Saídas Digitais:  
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Edição das 20h49min de 7 de dezembro de 2018

Curso: Arduíno e eletrônica de interface com o mundo físico

Professor Evandro Cantú
Instituto Federal do Paraná - Campus Foz do Iguaçu
Objetivos
Este curso tem como objetivos realizar uma introdução ao microcontrolador Arduíno e a eletrônica de interface com o mundo físico a partir de atividades teóricas e práticas.
O curso está organizados em módulos, cada um deles trabalhando conceitos específicos sobre o microcontrolador Arduíno e os correspondentes conceitos de eletricidade e eletrônica envolvidos nos sensores e atuadores de interação com o mundo físico.
Carga Horária
O curso completo tem carga horária de 20 horas. Entretanto, como está organizado em módulos, pode ser adaptado para uma carga horária menor, reduzindo o número de módulos a serem trabalhados.

Características do microcontrolador Arduíno

Arduíno
Site oficial do Arduíno

Saídas digitais

Arduino UNO
O Arduíno UNO possui 14 Entradas/Saídas Digitais
  • As entradas/saídas digitais estão localizadas nos pinos 0 a 13.
  • Estas entradas/saídas operam com valores digitais LOW e HIGH, os quais correspondem aos valores de tensão 0 V e 5 V, respectivamente..
  • Cada pino fornece corrente de até 20 mA, sendo que qualquer corrente solicitada acima de 40mA pode danificar o Arduíno.
pinMode
Comando da linguagem de programação do Arduíno que configura o pino digital como entrada (INPUT) ou saída (OUTPUT).
Exemplo:
pinMode(13, OUTPUT);
digitalWrite
Comando para escrever na saída digital.
digitalWrite(13, HIGH/LOW);

Laboratório 1: Saída digital

digitalWrite
  • Carregar no Arduíno o programa exemplo Arquivo/Exemplos/Basic/Blink para piscar o led do pino 13, mantendo acesso por 1 seg e em seguida apagada por 1 seg. O led do pino 13 é um led instalado na própria placa do Arduíno.
  • Modificar o tempo (delay) e verificar a mudança na frequência do piscar do led.
A função delay(1000); estabelece um atraso em ms (mili segundos), logo 1000 ms = 1 s.

Leds

Um led é um diodo emissor de luz (light emitting diode). Ele se comporta como um Diodo, conduzindo apenas quanto polarizado diretamente.

Para utilizar um led é necessário alguns conceitos de Eletricidade Básica.

Um led não pode receber tensão diretamente em seus terminais sob risco de colocar o componente em curto-circuito. A corrente elétrica no led deve ser limitada, tipicamente entre 10 mA a 30 mA por um resistor externo.

A queda de tensão direta nos leds depende da cor do led. De modo simplificado, tipicamente se usa-se queda de tensão de 2 V.

Exemplo cálculo do resistor de proteção de um circuito com led
Supondo:
Iled = 10 mA

Soma das tensões ao longo da malha (2a Lei de Kirchhoff):

V = Vled + R.I
Isolando R:
R = (V - Vled) / I
Atribuindo valores:
V = 5V, Vled = 2V, I = 10mA (Prefixos SI)
Calculando:
R = (5 - 2)/(10/1000) = 3/(1/100) = 3 . 100 = 300Ω 
Valores comerciais:
270Ω ou 330Ω
Código de cores de resistores

Laboratório 2: Semáforo automatizado com leds

Semáforo
  • Montar hardware para acionamento de 3 leds (vermelho, verde e amarelo), comandados por 3 saídas digitais independentes do Arduíno, utilizando resistores de proteção adequados.
  • Modificar programa Arquivo/Exemplos/Basic/Blink para acionar os leds como um semáforo, com temporização adequada para cada cor.

Entradas digitais

Um pino digital do Arduíno pose ser definido como entrada (INPUT).

pinMode(2, INPUT);
digitalRead
Comando para ler o estado de uma entrada digital.
int estadoPino; 
estadoPino = digitalRead(2);

Neste caso o Arduíno vai ler se o estado do pino é LOW (0 V) ou HIGH (5 V).

Chave digital

Uma chave digital fornecerá 0 V (LOW) ou 5 V (HIGH) caso estiver aberta ou fechada.

Funcionamento:

  • Caso a chave estiver aberta, não haverá corrente no o resistor e a tensão entregue ao pino do Arduíno será 0 V.
  • Caso a chave estiver fechada, haverá corrente no resistor e a tensão entregue ao pino do Arduíno será 5 V.

Corrente no resistor:

V = R I (Lei de Ohm)
Isolando I:
I = V / R
Atribuindo valores:
V=5V, R=10k(Ω)  (Prefixos SI)
Calculando:
I = 5/10 . (1/103) = 0,5 . 10-3 = 0,5 mA
Corrente desprezível para o Arduíno.

Laboratório 3: Chave digital

digitalRead

Laboratório 4: Coreografia com leds

Implementar uma coreografia de luzes com 6 leds e 2 chaves digitais, de forma que, a cada combinação de chaves acionadas uma coreografia de luzes seja executada.

Entradas Analógicas

O Arduíno UNO possui 6 entradas analógicas
As entradas analógicas utilizam um processo de Conversão Analógico Digital (ADC) para obter valores digitais correspondentes a cada entrada.
  • As entradas analógicas são nomeadas de A0 até A5.
  • Cada entrada analógica recebe valores analógicos entre 0 V e 5 V.
  • Os valores analógicos são convertidos para valores digitais com 10 bits de resolução (valores entre 0 (0000000000) a 1023 (1111111111).
analogRead
Comando para ler entrada analógica.
int valorPino;
valorPino = analogRead(A0);

Divisor de Tensão

Quando uma tensão é aplicada sobre resistores em série, a tensão total sobre os dois resistores é igual a somas das quedas de tensão sobre cada resistor.

Quedas de tensão ao longo da malha (2a Lei de Kirchhoff)
V = I.R1 + I.R2 
Isolando I:
I = V / (R1 + R2)
Mas:
V1 = R1.I
Substituindo I temos:
V1 = R1/(R1 + R2) . V
O mesmo para V2:
V2 = R2/(R1 + R2) . V
Note que, Se:
R = R1 = R2
Temos:
V1 = V2 = R/(R + R) . V = R/(2.R) . V = V / 2
Simulação do funcionamento do Divisor de Tensão
Circuits -> Basic -> Voltage Divider

Potenciômetros

São resistências variáveis através de um cursor.

Na figura, através de um potenciômetro é possível implementar um divisor de tensão com uma tensão variável Vx obtida a partir do terminal central do potenciômetro.

Simulação do funcionamento do Potenciômetro Divisor de Tensão
Circuits -> Basic -> Potentiometer Divider

Laboratório 5: Leitura de entrada analógica

analogRead
  • Montar hardware com utilizando o ponto central de um potenciômetro conectado a entrada analógica A0 (com os demais terminais conectados ao GND e 5V, respectivamente).
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Basic/AnalogReadSerial e verificar o valor da entrada analógica no monitor serial.
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Basic/ReadAnalogVoltage e verificar o valor da entrada analógica em Volts no monitor serial.
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Analog/AnalogInput e verificar o valor da frequência do pulsar do led em função do valor do potenciômetro.
Coluna de leds
  • Montar hardware com uma coluna de 5 leds utilizando um resistor de proteção para cada led e um potenciômetro.
  • Acender a coluna de leds em função da tensão lida no ponto central do potenciômetro.

Sensores baseados em resistência variável para Arduíno

Sensores de luminosidade (LDR) e sensores de temperatura (como o NTC) possuem um resistor variável em função da grandeza que estão medindo.

Laboratório 6: Sensor de luminosidade LDR

LDR
O LDR (Light Dependent Resistor) é um resistor dependente de luz ou fotoresistor, o qual varia sua resistência em função da luminosidade.

Laboratório 7: Sistema indicador de luminosidade

LDR
  • Montar hardware com sensor LDR utilizando divisor de tensão para o sensor e uma coluna de 5 leds utilizando um resistor de proteção para cada led.
  • Construir programa para ir acendendo os leds a medida que aumenta a luminosidade.
Use o programa exemplo Arquivo/Exemplos/Basic/AnalogReadSerial para verificar como a luminosidade do ambiente interfere no LDR.

Saídas Analógicas

O Arduíno emula saídas analógicas através de modulação PWM (Pulse Width Modulation).

O sinal PWM é uma onda quadrada, com frequência constante, mas a fração de tempo em que o sinal é HIGH (5V) (duty cycle) pode variar entre 0 e 100%, fornecendo uma média de tensão variável na saída [1].

As 6 Saídas PWM são identificadas pelo sinal ~ e fornecem saídas analógicas através de pulsos PWM de 8 bits, possibilitando, portanto, 256 valores diferentes de tensão analógica entre 0V e 5V, com passos de 0 a 255.

Laboratório 8: Saída analógica

analogWrite
analogRead
map;
  • Montar hardware para acionamento de led conectado ao pino 9, escolhendo resistor de proteção adequado;
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Basic/Fade e verificar a variação da luminosidade do led da porta 9.
  • Montar hardware com utilizando o ponto central de um potenciômetro conectado a entrada analógica A0 (com os demais terminais conectados ao GND e 5V, respectivamente).
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Analog/AnalogInOutSerial e verificar a variação da luminosidade do led da pino 9 em função do potenciômetro.

Monitor Serial

O monitor serial permite enviar dados do computador ao Arduíno pela interface serial USB.

Laboratório 9: Monitor serial

  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Communication/PhysicalPixel e acionar o led do pino 13 a partir de comandos H e L enviados pelo terminal serial.
  • Montar hardware para acionamento de led conectado ao pino 9, escolhendo resistor de proteção adequado;
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Communication/Dimmer e controlar a intensidade do led do pino 9 a partir do envio de valores entre 0 e 255 pelo terminal serial.
    No programa exemplo acima, trocar a linha:
brightness = Serial.read();
por
brightness = Serial.parseInt();
para converter os caracteres ASCII lidos para inteiros.

Led RGB

Um led RGB apresenta em um único led a possibilidade de fornecer todas as cores, obtidas a partir da mistura das cores primárias luz, ou cores primárias aditivas, que são vermelho (Red), verde (Green) e azul (Blue).

  • As cores primárias não resultam da mistura de nenhuma cor.
  • A cor branca é a soma das três cores primárias.
  • As cores secundárias são misturas de duas cores, como o amarelo, ciano e magenta.
  • A cor preta é a ausência de cores.
  • As demais cores requerem mistura das três cores primárias em quantidades específicas.

COLOR PICKER

A ferramenta color picker é utilizada para obter as misturas das cores primárias utilizada na Linguagem HTML com uma paleta de 256 cores RBG.

A quantidade de cada cor RGB está expressa em hexadecimal de 8 bits, por exemplo, o amarelo é #FFFF00, ou seja, é o resultado da mistura do vermelho (FF ou 255) e do verde (FF ou 255), sem nada de azul (00 ou 0) .

A quantidade de cada cor RGB também é mostrada em valores de 0 a 255.

Leds RGB

Os leds RGB são encontrados em duas estruturas:

  • Anodo comum;
  • Catodo comum.


Laboratório 10: Led RGB

Cores primárias
digitalWrite.
  • Montar hardware para led RGB anodo comum utilizando resistores de proteção adequados.
  • Modificar programa blink para piscar cores vermelho (R), verde (G) e azul (B) alternadamente;
  • Variar a frequência do piscar de leds RGB nos seguintes valores:
    • 1 Hz
    • 10 Hz
    • 100 Hz
    • 1000Hz
Verificar o resultado nas cores observadas.
Misturando as cores primárias
analogWrite
  • Montar hardware para led RGB anodo comum utilizando os pinos 3, 5 e 6 respectivamente.
  • Carregar programa exemplo Arquivo/Exemplos/Communication/ReadASCIIString e misturar as cores do led RGB utilizando quantidades de RGB de 0 a 255, de modo a obter as cores mostrada na tabela de cores acima.

Sensor de Temperatura NTC 10k

O sensor de temperatura NTC 10k é um thermistor, isto é, um resistor cuja resistência varia com a temperatura, podendo medir de −90 °C a 130 °C.

Existem dois tipos de thermistores:

  • NTC (Negative Temperature Coefficient), no qual a resistência diminui com o aumento da temperatura;
  • PTC (Positive Temperature Coefficient), no qual a resistência aumenta com o aumento da temperatura.

Para leitura com o Arduíno, o sensor NTC 10k é utilizado numa estrutura com um divisor de tensão com um resistor de 10K Ω.

Esquema de ligação com Arduíno:

Cálculo da resistência do NTC
Na temperatura de 25 °C a resistência do NTC é 10 k Ω, variando linearmente com a temperatura.
Portando, quando:
RNTC = 10k Ω (25 °C)
Temos:
leitura_analógica = 512 (Vdivisor = 2,5V) 
Logo, para qualquer leitura analógica temos:
RNTC = 10k . (1023/leitura_analógica - 1)
Equação de Steinhart–Hart
A equação de Steinhart–Hart (https://en.wikipedia.org/wiki/Thermistor), detalha a operação do thermistor NTC relacionando a variação de temperatura (Kelvin) com a resistência (Ω).
onde a, b e c são parâmetros de Steinhart–Hart específicos para cada dispositivo.
Valores típicos para um thermistor com resistência de 10K Ω na temperatura de (25 °C = 298.15 K) é:
  • a = 0.001129148,
  • b = 0.000234125,
  • c = 0.0000000876741.

Laboratório 11: Sensor de Temperatura com NTC

  • Monte o hardware para o sensor de temperatura NTC10k;
  • Carregue e teste o código abaixo (adaptado de [2]):
//Sensor de temperatura NTC10k
#include <math.h>
const double a = 0.001129148;     //
const double b = 0.000234125;     //Parâmetros de Steinhart–Hart
const double c = 0.0000000876741; //
void setup() 
{
  Serial.begin(9600);
}
void loop() 
{
  double R;    //Resistência do NTC
  double T;    //Temperatura em Kelvin
  int leitura; //Leitura analógica (0 a 1023)
  leitura = analogRead(A0);
  R = (10000.0 * ((float)1023/leitura - 1));  //Calcula valor de R em função da leitura
  T = 1 / (a + (b * log(R)) + (c * pow(log(R),3))); //Equação de Steinhart–Hart 
  T = T - 273.15; //Converte Kelvin para Celcius
  Serial.print("Temperatura: "); 
  Serial.print(T);
  Serial.println(" oC");  
  delay(1000);
}

Sensor de temperatura (LM35)

Funcionamento do sensor LM35
O LM35 é um circuito integrado exclusivo para medir temperatura com uma tensão de saída variando linearmente com a temperatura em graus Célsius.
Na configuração básica este sensor mede temperaturas entre 2oC e 150oC, variando a saída em função da temperatura de 0 mV + 10mV por 1oC.
Com a configuração mostrada em [3] é possível medir temperatura de -55oC e 150oC.
Esquema de ligação com Arduíno
            _______
           |       |
           | LM 35 | 
           |_______|
             | | |
   (+5v) ----+ | +---- (Ground)
               |
          Analog Pin 
       0mV + 10mV / oC
Leitura pela entrada analógica do Arduíno
O valor de tensão (entre 0V e 5V) lido pelo Arduíno na entrada analógica é convertido um número digital com 10 bits de magnitude, ou seja, 210 (1024) valores (entre 0 e 1023).
Para obter o valor de tensão, para uso no cálculo da temperatura, multiplica-se o valor digital obtido na leitura por 5/1023.
Como a tensão medida pelo sensor varia de 0 mV + 10mV/1oC, se multiplicarmos por 100, teremos o valor em graus Celsius:

Laboratório 12: Sensor de temperatura LM35

  • Monte o hardware com LM35 conforme a figura, utilizando a entrada analógica A0 para leitura.
  • Carregue o código exemplo abaixo e verifique o funcionamento do sensor:
 //Sensor de temperatura LM35
 float valorSensor;
 float temperatura;
 void setup() {
   Serial.begin(9600);
 }
 void loop() {
   valorSensor = analogRead(A0) * 5.0 / 1023.0;
   temperatura = valorSensor * 100.0;
   Serial.print("Temperatura: ");
   Serial.println(temperatura);
   delay(2000); //Tempo entre as leituras em ms
 }

Sensor de Temperatura e Humidade DHT11

O DHT11 é um sensor de temperatura e humidade. Este sensor inclui um medidor de humidade resistivo e um sensor de temperatura tipo NTC conectado a um microcontrolador de 8 bits [4].

O DHT11 possui uma biblioteca com funções prontas para seu funcionamento, documentada em [5].

Esquema de ligação com Arduíno
            _______
           |       |
           | DHT11 | 
           |_______|
             | | |
(Ground) ----+ | +---- (+5v)
               |
          Analog Pin 1

Laboratório 13: Sensor de temperatura DHT11

  • Monte o hardware com DHT11 conforme a figura, utilizando a entrada analógica A1 para leitura.
  • Baixe a biblioteca DHT11.zip e salve no computador (Última versão disponível em [6]).
    A biblioteca DHT11, contida no arquivo DHT11.zip, é formada por dois arquivos:
    • dht11.h
    • dht11.cpp
  • Insira a biblioteca DHT11.zip no ambiente da IDE do Arduíno:
Sketch -> Incluir Biblioteca -> Adicionar biblioteca .ZIP
  • As bibliotecas são instaladas por padrão no diretório:
~/Arduino/libraries
  • Carregue o código exemplo abaixo e verifique o funcionamento do sensor:
 //Sensor de temperatura LDHT11
 #include <dht11.h>
 dht11 sensor; //Inicializa sensor
 void setup() {
   Serial.begin(9600);
   delay(1000);
 }
 void loop() {
   sensor.read(A1);
   Serial.print("Temperatura (oC): ");
   Serial.println(sensor.temperature);
   Serial.print("Unidade (%): ");
   Serial.println(sensor.humidity);
   delay(2000); //Tempo entre as leituras em ms
 }

Acionamento de Cargas com Relés

Um relé é um interruptor eletromecânico ou eletrônico que pode ser utilizado para ligar ou desligar cargas conectadas em 127/220V CA (Corrente Alternada).

O acionamento do relé pelo Arduíno é realizado a partir de uma saída digital, além do fornecimento das tensões 5V e GNG para alimentar o relé.

A carga CA é conectada nos terminais de potência do relé, o qual geralmente apresenta três terminais:

  • NA - Normalmente Aberto
  • COM - Comum
  • NF - Normalmente Fechado

Para acionamento de uma carga simples, como uma lâmpada, utilizar NA-COM como chave liga-desliga.

Laboratório 14: Acionamento de uma lâmpada com relé

LDR e relé
  • Montar hardware com sensor LDR e um relé para acionamento pelo Arduíno de uma lâmpada 127/220V.
  • O circuito da lâmpada na rede 127/220 V CA é mostrado na figura abaixo.

Sensor Piezoelétrico

Um sensor piezoelétrico é um dispositivo eletrônico que gera uma tensão quando é atingido por uma vibração, onda sonora ou uma tensão mecânica [7].

Para usar o sensor piezoelétrico com o Arduíno, utiliza-se analogRead() para ler uma tensão de 0 a 5V, a qual será convertida pelo Conversor Analógico Digital para valores digitais 0 a 1023.

Se a tensão lida for maior que um limiar, supõe-se que o sensor piezoelétrico detectou uma vibração.

Circuito
O sensor piezoelétrico tem polaridade. O terminal negativo deve ser ligado a terra, em paralelo com um resistor de 1 M Ω. O terminal positivo deve ser ligado a entrada analógica.

Laboratório 15: Sensor Piezoelétrico

  • Monte o hardware para o sensor piezoelétrico e teste o código abaixo (adaptado de [7]).
    Pode ser necessário testar vários valores para o limiar para definir o melhor funcionamento do sensor piezoelétrico.
//Sensor Piezoelétrico

const int limiar = 100;     // tensão de limiar
int leituraSensor = 0;      // veriável com leitura do sensor
int estadoLed = LOW;        // estado inicial do led

void setup() {
  pinMode(13, OUTPUT); 
  Serial.begin(9600);
}       

void loop() {
  leituraSensor = analogRead(A0);
  if (leituraSensor >= limiar) {
    estadoLed = !estadoLed; //inverte estado do led
    digitalWrite(13, estadoLed);
    Serial.println("Vibração detectada!");
  } 
  delay(100);
}

Referências

Realizações do Curso sobre Arduíno e Eletrônica

  • Curso para alunos voluntários IFPR 2016 (12 horas)
  • Curso para professores e alunos IFSC 2017 (12 horas)
  • Oficina Sepin IFPR 2017 (2 horas)
  • Curso para alunos voluntários IFPR 2017 (12 horas)
  • Módulo de Introdução o Arduíno (4 horas) realizado anualmente (2016, 2017) nas disciplinas:
    • Introdução a Computação - Técnico em Informática
    • Introdução a Computação - TADS
    • Informática Aplicada ao Ensino de Física - Licenciatura em Física

--Evandro.cantu (discussão) 16h33min de 12 de setembro de 2016 (BRT)