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:;Ponteiro para ponteiro
:*Um ponteiro aponta para um endereço de memória.
:*Se ponteiro=NULL ele aponta para nada.
:Quando uma árvore binária é criada o ponteiro aponta para nada:
arvore *r=NULL;
:Quando vou inserir um elemento em uma árvore:
:*Se árvore vazia:
if(*r==NULL)
:*então
*r = (arvore *) malloc(sizeof(arvore));
::O conteúdo do ponteiro recebe endereço do novo nó criado.


Veja outras funções para trabalhar com '''árvores binárias''' em <ref name="WIKILIVROS"/>.
Veja outras funções para trabalhar com '''árvores binárias''' em <ref name="WIKILIVROS"/>.

Edição das 22h25min de 13 de novembro de 2014

Árvores

Uma árvore binária é uma estrutura de dados formada por um conjunto finito de elementos ou nós. Uma árvore pode estar vazia ou pode ser formada por um nó chamado raiz e dois sub-conjuntos de elementos chamados sub-árvore esquerda e sub-árvore direita. As sub-árvores esquerda e direita são também árvores binárias e podem estar vazias [1].

A figura abaixo ilustra uma árvore binária [1]:

Na figura:

  • O nó raiz A tem duas sub-árvores B e C;
  • O nó B tem duas sub-árvores D e E;
  • O nó C tem apenas a sub-árvore da direita F;
  • O nó E tem apenas a sub-árvore da esquerda G;
  • O nó F tem duas sub-árvores H e I;
  • Os nós D, G, H e I não tem sub-árvores, portanto, são chamados folhas.

Se A tem duas sub-árvores B e C, diz-se que:

  • A é pai de B e C;
  • B é filho esquerdo de A;
  • C é filho direito de A.
  • B é irmão de C.
Profundidade da árvore binária
Numa árvore binária, o nó raiz é considerado como profundidade 0 (zero). As sub-árvores do nó raiz profundidade 1, e assim sucessivamente. No exemplo da figura, a árvore binária tem profundidade 3.
Árvore estritamente binária
Uma árvore é estritamente binária se todo nó que não for folha tenha as sub-árvores direita e esquerda não vazias.

Árvore binária completa
Uma árvore é binária completa se for uma árvore estritamente binária e todas as folhas estiverem na mesma profundidade.

Exemplo de aplicação das árvores binárias

As árvores binárias são uma estrutura de dados útil quando precisam ser tomadas decisões bi-direcionais em cada ponto do processo. Por exemplo, suponha que queiramos encontrar repetições em uma lista de números. Uma maneira de fazer isto é comparar cada número com todos os que o precedem. Entretanto, isto pode envolver muitas comparações. Outra maneira é utilizar uma árvore binária [1].

Suponha que temos a seguinte lista de números para verificar repetições:

14, 15, 4, 9, 7, 18, 3, 5, 16, 4, 20, 17, 9, 14, 5

Neste caso, iniciamos a árvore com o primeiro número da lista como sendo o nó raiz. Na sequência, comparamos o próximo número com o número da raiz, se for igual é uma repetição. Se for menor, comparamos com a sub-árvore da esquerda. Se for maior, comparamos com a sub-árvore da direita. Se a sub-árvore estiver vazia, incluímos o número como filho desta sub-árvore, a esquerda ou direita, caso seja menor ou maior que o conteúdo do nó, respectivamente.

Veja a árvore que seria construída neste exemplo:

Percorrendo uma árvore

Uma operação importante em uma árvore binária é percorrer todos os seus nós.

Diferentemente de uma lista, na qual os nós são percorridos de maneira linear, numa árvore, existem diferentes ordens para poder percorrê-la.

Todos os métodos para percorrer uma árvore são definidos recursivamente, de modo que percorrer uma árvore envolve visitar a raiz e depois a sub-árvore direita e a esquerda. O que difere cada método é a ordem em que estas operações são realizadas [1].

Três métodos são conhecidos para percorrer uma árvore binária:

  • Em ordem, ou esquerda-raiz-direita;
  • Pré-ordem ou percurso em profundidade ou raiz-esquerda-direita;
  • Pós-ordem ou esquerda-direita-raiz.

Por exemplo, dada a árvore:

      A
     / \
    B   C
   /   / \
  D   E   F
 / \   \
G   H   I
Percorrer a árvore em ordem
Percorre-se primeiro a sub-árvore esquerda, na ordem esquerda-raiz-direita. Depois a raiz. E depois a sub-árvore direita, também na ordem esquerda-raiz-direita [2]:
      4
     / \
    3   7
   /   / \
  1   5   8
 / \   \
0   2   6
Percorrer a árvore em pré-ordem ou em profundidade
Percorre-se primeiro a raiz. Depois a sub-árvore esquerda, na ordem raiz-esquerda-direita. E depois a sub-árvore direita, também na ordem raiz-esquerda-direita:
      0
     / \
    1   5
   /   / \
  2   6   8
 / \   \
3   4   7
Percorrer a árvore em pós-ordem
Percorre-se primeiro a sub-árvore esquerda, na ordem esquerda-direita-raiz. Depois a sub-árvore direita, também na ordem esquerda-direita-raiz. E depois a raiz:
      8
     / \
    3   7
   /   / \
  2   5   6
 / \   \
0   1   4

Inserção de elementos em árvores binárias

Vários algoritmos que trabalham com árvores trabalham em duas fases. Primeiro inserem elementos na árvore e depois percorrem a árvore.

Veja um exemplo de classificação de números em ordem ascendente. A medida que os números forem sendo lidos os mesmos vão sendo inseridos na árvore. Entretanto, ao contrário do algoritmo usado para achar repetições, aqui os números repetidos também são inseridos na árvore. Quando um novo número é comparado com a raiz da árvore, a sub-árvore esquerda é utilizada para inserir se o número for menor que o conteúdo do nó e a sub-árvore direita é usada se o número for maior ou igual ao conteúdo do nó[1].

Para a lista de números

14, 15, 4, 9, 7, 18, 3, 5, 16, 4, 20, 17, 9, 14, 5

a árvore resultante seria:

Note que nesta árvore, todos os elementos da esquerda do nó raiz são menores que os elementos da direita, valendo o mesmo para cada sub-árvore.

Exercício

Percorra a árvore gerada anteriormente em ordem, ou esquerda-raiz-direita e veja a ordem dos números.

Implementação de árvores em linguagem C

Cada nó de uma árvore pode ser implementado em linguagem C como uma estrutura com três campos: um campo conteúdo, para guardar a informação deste nó, e dois campos tipo ponteiro que apontam para as sub-árvores direita e esquerda.

Os códigos abaixo foram adaptados da referência [3].

Declaração de um nó de uma árvore

typedef struct arvore {
       int    conteudo;
       struct arvore *esq;
       struct arvore *dir;
} arvore;

Note que a declaração do nó da árvore é recursiva, onde os ponteiros *esq e *dir apontam para estruturas do mesmo tipo que está sendo declarada.

Criação de uma árvore e sua definição recursiva

Uma árvore é criada a partir da declaração do endereço de sua raiz, fazendo seu ponteiro apontar para NULL, que caracteriza uma árvore vazia.

#include <stdio.h>
#include <stdlib.h>

main()
{
  arvore *r = NULL; //r é um ponteiro para uma árvore vazia
  ...

}

Como uma árvore binária pode estar vazia ou possuir sub-árvores direita e/ou esquerda. Portanto, uma árvore binária pode ser definida de maneira recursiva, como segue:

Um objeto r é uma árvore binária se:
  • r é NULL ou
  • r->esq e r->dir são árvores binárias.

Funções recursivas para percorrer uma árvore binária

Em ordem
Faz a varredura esquerda-raiz-direita (e-r-d):
void imprime-erd(arvore *r) {
    if (r != NULL) {
       imprime-erd(r->esq);
       printf("%d\n", r->conteudo);
       imprime-erd(r->dir); 
    }
}
Pré-ordem
Faz a varredura em profundidade ou raiz-esquerda-direita (r-e-d):
void imprime-red(arvore *r) {
    if (r != NULL) {
       printf("%d\n", r->conteudo);
       imprime-red(r->esq);
       imprime-red(r->dir); 
    }
}
Pós-ordem
Faz a varredura esquerda-direita-raiz (e-d-r):
void imprime-edr(arvore *r) {
    if (r != NULL) {
       imprime-edr(r->esq);
       imprime-edr(r->dir); 
       printf("%d\n", r->conteudo);
    }
}

Função recursiva para inserção em árvores binárias

Esta função recursiva insere na árvore binária à esquerda se o número for menor que a raiz ou à direita se maior ou igual:

void inserir(arvore **r, int num){
     if(*r == NULL){
        *r = (arvore *) malloc(sizeof(arvore));
        (*r)->esq = NULL;
        (*r)->dir = NULL;
        (*r)->conteudo = num;
     }else{
         if(num < (*r)->conteudo)
           inserir(&(*r)->esq, num);
         else
           inserir(&(*r)->dir, num);
     }
}
Ponteiro para ponteiro
  • Um ponteiro aponta para um endereço de memória.
  • Se ponteiro=NULL ele aponta para nada.
Quando uma árvore binária é criada o ponteiro aponta para nada:
arvore *r=NULL;
Quando vou inserir um elemento em uma árvore:
  • Se árvore vazia:
if(*r==NULL)
  • então
*r = (arvore *) malloc(sizeof(arvore)); 
O conteúdo do ponteiro recebe endereço do novo nó criado.


Veja outras funções para trabalhar com árvores binárias em [3].

Exercícios

  1. Compile e teste as funções para declarar, criar, inserir e fazer a varredura dos nós de uma árvore binária.
  2. Modifique e aplique as funções para o problema de encontrar repetições em uma lista de números, como no exemplo visto anteriormente.
  3. Modifique e aplique as funções para o problema do ordenamento da sequência de números visto anteriormente.
  4. Modifique o programa para fazer o ordenamento descendente de uma sequência de números.
  5. Pesquise sobre casos de aplicação quem envolvam as varreduras em ordem, pré-ordem e pós-ordem.

Referências


--Evandro.cantu (discussão) 09h43min de 11 de novembro de 2014 (BRST)