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=GuiaGuide=
{{ver desambig|outras definições de Brasil ou Brazil}}
*[[Log de desenvolvimento]]
{{Coor dms|display =title|10|00||S|55|00||W|type:country}}
*[[Artigo]]
{{Info/País/Brasil}}
==Equipe==
'''Brasil''' (pronuncia-se localmente {{AFI2|bɾaˈziw}}<ref name="pronúncias" group = "nota">A vocalização do {{IPA|/l/}} no fim das sílabas geralmente só não acontece em dialetos influenciados pelos vizinhos falantes da [[língua castelhana]], como na [[Pampas|pampa rio-grandense]] – {{IPA2 |bɾɐˈziɫ}} –, entretanto, em dialetos conservadores do interior do planalto, comumente referidos por caipira, o novo {{IPA|/l/}} semivogal é [[aproximante retroflexa|um rótico retroflexo]], fone herdado de línguas indígenas macro-jê, e não lábio-velar, daí {{IPA2 |bɾɐˈziɻ}}, hoje muito menos comum por pressão sociolinguística da variedade de prestígio. Em todas, assume-se uma prosódia de conversa cotidiana. Em uma prosódia mais clara e formal, como a midiática, geralmente usa-se {{IPA2 |bɾaˈziw}}. Esta mudança de pronúncia da vogal átona pré-tônica não ocorre nas variedades de outros países falantes da língua portuguesa, que conservam a redução de {{IPA |/o ~ ɔ/}} para {{IPA |[u]}}, {{IPA |/e ~ ɛ/}} para {{IPA|[i ~ ɨ]}} e {{IPA|/a/}} para {{IPA|[ɐ ~ ə]}} considerada mais coloquial no Brasil.</ref>), oficialmente '''República Federativa do Brasil''' ({{audio|Pt-br-República Federativa do Brasil.ogg|escutar}}),<ref name="Constituição" /> é o maior [[país]] da [[América do Sul]] e da região da [[América Latina]], sendo o [[Lista de países e territórios por área|quinto maior do mundo em área territorial]] (equivalente a 47% do território sul-americano)<ref name="Área" /> e sexto em [[Lista de países por população|população]] (com mais de 200 milhões de habitantes).<ref name="Pop_IBGE_2017" /> É o único país na [[América]] onde se fala majoritariamente a [[língua portuguesa]] e o maior país [[lusófono]] do planeta,<ref name="CIA Geo">{{citar web|titulo= Geography of Brazil|publicado=Central Intelligence Agency: The World Factbook | ano= 2008| url= https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html |acessodata= 3/6/2008}}</ref> além de ser uma das nações mais [[Multiculturalismo no Brasil|multiculturais]] e [[Composição étnica do Brasil|etnicamente diversas]], em decorrência da forte [[Imigração no Brasil|imigração oriunda de variados locais do mundo]]. A sua [[Constituição brasileira de 1988|Constituição atual]], formulada em 1988, define o Brasil como uma [[República federal|república federativa]] [[Presidencialismo|presidencialista]],<ref name="Constituição" /> formada pela união do [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]], dos [[Unidades federativas do Brasil|26 estados]] e dos {{fmtn|[[Lista de municípios do Brasil|5&nbsp;570 municípios]]}}.<ref name="Constituição" /><ref name=":0">{{citar web|url= http://oglobo.globo.com/pais/com-5-novos-municipios-brasil-agora-tem-5570-cidades-7235803 |título= Com 5 novos municípios, Brasil agora tem 5.570 cidades | acessodata= 10/1/2013| primeiro = Juliana | último = Castro|data=9/1/2013| obra =[[O Globo]]}}</ref>{{nota de rodapé|Para fins estatísticos, o IBGE considera que o Brasil tem 5570 municípios, incluindo Brasília – a capital federal – e Fernando de Noronha, que é oficialmente um território estadual de Pernambuco.<ref name="IBGE2010">{{citar livro|url = http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/default_sinopse.shtm |título=Sinopse do Censo Demográfico 2010| editora = [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]| isbn = 978-85-240-4187-7 | local = Rio de Janeiro|ano=2011|páginas= 261}}</ref>}}
;Professor orientador:  
*Alcione Benacchio
*Wellington
;Alunos:
*Ederson Luiz Knoll ([mailto:elknoll@gmail.com elknoll@hotmail.com])
*Gustavo Mendes Ferreira ([mailto:gumendesferreira@gmail.com gumendesferreira@gmail.com])
*Rodrigo Dantas Teixeira ([mailto:rodrigo.d.teixeira@gmail.com rodrigo.d.teixeira@gmail.com])


Delimitado pelo [[oceano Atlântico]] a leste, o Brasil tem um [[Litoral do Brasil|litoral]] de {{fmtn|7491|km}}.<ref name="CIA Geo" /> O país faz fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto [[Chile]] e [[Equador]], sendo limitado a norte pela [[Venezuela]], [[Guiana]], [[Suriname]] e pelo [[Departamentos de ultramar|departamento ultramarino francês]] da [[Guiana Francesa]]; a noroeste pela [[Colômbia]]; a oeste pela [[Bolívia]] e [[Peru]]; a sudoeste pela [[Argentina]] e [[Paraguai]] e ao sul pelo [[Uruguai]]. Vários [[arquipélago]]s formam parte do território brasileiro, como o [[Atol das Rocas]], o [[Arquipélago de São Pedro e São Paulo]], [[Fernando de Noronha]] (o único destes habitado) e [[Trindade e Martim Vaz]].<ref name="CIA Geo" /> O Brasil também é o lar de uma diversidade de [[Biodiversidade no Brasil|animais selvagens]], [[ecossistema]]s e de vastos [[Recurso natural|recursos naturais]] em uma grande variedade de [[Áreas protegidas no Brasil|''habitats'' protegidos]].<ref name="CIA Geo" />


O território que atualmente forma o Brasil foi [[descoberta do Brasil|encontrado pelos portugueses]] em 1500, durante uma [[Descobrimentos portugueses|expedição]] liderada por [[Pedro Álvares Cabral]]. A região, que até então era habitada por [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]] [[Povos ameríndios|ameríndios]] divididos entre milhares de [[grupos étnicos]] e [[Língua natural|linguísticos]] diferentes, torna-se uma [[Colónia (possessão)|colônia]] do [[Império Português]]. O vínculo [[Colonialismo|colonial]] foi rompido, de fato, quando em 1808 a capital do reino [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|foi transferida]] de [[Lisboa]] para a cidade do [[Rio de Janeiro]], depois de [[Guerra Peninsular|tropas francesas]] comandadas por [[Napoleão Bonaparte]] invadirem o [[Portugal|território português]].<ref name="CIA Intro">{{citar web|título=Introduction of Brazil – The World Factbook|editor=[[Central Intelligence Agency]] | ano= 2008| url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html | acessodata = 3/6/2008}}</ref> Em 1815, o Brasil se torna parte de um [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves|reino unido com Portugal]]. [[Pedro I do Brasil|Dom Pedro I]], o primeiro [[imperador do Brasil|imperador]], proclamou a [[independência do Brasil|independência política]] do país em 1822. Inicialmente independente como um [[Império do Brasil|império]], período no qual foi uma [[monarquia constitucional]] [[Parlamento|parlamentarista]], o Brasil [[Proclamação da República do Brasil|tornou-se uma república]] em 1889, em razão de um [[golpe militar]] chefiado pelo marechal [[Deodoro da Fonseca]] (o primeiro [[presidente do Brasil|presidente]]), embora uma [[legislatura]] [[Bicameralismo|bicameral]], agora chamada de [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], já existisse desde a ratificação da [[Constituição brasileira de 1824|primeira Constituição]], em 1824.<ref name="CIA Intro" /> Desde o início do período republicano, a governança [[Democracia|democrática]] foi interrompida por longos períodos de [[autoritarismo|regimes autoritários]], até um governo civil e eleito democraticamente [[Nova República|assumir o poder em 1985]], com o fim do [[Regime militar no Brasil|regime militar]].<ref>{{citar web|url= http://www.freedomhouse.org/report/freedom-world/2013/brazil-0 |título=Brazil|editor=[[Freedom House]] | acessodata =28/5/2014}}</ref>


==Introdução==
O PIB brasileiro é o oitavo maior do mundo, tanto [[Lista de países por PIB nominal|nominalmente]] quanto por [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|paridade do poder de compra]] (PPC).<ref name="fmi" /> O país é um dos principais celeiros do planeta, sendo o maior [[Produção de café no Brasil|produtor de café]] dos últimos 150 anos.<ref name=Neilson102/> É classificado como uma economia de renda média-alta pelo [[Banco Mundial]]<ref name="wb-upper-middle">{{citar web|url=http://data.worldbank.org/about/country-classifications/country-and-lending-groups#Upper_middle_income |título=Country and Lending Groups |publicado=World Bank |acessodata=5/3/2011 |citação=Uppermiddle Income defined as a per capita income between $3,976 – $12,275 |urlmorta= sim|wayb=20110318125456 }}</ref> e um [[país recentemente industrializado]], que detém a maior parcela de riqueza global da América Latina. Como [[potência regional]] e [[Média potência|média]],<ref name="Burges2016">{{citar livro|autor =Sean W. Burges|título=Latin America and the Shifting Sands of Globalization|url=https://books.google.com/books?id=tolwCwAAQBAJ&pg=PA114|data=22/1/2016|publicado=Routledge|isbn=978-1-317-69658-2|páginas=114–115|authormask=|trans_title=|formato=|anooriginal=|oclc=|doi=|bibcode=|id=|citação=|laysummary=|laydate=}}</ref> a nação tem reconhecimento e influência internacional, sendo que também é classificada como uma [[Potência emergente|potência global emergente]]<ref name="FRIDE">[http://fride.org/descarga/com_emerging_powers_eng_abr08.pdf FRIDE: The international arena and emerging powers: stabilising or destabilising forces?], Susanne Gratius, abril de 2008</ref> e como uma [[Superpotência emergente|potencial superpotência]] por vários analistas.<ref name="Collecott">{{citar web|autor =Peter Collecott|url=http://www.diplomaticourier.com/2011/10/29/brazil-s-quest-for-superpower-status/|título=Brazil's Quest for Superpower Status|publicado=The Diplomatic Courier|data=29/10/2011|acessodata=10/8/2014}}</ref> É membro fundador da [[Organização das Nações Unidas]] (ONU), [[G20]], [[BRICS]], [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (CPLP), [[União Latina]], [[Organização dos Estados Americanos]] (OEA), [[Organização dos Estados Ibero-americanos]] (OEI), [[Mercado Comum do Sul]] (Mercosul) e da [[União de Nações Sul-Americanas]] (Unasul).


Intradução...
== Etimologia ==
{{artigo principal|Etimologia de Brasil}}
As raízes [[Etimologia|etimológicas]] do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O [[Filologia|filólogo]] Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência [[celtas|celta]] (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos [[Fenícia|fenícios]]. Na época colonial, cronistas da importância de [[João de Barros]], frei [[Vicente do Salvador]] e [[Pero de Magalhães Gândavo]] apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" é derivado de "[[Caesalpinia echinata|pau-brasil]]", designação dada a um tipo de [[madeira]] empregada na [[Tingimento|tinturaria]] de tecidos. Na [[Era dos Descobrimentos|época dos descobrimentos]], era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na [[Europa]] que haviam descoberto certa "[[ilha Brasil]]" no meio do [[oceano Atlântico]], de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa).<ref name="enciclopedia.com.pt">{{citar web|url=http://www.enciclopedia.com.pt/readarticle.php?article_id=486|publicado=A Enciclopédia|titulo=Brasil – Origem do nome|acessodata=5/5/2010|wayb=20111014074209|urlmorta=sim}}</ref> Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: [[Monte Pascoal]] (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), [[Ilha de Vera Cruz]], [[Terra de Santa Cruz]], Nova Lusitânia, Cabrália, [[Império do Brasil]] e Estados Unidos do Brasil.<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/Constituicao91.htm | titulo = Constituição brasileira de 1891 | acessodata = 10/5/2010 | publicado = Presidência da república | obra = Planalto}}</ref> Os habitantes naturais do Brasil são denominados ''[[brasileiros]]'', cujo [[gentílico]] é registrado em português a partir de 1706<ref name="Houaiss">{{Citation|contribuição= Brasileiro |título= Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa|local= Rio de Janeiro|publicado= Objetiva|ano= 2009 |último =Houaiss|primeiro =Antônio}}</ref> que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil.<ref name="Nossa História">{{Citation|último =COUTO|primeiro =Jorge|título= A construção do Brasil |publicado= Cosmos|ano=1997|isbn= 978-9-72808185-0}}</ref>


[[Arquivo:Guiaguide1.png]]
== História ==
{{Artigo principal|História do Brasil}}


==Objetivo==
=== Período pré-colonial ===
{{Artigo principal|Período pré-colonial do Brasil}}
[[Imagem:Serra da Capivara - Several Paintings 2b.jpg|esquerda|thumb|[[Arte rupestre]] no [[Parque Nacional da Serra da Capivara]]. Esta região tem a maior concentração de sítios pré-históricos na [[América]].<ref>{{citar web|título=Discoveries Challenge Beliefs on Humans’ Arrival in the Americas|url=https://www.nytimes.com/2014/03/28/world/americas/discoveries-challenge-beliefs-on-humans-arrival-in-the-americas.html|obra=New York Times|data=27/3/2014|acessodata=31/5/2014|primeiro =Simon|último =Romero}}</ref>]]


Objetivo...
Estima-se que os primeiros [[seres humanos]] tenham ocupado a região que compreende o território brasileiro atual há cerca de 60 mil anos.<ref name="books.google.com.br">{{Citar web |url= http://books.google.com.br/books?id=3cOI6I_9YHoC |título= História dos Índios no Brasil | primeiro = Manuela Carneiro | último = da Cunha | data = 2008}}</ref> Quando encontrado pelos portugueses em 1500, estima-se que a costa oriental da [[América do Sul]] era habitada<ref>{{citar web |url= http://www.sic.inep.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=161&Itemid=83&lang=br |título= A Pré-História do Brasil registrada |acessodata= 10/11/2011 |publicado= Mercosul Educacional |wayb= 20110519222451 |urlmorta= sim}}</ref> por cerca de dois milhões de [[Povos indígenas do Brasil|nativos]], do norte ao sul.<ref name="FerreiraLevy" />


A [[Povos indígenas do Brasil|população ameríndia]] era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos [[tupi-guarani]], [[macro-jê]] e [[aruaque]]. Os primeiros eram subdivididos em [[guaranis]], [[tupiniquim|tupiniquins]] e [[tupinambá]]s, entre inúmeros outros.<ref name="ME" /> Os [[tupis]] se espalhavam do atual [[Rio Grande do Sul]] ao [[Rio Grande do Norte]] de hoje,<ref name="ME">{{Citation|publicado=Abril|url= http://mundoestranho.abril.com.br/historia/pergunta_303242.shtml |título= Mundo Estranho |contribuição= Que índios dominavam o litoral do Brasil na época do Descobrimento?|local= BR}}</ref> sendo "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e decorrentemente a de maior presença, com influência no [[mameluco]], no [[mestiço]], no [[Luso-brasileiros|luso-brasileiro]] que nascia e no europeu que se fixava".<ref name="Cascudo II 865">CASCUDO, Luís da Câmara. ''Dicionário do folclore brasileiro'', vol. II, p. 865.</ref>


==Problema==
As fronteiras entre estes grupos e seus subgrupos, antes da chegada dos europeus, eram demarcadas pelas guerras entre os mesmos, oriundas das diferenças de cultura, língua e costumes.{{HarvRef|Fausto|2000|pp=45-46, 55 (último parágrafo)}} Guerras estas que também envolviam ações bélicas em larga escala, em terra e na água, com a [[Antropofagia#Antropofagia no Brasil|antropofagia ritual]] sobre os prisioneiros de guerra.{{HarvRef|nome=Fausto|Fausto|2000|pp=78-80}}


Problema...
Embora a hereditariedade tivesse algum peso, a liderança era um status mais conquistado ao longo do tempo, do que atribuído em cerimônias e convenções sucessórias.{{HarvRef|Fausto|2000}} A escravidão entre os índios tinha um significado diferente da escravidão europeia, uma vez que se originava de uma organização socioeconômica diversa, na qual as assimetrias eram traduzidas em relações de parentesco.{{HarvRef|Fausto|2000|p = 50}}


=== Colonização portuguesa ===
{{Artigo principal|Brasil Colônia}}
{{Vertambém|Descoberta do Brasil}}
[[Imagem:Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500 by Oscar Pereira da Silva (1865–1939).jpg|esquerda|thumb|Desembarque de [[Pedro Álvares Cabral]] em [[Porto Seguro]], atual [[Bahia]], em 1500. Óleo sobre tela de [[Oscar Pereira da Silva]] (1922).]]
A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por [[Império Português|Portugal]] em 22 de abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por [[Pedro Álvares Cabral]].{{HarvRef|Boxer|2002|p= 98}}


==Proposta==
A [[colonização do Brasil]] foi [[Brasil Colônia|efetivamente iniciada]] em 1534, quando [[João III de Portugal|D. João III]] dividiu o território em [[Capitanias do Brasil|quatorze capitanias hereditárias]],{{HarvRef |Boxer|2002| pp= 100–1}}{{HarvRef |Skidmore|2003|p= 27}} mas esse arranjo se mostrou problemático, uma vez que apenas as capitanias de [[Capitania de Pernambuco|Pernambuco]] e [[Capitania de São Vicente|São Vicente]] prosperaram. Então, em 1549, o rei atribuiu um [[Lista de governadores do Brasil colonial|governador-geral para administrar toda a colônia]].{{HarvRef|Skidmore|2003|p=27}}{{HarvRef|Boxer|2002|p=101}} Os [[portugueses]] assimilaram algumas das tribos nativas,{{HarvRef|Boxer|2002|p=108}} enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas por doenças [[Europa|europeias]] para as quais não tinham imunidade,{{HarvRef|Boxer|2002|p=102}}{{HarvRef|Skidmore|2003|p=30, 32}} ou em longas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus.<ref>{{Citation |primeiro = Marcia |último = Amantino |título= O mundo das feras: os moradores do Sertão Oeste de Minas Gerais – Século XVIII |publicado= AnnaBlume |ano= 2008 | isbn = 978-85-7419846-0 |página= 47}}</ref><ref>{{Citation |primeiro1 = Rachel |último1 = Soihet |primeiro2 = Martha |último2 = Abreu |título= Ensino de história: conceitos, temáticas e metodologia |publicado= Faperj/Ed. Casa da Palavra |ano= 2003 | isbn = 85-8722064-0 |página= 29, 2º§ | url = http://books.google.com./books?id=G6zH9nsR7XAC&pg=PA29 |formato= Google Livros}}</ref><ref>{{Citation |primeiro1 = Adriana |último1 = Lopez |primeiro2 = Carlos G |último2 = Mota |título= História do Brasil; Uma Interpretação |publicado= Ed. Senac |local= São Paulo |ano= 2008 | isbn = 978-85-7359789-9 |páginas= 95 (final) à 97}}</ref>
[[Imagem:Oscar_Pereira_da_Silva_-_Retrato_de_Joaquim_José_da_Silva_Xavier_-_Tiradentes,_Acervo_do_Museu_Paulista_da_USP.jpg|upright|thumb|[[Tiradentes]] foi [[Pena de morte no Brasil|condenado à morte]] por ter liderado o mais conhecido [[Inconfidência Mineira|movimento por independência]] ocorrido no Brasil Colonial.]]


Proposta...
Em meados do século XVI, quando o [[açúcar]] de [[Cana-de-açúcar|cana]] tornou-se o mais importante produto de [[exportação]] do Brasil,{{HarvRef|Skidmore|2003|p=36}} os portugueses [[Tráfico de escravos para o Brasil#Os primeiros escravos e a legalização da escravatura|iniciaram a importação de escravos africanos]], comprados nos mercados de escravos da [[África Ocidental]].<ref>{{Citation |último = Cashmore |primeiro = Ernest |título= Dicionário de relações étnicas e raciais |publicado= Summus/Selo Negro |local= SP |ano= 2000 | isbn = 85-8747806-0 |página= 39 | url = http://books.google.com./books?id=YDCm6WqtFBwC&pg=PA39 |formato= Google Livros}}</ref><ref>{{Citation |último = Lovejoy |primeiro = Paul E |título= A escravidão na África: uma história de suas transformacões |publicado= Record |ano= 2002 | isbn = 85-2000589-6 |páginas= 51–56}}</ref> Assim, estes começaram a ser trazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescente [[demanda]] internacional do produto, naquele que foi chamado [[ciclo da cana-de-açúcar]].{{HarvRef |Boxer| 2002|p= 32–33, 102, 110}}{{HarvRef|Skidmore|2003|p= 34}}


Ignorando o [[tratado de Tordesilhas]] de 1494, os portugueses, através de expedições conhecidas como [[Entradas e bandeiras|bandeiras]], paulatinamente avançaram sua fronteira colonial na América do Sul para onde se situa a maior parte das [[Evolução territorial do Brasil|atuais fronteiras brasileiras]],{{HarvRef | Boxer | 2002 | p=207}}<ref>{{Citation |último = Donato |primeiro = Hernâni |título= Dicionário das Batalhas Brasileiras |publicado= Ibrasa |ano= 1987 | isbn = 85-3480034-0 |páginas= 71–82}}</ref> tendo passado os séculos XVI e XVII defendendo tais conquistas contra potências rivais europeias.<ref name="Ibidem, Donato 1987">Ibidem, Donato 1987</ref> Desse período destacam-se os conflitos que rechaçaram as [[Invasões francesas do Brasil|incursões coloniais francesas]] ([[França Antártica|no Rio de Janeiro em 1567]] e [[França Equinocial|no Maranhão em 1615]]) e que, após o fim da [[União Ibérica]], expulsaram os [[Nova Holanda|holandeses do nordeste]], na chamada [[Insurreição Pernambucana]] — sendo o [[Invasões holandesas no Brasil|conflito com os holandeses]] parte integrante da [[Guerra Luso-Holandesa]].<ref name="Ibidem, Donato 1987" /><ref>Mello, Evaldo Cabral de "Olinda restaurada; Guerra e Açúcar no Nordeste, 1630-1654" Editora 34 Ltda 2007</ref>


==Público Alvo==
Ao final do século XVII, devido à concorrência colonial as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de [[ouro]] pelos [[bandeirantes]] na década de 1690 abriu um [[Ciclo do ouro|novo ciclo]] para a economia extrativista da colônia, promovendo uma [[febre do ouro]] no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos (como a [[Guerra dos Emboabas]]), entre os antigos colonos e os recém-chegados.<ref>Sérgio Buarque de Holanda, Pedro Moacyr Campos e Boris Fausto "História geral da civilização brasileira" Difusão Européia do Livro 1963, Capítulo III</ref>


Publico Alvo...
Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou tanto em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do [[Quilombo dos Palmares]]),<ref>Ibidem, Donato 1987 p.82</ref> como em reprimir todo [[Movimentos separatistas no Brasil|movimento]] por [[Autonomia#Autonomia em ciência política|autonomia]] ou [[independência]] política (como a [[Inconfidência Mineira]]).<ref>Christiane Figueiredo Pagano de Mello "Forças Militares no Brasil Colonial" E-papers 2009 ISBN 9788576502050 páginas 51, 59, 85</ref><ref>Regina Célia Pedroso "Estado autoritário e ideologia policial" [[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo|FAPESP]] 2005 ISBN 8598292753 página 67, 2º§ (final) [http://books.google.com.br/books?id=UhSVts8DvF4C&pg=PA67&dq=repress%C3%A3o+brasil+colonial+movimentos+independ%C3%AAncia&hl=pt-BR&sa=X&ei=GOmsUY2aBMTG0AGbu4C4AQ&ved=0CEMQ6AEwAw#v=onepage&q=repress%C3%A3o%20brasil%20colonial%20movimentos%20independ%C3%AAncia&f=false visualização Google livros]</ref>


=== Reino unido com Portugal ===
{{Artigo principal|Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves}}


==Principais Funcionalidades==
[[Imagem:Aclamação do rei Dom João VI no Rio de Janeiro.jpg|thumb|esquerda|Aclamação do Rei Dom [[João VI de Portugal|João VI]] do [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]], no [[Rio de Janeiro]].]]


Principais Funcionalidades...
No final de 1807, forças espanholas e [[Guerras napoleônicas|napoleônicas]] [[Guerra Peninsular|ameaçaram]] a segurança de [[Portugal Continental]], fazendo com que o Príncipe Regente [[João VI de Portugal|D. João VI]], em nome da rainha [[Maria I de Portugal|Maria I]], [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|transferisse a corte real de Lisboa para o Brasil]].<ref name="Boxer, p.&nbsp;213">Boxer, p.&nbsp;213</ref> O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como [[bolsas de valores]] locais<ref>Marta Barcellos & Simone Azevedo; "Histórias do Mercado de Capitais no Brasil" - Campus Elsevier 2011 ISBN 85-352-3994-4 Introdução (por Ney Carvalho), Intro. pg. xiv</ref> e um [[Banco do Brasil|banco nacional]], e acabou com o [[monopólio]] comercial que Portugal mantinha sobre o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações. Em 1809, em retaliação por ter sido forçado a um "autoexílio" no Brasil, o príncipe regente ordenou a [[Invasão da Guiana Francesa|conquista portuguesa da Guiana Francesa]].<ref>Bueno, p.&nbsp;145.</ref>


Com o fim da [[Guerra Peninsular]] em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma [[colônia]]. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]] foi criado, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.<ref name="Mosher2008" /> No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a [[revolução liberal do Porto]] exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a [[Revolução Pernambucana]] de 1817 mostrou.<ref name="Mosher2008">{{citar livro|autor =Jeffrey C. Mosher|título=Political Struggle, Ideology, and State Building: Pernambuco and the Construction of Brazil, 1817–1850|url=http://books.google.com/books?id=T_yszWOZUCkC&pg=PA9|ano=2008|publicado=U of Nebraska Press|isbn=978-0-8032-3247-1|página=9}}</ref> Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do [[Porto]],<ref name="Adelman2006">{{citar livro|autor =Jeremy Adelman|título=Sovereignty and Revolution in the Iberian Atlantic|url=http://books.google.com/books?id=nvFpURNsBRIC&pg=PA334|ano=2006|publicado=Princeton University Press|isbn=978-0-691-12664-7|páginas=334–}}</ref> D. João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe [[Pedro I do Brasil|Pedro de Alcântara]], como Regente do [[Reino do Brasil]].<ref>Lustosa, pp.&nbsp;109–110</ref>


==Tecnologias a serem Utilizadas==
=== Independência e Império ===
{{Artigo principal|Independência do Brasil|Império do Brasil}}
Tecnologias a serem usadas...
[[Imagem:Independence of Brazil 1888.jpg|thumbnail|Declaração da [[Independência do Brasil]] pelo imperador [[Pedro I do Brasil|Pedro I]] em 7 de setembro de 1822. Obra de [[Pedro Américo]] (1888).]]


[https://www.postgresql.org/ PostgreSQL]
Em decorrência desses acontecimentos, a coroa portuguesa tentou, mais uma vez, transformar o Brasil em uma [[Colónia (possessão)|colônia]], privando o país do estatuto de [[Reino do Brasil|Reino]], adquirido em 1815.{{HarvRef|Lustosa|2006|pp=117–19}} Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro [[Dia do Fico|ficou com eles]], declarando a [[Independência do Brasil|independência do país]] do [[Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves]], em 7 de setembro de 1822.{{HarvRef|Lustosa|2006|pp=150–53}} Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em [[1 de dezembro]] do mesmo ano, fundando, assim, o [[Império do Brasil]].{{HarvRef|Vianna|1994|p=418}}
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A [[guerra da independência do Brasil]], iniciada ao longo deste processo, propagou-se pelas regiões norte, nordeste e ao sul na província de [[Cisplatina (província)|Cisplatina]].{{HarvRef|Diégues|2004|pp =168, 164, 178}} Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824,{{HarvRef|Diégues|2004|pp=179–80}} sendo a independência reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no [[Tratado do Rio de Janeiro (1825)|tratado do Rio de Janeiro]].{{HarvRef|Lustosa|2006|p=208}}


==Coleta de Dados==
A [[Constituição brasileira de 1824|primeira constituição brasileira]] foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos [[Conselho municipal|conselhos municipais]] de todo o país.{{HarvRef|Vianna|1994|p=140}}{{HarvRef|Carvalho|1993|p=23}} Exaurido no Brasil por anos de exercício do [[poder moderador]], período no qual também enfrentou em Pernambuco o movimento separatista conhecido como [[Confederação do Equador]], e inconformado com o rumo que os [[Miguelista|absolutistas portugueses]] haviam imprimido à sucessão de D. João VI, [[Abdicação de Dom Pedro I|D. Pedro I abdicou]] em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho de cinco anos e herdeiro (que viria a ser o imperador [[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]]), e retornou à Europa a fim de [[Guerra Civil Portuguesa (1828-1834)|recuperar a coroa]] para [[Maria II de Portugal|sua filha]].{{HarvRef|Lyra|1977a|p=17}} Como o novo imperador não poderia, até atingir a maturidade, exercer suas prerrogativas constitucionais, a [[Regência (governo)|regência]] foi adotada.{{HarvRef|Carvalho|2007|p=21}}
[[31 de Julho de 2017]]
[[Imagem:Delfim da Câmara - D. Pedro II. 1875 (edit).jpg|thumbnail|upright|esquerda|[[Pedro II do Brasil|Dom Pedro II]], [[imperador do Brasil|imperador]] entre 1840 e 1889. Pintura de [[Delfim da Câmara]] (1875).]]


==Layout==
Durante o [[Período regencial (Brasil)|período regencial]] ocorreu uma série de rebeliões localizadas, como a [[Cabanagem]], a [[Revolta dos Malês]], a [[Balaiada]], a [[Sabinada]] e a [[Guerra dos Farrapos|Revolução Farroupilha]], decorrentes do descontentamento das províncias com o poder central e das tensões sociais latentes de uma nação escravocrata e recém-independente.<ref name=prado>{{Citar livro|autor=Maria Ligia Prado|autorlink=Maria Ligia Prado|título=A Formação das Nações Latino-americanas |edição=2ª|local=Campinas |editora=Atual/Editora da Unicamp|ano=1986|capítulo=5. o regime monárquico e o estado nacional|páginas=61 e seg.}}</ref> Em meio a esta agitação, [[Golpe da Maioridade|D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente]] em 1840. Porém, somente ao final daquela década, as últimas revoltas do período regencial, e outras posteriores, como a [[Revolução Praieira]], foram debeladas e o país pôde voltar a uma relativa estabilidade política interna.<ref name=Fausto/>


[[Mídia:esboco-escalador-01.pdf|1º Esboço da Interface WEB]]
Internacionalmente, após a [[Guerra da Cisplatina|perda de Cisplatina]], que se tornou o [[Uruguai]], o Brasil saiu vitorioso de três guerras no [[Cone Sul]] durante o [[Segundo reinado|reinado de Dom Pedro II]]: a [[guerra do Prata]], a [[guerra do Uruguai]] e a [[guerra do Paraguai]] naquele que, além de ter sido um dos maiores conflitos da história (o maior da América do Sul), foi o que exigiu o maior [[esforço de guerra]] na história do país.{{HarvRef|Lyra|1977a|pp=164, 225, 272}}


==Logotipo==
Concernente à questão da [[Escravidão no Brasil|escravidão no país]], somente após anos de pressão comercial e marítima exercida pelo [[Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda|Reino Unido]], em decorrência da lei "''[[Bill Aberdeen]]''", o Brasil concordou em abandonar o [[Tráfico negreiro|tráfico internacional de escravos]], em 1850. Apesar disso e da repercussão internacional, dos efeitos políticos e econômicos decorrentes da derrota dos [[Estados Confederados da América|Estados Confederados]] na [[Guerra de Secessão|Guerra Civil Americana]] durante a década de 1860, foi apenas em 1888, após um longo processo de mobilização interna e debate para a desmontagem moral e legal da escravidão, que esta foi [[Lei Áurea|formalmente abolida]] no Brasil.<ref>{{Citation |último = Moura |primeiro = Clóvis |título= Dicionário da Escravidão Negra no Brasil |publicado= [[EDUSP]] |ano= 2004 | isbn = 85-3140812-1 |páginas= 15, 48 (2ª coluna) à 50; 69, 70, 153, 241, 386}}</ref>{{HarvRef|Schulz|1994|loc = cap. 6}}


Logotipo...
Em 15 de novembro de 1889, desgastada por anos de estagnação econômica, em atrito com a oficialidade do Exército e também com as elites rurais e financeiras (embora por razões diferentes), a monarquia foi derrubada por [[Proclamação da República do Brasil|um golpe militar]].{{HarvRef | Schulz | 1994 | loc = capítulo 7}}<ref>{{Citation |primeiro = Lincoln de Abreu |último = Penna |título= O progresso da ordem: O florianismo e a construção da República | isbn = 978-85-7650186-2 |página= 59, último parágrafo}}</ref>


=== Primeira República e Era Vargas ===
{{Artigo principal|Proclamação da República do Brasil{{!}}Proclamação da República|República Velha|Era Vargas}}
{{Imagem múltipla
| align    = right
| direction = vertical
| width    = 220


==Caso de Uso==
| image1    = Proclamação da República by Benedito Calixto 1893.jpg
| caption1  = ''[[Proclamação da República do Brasil|Proclamação da República]]'', óleo sobre tela de 1893, por [[Benedito Calixto]].


Casos de Uso...
| image2    = 50º Aniversário da República Brasileira (cropped).png
| caption2  = Diretamente, ou através de figuras como [[Getúlio Vargas|Vargas]], o [[Exército Brasileiro|Exército]] esteve no poder em grande parte do período republicano.


| image3    = Massarosaw.jpg
| caption3  = Soldados da [[Força Expedicionária Brasileira]] (FEB) sendo saudados por moradores de [[Massarosa]], na [[Itália]], no final de setembro de 1944, durante a [[Segunda Guerra Mundial]].
}}
Com o início do governo [[republicano]], sendo pouco mais do que [[República da Espada|uma ditadura militar]], a então nova [[Constituição brasileira de 1891|constituição de 1891]]<ref>{{Citation|título=Constituição|ano=1891|local= BR |publicado=Presidência da República|url= http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao91.htm}}</ref> previa [[eleição|eleições]] diretas apenas para 1894 e, embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta.{{HarvRef|Leal|1976}}


==Diagrama Entidade Relacional==
Neste primeiro período, o país republicano manteve um relativo equilíbrio em relação à [[política externa]], que só foi rompido pela [[Acre#Revolução Acriana|questão acriana]]{{HarvRef|Rodrigues|Seitenfus|Boechat| 1995 | loc =capítulo 15.5}} (1899–1902) e pelo [[Brasil na Primeira Guerra Mundial|envolvimento do país na Primeira Guerra Mundial]] (1914–1918).<ref>{{Citation |título= A raiz das coisas: [[Rui Barbosa]], o Brasil no mundo |publicado= Civilização Brasileira |ano= 2008 | isbn = 85-2000835-6 |páginas= 225–78}}</ref><ref>{{Citation |título= Uma história diplomática do Brasil, 1531–1945 |páginas= 265–69}}</ref><ref>{{Citation |título= O Brasil e a Primeira Guerra Mundial |publicado= Instituto Geográfico Brasileiro |ano= 1990}}</ref> Internamente, a partir da [[Encilhamento|crise do encilhamento]]<ref>{{Citation |primeiro = Visconde |último = de Taunay |título= O encilhamento: scenas contemporaneas da bolsa em 1890, 1891 e 1892 |publicado= Melhoramentos |ano=1893}}</ref><ref>{{Citation |último = Nassif |primeiro = Luís |autorlink = Luís Nassif |título= Os cabeças-de-planilha |publicado= Ediouro |ano= 2007 | isbn = 978-85-00-02094-0 |páginas= 69–107}}</ref><ref>{{Citation |primeiro = Ney O. Ribeiro |último = de Carvalho |título= O Encilhamento: anatomia de uma bolha brasileira |publicado= [[Bovespa]] |ano= 2004 | isbn = 85-9040191-X}}</ref> e da [[Revolta da Armada#A primeira Revolta da Armada|1ª Revolta da Armada]] em 1891,<ref>{{Citation |primeiro = Hélio L |último = Martins |título= A Revolta da Armada |publicado= BibliEx |ano= 1997}}</ref> iniciou-se um ciclo prolongado de instabilidade [[financeira]], [[política]] e [[social]] que se estenderia até a década de 1920, mantendo o país assolado por [[República Velha#Movimentos Revolucionários|diversas rebeliões]], tanto civis<ref>{{Citation |primeiro = Edmundo |último = Moniz |título= Canudos: a luta pela terra |publicado= Global |ano= 1984}}</ref><ref>{{Citation |último = Sevcenko |primeiro = Nicolau |título= A Revolta da Vacina | publicado= Cosac Naify |ano= 2010 | isbn = 978-85-7503868-0}}</ref><ref>{{Citation |primeiro = Aureliano P |último = de Moura |título= Contestado: a guerra cabocla |publicado= Biblioteca do Exército |ano= 2003}}</ref> como militares.<ref>{{Citation |primeiro = Arthur |último = Thompson |título= Guerra civil do Brazil de 1893–1895 |publicado= Ravaro |ano= 1934}}</ref><ref>{{Citation |último = Roland |primeiro = Maria Inês |título= A Revolta da Chibata |publicado= Saraiva |ano= 2000 | isbn = 85-0203095-7}}</ref><ref>{{Citation |primeiro = Maria CS |último = Forjaz |título= Tenentismo e politica |publicado= Paz e Terra |ano= 1977}}</ref> Pouco a pouco, estas rebeliões minaram o regime de tal forma que, em 1930, foi possível ao candidato presidencial derrotado nas eleições daquele ano, [[Getúlio Vargas]], na esteira do assassinato de [[João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque|João Pessoa]], seu companheiro de chapa, liderar a [[Revolução de 1930]], com o apoio dos militares, e assumir a presidência da república.<ref>{{Citation |título= Política e sociedade no Brasil, 1930–1964 | isbn = 85-7419-242-2 | páginas = 17–25}}</ref>


Diagrama Entidade Relacional...
Vargas e os militares, que deveriam assumir a presidência apenas temporariamente a fim de implementar reformas democráticas, fecharam o [[Congresso Nacional do Brasil|congresso nacional brasileiro]] e seguiram governando sob [[estado de emergência]], tendo feito a [[intervenção federal]] de todos os estados, à exceção de [[Minas Gerais]],<ref>{{Citation |primeiro = Frank |último = McCann |título= Soldados da Pátria: História do exército brasileiro, 1889–1937 |publicado= Cia das Letras |ano= 2007 | isbn = 85-3591084-0 |página= 386}}</ref> substituindo os governadores dos estados por [[interventores federais]], que eram seus apoiadores políticos.{{HarvRef|Bueno|2003|pp=328, 331}}


Sob a justificativa de cobrar a implementação das promessas de reformas democráticas em uma nova constituição,<ref>MALUF, Nagiba Maria Rizek; "Revolução de 32"; Global Ed. 2009</ref> em 1932 a oligarquia paulista tentou recuperar o poder através de uma [[Revolução Constitucionalista de 1932|revolução armada]],<ref>{{Citation |título= Política e sociedade no Brasil, 1930–1964 |páginas= 26–28}}</ref> e, em 1935, os comunistas se rebelaram na [[Intentona Comunista]],{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=249}} tendo ambos os movimentos sido derrotados. No entanto, a ameaça comunista serviu de pretexto tanto para impedir as eleições previamente estipuladas, como para que Vargas e os militares lançassem mão de outro golpe de Estado em 1937 estabelecendo o [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]], formalizando assim o status ditatorial do regime.{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=267}} Em maio de 1938, houve o [[Levante integralista]], ainda outra tentativa fracassada de tomada de poder, desta vez por parte dos nacionalistas.<ref>{{Citation |primeiro = Ricardo AS |último = Seitenfus |título= A entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial |publicado= EdiPUCRS |ano= 2000 | isbn = 85-7430-122-1 |capítulo= 2.2 |páginas= 116–68}}</ref>


==Diagrama de Classes==
O Brasil manteve-se neutro durante os primeiros anos da [[Segunda Guerra Mundial]] (1939–1945) até os [[Navios brasileiros afundados na Segunda Guerra Mundial#Antecedentes|antecedentes]] que levaram o país a se postar ao lado dos [[Estados Unidos]] durante a Conferência Interamericana de 1942, realizada no [[Rio de Janeiro]] em janeiro, rompendo [[relações diplomáticas]] com as [[potências do Eixo]].{{HarvRef | Seitenfus | 2000 | loc  = Capítulo 5, seções 5.1.1 à 5.1.3}}<ref>{{Citation |último = Silva |primeiro = Hélio |autorlink = Hélio Silva |título= 1942; Guerra no Continente – O ciclo de Vargas | volume = 12 |publicado= Civilização Brasileira |ano= 1971 |capítulo= Defesa do Hemisfério}}</ref> Em represália, as marinhas de guerra da [[Alemanha Nazi|Alemanha nazista]] e [[Itália fascista]] estenderam sua campanha de guerra submarina ao Brasil e, após meses de contínuo afundamento de navios mercantes brasileiros e forte pressão popular, o [[Brasil na Segunda Guerra Mundial|governo declarou-lhes guerra]] em agosto daquele ano,<ref>{{Citation|autor = Roberto Sander |título= O Brasil na mira de Hitler |publicado= Objetiva |ano= 2007 | isbn = 85-7302868-8}}</ref>{{HarvRef | Silva | 1971}} tendo somente em 1944 enviado uma [[Força Expedicionária Brasileira|força expedicionária]] para combater na Europa.<ref>{{Citation |primeiro1 = Celso |último1 = Castro |primeiro2 = Vitor |último2 = Izecksohn |primeiro3 = Hendrik |último3 = Kraay |capítulo= 13 e 14 |título= Nova história militar brasileira |publicado= Fundação Getúlio Vargas |ano= 2004 | isbn = 85-225-0496-2}}</ref>{{HarvRef|Skidmore |2003|p=173}} Com a vitória aliada em 1945 e o fim dos regimes [[Nazifascismo|nazifascistas]] na [[Europa]], a posição de Vargas tornou-se insustentável e ele foi rapidamente deposto por outro [[golpe militar]].{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=281}} A [[democracia]] foi "restabelecida"{{HarvRef | McCann | 2007 | p = 553 | ps =: "O governo eleito que [[Eurico Gaspar Dutra|Dutra]] presidiu de 1946 a 1951 foi sustentado pelo exército intervencionista conservador e não por uma entidade subitamente democrática. ...Dutra traçou um paralelo significativo (declarando à época): "''Pela grandeza do Brasil, assim foi em 15/11/1889 e em 29/10/1945.''" A seu ver, as derrubadas de D.Pedro II e Vargas eram análogas e tinham o mesmo propósito"}} e o general [[Eurico Gaspar Dutra]] foi eleito presidente, tomando posse em 1946.{{HarvRef |Skidmore|2003|pp=182–83}} Tendo voltado ao poder democraticamente eleito no fim de 1950, [[Getúlio Vargas#A última reunião ministerial, o suicídio e a carta testamento|Vargas suicidou-se]] em agosto de 1954, em meio a uma crise política.{{HarvRef|Bueno|2003|pp=346–47}}{{HarvRef|Skidmore|2003 |pp = 188–94}}


Diagrama de Classes...
=== Quarta República e ditadura militar ===
{{Artigo principal|Quarta República Brasileira{{!}}Quarta República|Ditadura militar no Brasil (1964–1985){{!}}Ditadura militar}}
[[Imagem:0741 NOV B 05 Esplanada dos Ministerios Brasilia DF 03 09 1959.jpg|thumb|esquerda|Prédios dos atuais ministérios em 1959, durante a [[História de Brasília#A construção de Brasília|construção da nova capital federal]].]]
[[Imagem:Golpe de 1964.jpg|thumb|esquerda|[[Tanque de guerra|Tanques]] em frente ao [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] patrulham a [[Esplanada dos Ministérios]], em [[Brasília]], após o [[golpe de 1964]], que instaurou quase 21 anos de [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|ditadura militar]].]]


Vários governos provisórios breves sucederam-se após o suicídio de Vargas.{{HarvRef|Skidmore|2003|p=201}} Em 1955, através de [[Eleição presidencial no Brasil em 1955|eleições diretas]], [[Juscelino Kubitschek]] tornou-se presidente e assumiu uma postura conciliadora em relação à [[Oposição (política)|oposição política]], o que lhe permitiu governar sem grandes crises.{{HarvRef |Skidmore|2003|pp=202–3}} A economia e o setor industrial cresceram consideravelmente,{{HarvRef |Skidmore|2003|p=204}} mas sua maior conquista foi a construção da nova capital, [[Brasília]], inaugurada em 1960.{{HarvRef |Skidmore|2003|pp=204–5}} Seu sucessor, [[Jânio Quadros]], [[Eleição presidencial no Brasil em 1960|eleito em 1960]], renunciou em 1961 menos de sete meses após assumir o cargo.{{HarvRef |Skidmore|2003|pp= 209–10}} Seu vice-presidente, [[João Goulart]], assumiu a presidência, mas suscitou forte oposição política{{HarvRef| Skidmore | 2003| p = 210}} e foi deposto pelo [[Golpe de Estado no Brasil em 1964|Golpe de 1964]] que resultou em um [[Ditadura militar no Brasil (1964–1985)|regime militar]].{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=397}}


==Regras de Negócio==
O novo regime se destinava a ser transitório,{{HarvRef |Gaspari | 2002a| pp = 141–42}} mas, cada vez mais fechado em si mesmo, tornou-se uma ditadura plena com a promulgação do [[Ato Institucional Número Cinco|Ato Institucional Nº 5]] em 1968.{{HarvRef|Gaspari|2002a|p=35}} A [[Censura no Brasil#Censura durante o regime militar|censura]] e a [[Repressão política|repressão]] em todas as suas formas, incluindo a [[Tortura no Brasil|tortura]], não se restringiram aos políticos oposicionistas e militantes de esquerda. A sua ação alcançou a todos aqueles a quem o regime encarava como opositores, ou a eles ligados, o que abrangeu praticamente todos os setores sociais; entre eles [[artistas]], [[Aluno|estudantes]], [[jornalistas]], [[Clero|clérigos]], [[Sindicato|sindicalistas]], [[professor]]es, [[intelectuais]], além dos próprios [[Soldado|militares]] e [[Polícia|policiais]] que demonstrassem não estarem alinhados com o regime<ref>{{Citation |autor = Vários autores-[[Jurisconsulto|juristas]] |título= Direito Militar; doutrina e aplicações |publicado= Elsevier |ano= 2011 | isbn = 978-85-3524790-9 |páginas= 130-31 | url = http://books.google.com./books?id=w-k_-6vl97MC&pg=PA130 |formato= Google Livros}}</ref><ref>{{Citation |último = Chirio |primeiro = Maud |título= A política nos quartéis: Revoltas e protestos de oficiais na ditadura militar brasileira |publicado= [[Jorge Zahar Editor]] |ano= 2012 | isbn = 978-85-3780779-8 |páginas= 122-23, 185-86 | url = http://books.google.com./books?id=qLBAtUEde0QC&pg=PA186 |formato= Google Livros}}</ref> e familiares de [[Preso político|presos políticos]].<ref>{{Citation | url = http://www.istoe.com.br/reportagens/277884_UMA+VIDA+MARCADA+PELA+DITADURA |título= Uma vida marcada pela ditadura |jornal= Isto é}}</ref><ref>{{Citation |jornal= R7 | url = http://rederecord.r7.com/video/exclusivo-reportagem-detalha-uso-de-criancas-em-torturas-na-ditadura-militar-51b66bc00cf20a3d85010721/ |título= Crianças em torturas na ditadura |publicado= Record}}</ref>


Regras de Negocio...
Através da [[Operação Condor]], o governo brasileiro também participou na perseguição internacional a [[Dissidência|dissidentes]] sul-americanos em geral.<ref>{{Citation |último = Barboza |primeiro = Nelson Alves |título= O golpe no Brasil e a Revolução no Cinema |local= Rio |ano= 2008 | isbn = 978-85-9069881-4 | url = http://books.google.com./books?id=nR40G_3UyV8C&pg=PT260 |formato= Google Livros}}</ref> A exemplo de outros [[Ditadura|regimes ditatoriais]] na história, o regime militar brasileiro atingiu o auge de sua popularidade num momento de alto crescimento econômico, que ficou conhecido como "[[Milagre econômico brasileiro|milagre econômico]]", momento este que coincidiu com o [[Anos de chumbo|auge da repressão]].{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p= 422}}


Lentamente, no entanto, o desgaste natural de anos de poder ditatorial, que não abrandou a repressão mesmo após a derrota da guerrilha de esquerda,<ref>{{Citation |último = Guerra |primeiro = Cláudio |título= Memórias de uma Guerra Suja |publicado= TopBooks |ano= 2012 | isbn = 85-7475204-5}}</ref><ref>{{Citation |primeiro = Carlos Guilherme |último = Mota |título= Viagem incompleta. A Experiência Brasileira (1500/2000): A grande transação |publicado= Editora Senac |ano= 2000 | isbn = 85-7359111-0 |página= 201 2º§ | url = http://books.google.com./books?id=Dgh3vQ5pKQoC&pg=PA201 |formato= Google livros}}</ref> somado à inabilidade em lidar com as crises econômicas do período, o crescimento da oposição política nas eleições regionais<ref>{{Citation |título= Biblioteca digital |publicado= Fundação Getúlio Vargas | url = http://bibliotecadigital.fgv.br/dspace/bitstream/handle/10438/9937/vozes.pdf?sequence=1 |contribuição= Vozes da Oposição: Ditadura e Transição Política no Brasil}}</ref> e ainda as pressões populares, tornaram inevitável a [[abertura política]] do regime que, por seu lado, foi conduzida pelos generais [[Ernesto Geisel|Geisel]] e [[Golbery do Couto e Silva|Golbery]].{{HarvRef | Mota | 2000}} Com a promulgação da [[Lei da anistia (Brasil)|Lei da Anistia]] em 1979, o Brasil lentamente iniciou a volta à democracia, que se completaria na década de 1980.<ref>{{Citation |primeiro = Alzira Alves |último = de Abreu |título= A democratização no Brasil: atores e contextos |publicado= FAPERJ e [[Fundação Getúlio Vargas]] |ano= 2006 | isbn = 85-2250546-2 |páginas= 79 (do penúltimo parágrafo) à 81}}</ref>


==Requisitos Funcionais
=== Sexta República ===
{{AP|Sexta República Brasileira}}
[[Imagem:Ulyssesguimaraesconstituicao.jpg|thumb|[[Ulysses Guimarães]] com a [[Constituição brasileira de 1988|Constituição de 1988]], que [[Redemocratização|redemocratizou]] o país.]]


Segue abaixo a lista de requisitos funcionais, demonstrando todas as funcionalidades que a aplicação deve atender.
Após o movimento popular das ''[[Diretas Já]]'', os civis voltaram ao poder em 1985 inaugurando a chamada [[Nova República]], com a eleição do oposicionista [[Tancredo Neves]], que, entretanto, não assumiu o cargo devido à morte decorrente de uma grave doença.<ref>{{Citation |primeiro = Daniel |último = Mendonça |título= Tancredo Neves – Da Distensão à Nova República |publicado= Edunisc |ano= 2004 | isbn = 85-7578060-3}}</ref> Seu vice, [[José Sarney]], assumiu a presidência,{{HarvRef |Fausto|Devoto|2005|p=460}} tornando-se impopular ao longo de seu mandato por conta da piora da crise econômica e [[hiperinflação]] herdadas do regime militar, mesmo com uma breve euforia inicial do seu [[Plano Cruzado]].<ref>{{Citation |primeiro = Alex |último = Solnik |título= Por Que Não Deu Certo |ano= 1987}}</ref> Sarney deu continuidade ao programa de governo de Tancredo Neves instaurando, em 1987, uma [[Assembleia Nacional Constituinte de 1987|Assembleia Nacional Constituinte]],<ref>{{Citation | url = http://www.direitonet.com.br/noticias/exibir/14961/Constituicao-de-1988-completa-25-anos |publicado= Agência Brasil |título= Constituição de 1988 completa 25 anos}}</ref> que promulgou a atual [[Constituição brasileira de 1988|Constituição brasileira]].{{HarvRef | Fausto | Devoto|2005|pp= 464–65}}


<br/>
No entanto, o fracasso do [[Governo Sarney]] na área econômica e o consequente desgaste político permitiu a eleição, em [[Eleição presidencial no Brasil em 1989|1989]], do quase desconhecido [[Fernando Collor de Mello|Fernando Collor]], que posteriormente [[Impeachment de Fernando Collor|sofreu processo de ''impeachment'']] pelo [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional brasileiro]] em 1992, com seu vice-presidente, [[Itamar Franco]], assumindo o cargo em decorrência. Do novo ministério nomeado por Itamar, com integrantes de praticamente todos os partidos que aprovaram o ''impeachment'' de Collor,<ref>{{Citation |primeiro = Denise |último = Paiva |título= Era outra história: política social do governo Itamar Franco 1992–1994 |publicado= Editora UFJF |ano= 2009}}</ref> destacou-se [[Fernando Henrique Cardoso]], como [[Ministério da Fazenda (Brasil)|ministro da Fazenda]] e coordenador do bem-sucedido [[Plano Real]],{{HarvRef |Fausto|Devoto|2005|pp=465, 475}}<ref group="nota">O nome da moeda brasileira atual veio de uma antiga moeda que existiu até 1942.</ref> que trouxe estabilidade para a [[Economia do Brasil|economia brasileira]], após décadas de inúmeros planos econômicos de governos anteriores, que haviam fracassado na tentativa de controlar a hiperinflação.{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=482}} Em consequência, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente na [[Eleição presidencial no Brasil em 1994|eleição presidencial de 1994]] e novamente em [[Eleição presidencial no Brasil em 1998|1998]].{{HarvRef| Fausto|Devoto|2005|p=474}} A transição pacífica de poder para seu principal opositor, [[Luiz Inácio Lula da Silva]], eleito em [[Eleição presidencial no Brasil em 2002|2002]] e reeleito em [[Eleição presidencial no Brasil em 2006|2006]], mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua muito procurada estabilidade política.{{HarvRef|Fausto|Devoto|2005|p=502}}
'''Requisito Funcional'''
*RF 1 - O sistema deve manter usuários.
*RF 2 - O sistema deve permitir a promoção e rebaixamento de moderadores.
*RF 3 - O sistema deve manter contas administradoras.
*RF 4 - O sistema deve permitir a manutenção de setores de escalada.
*RF 5 - O sistema deve permitir a manutenção de vias e setores de escalada.
*RF 6 - O sistema deve classificar os croquis por país, estado, cidade e setor.
*RF 7 - O sistema deve permitir o envio de sugestões.
*RF 8 - O sistema deve permitir que os usuários comuniquem irregularidades.
*RF 9 - O sistema deve mostrar a localização de um setor via API do Google Maps.
*RF 10 - O sistema deve fazer a conversão de graus de dificuldade de vias, do modelo brasileiro, francês e norte-americano.


<br/>
Após as [[Eleição presidencial no Brasil em 2010|eleições de 2010]], [[Dilma Rousseff]] tornou-se a primeira mulher eleita presidente.<ref>{{Citation|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101102/not_imp633577,0.php|título=A eleição de Dilma Rousseff|jornal=[[O Estado de S. Paulo]]|data=2/11/2010|wayb= 20110514064924|urlmorta= sim}}</ref> Em junho de 2013, irromperam no país [[Protestos no Brasil em 2013|manifestações populares]] por diversas reivindicações sociais.<ref>{{citar web|url=http://noticias.terra.com.br/brasil/governo-brasileiro-e-pressionado-por-historicos-protestos,f614e49fccf5f310VgnCLD2000000ec6eb0aRCRD.html|título=Governo brasileiro é pressionado por históricos protestos|editor=[[Portal Terra]]|data=21/6/2013|acessodata=25/6/2013}}</ref> Após as [[polarização política|polarizadas]] [[Eleição presidencial no Brasil em 2014|eleições de 2014]], Rousseff foi reeleita. Em 2015, no entanto, sua rejeição atingiu quase 70% em meio a [[Protestos contra o Governo Dilma Rousseff|protestos populares]] após revelações de que vários políticos eram investigados pela [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]].<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2015/07/governo-dilma-tem-aprovacao-de-9-aponta-pesquisa-ibope.html|título=Governo Dilma tem aprovação de 9%, aponta pesquisa Ibope|publicado=G1|data=1/7/2015|acessodata=31/8/2016}}</ref> Em abril de 2016, a [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara]] iniciou um [[Impeachment de Dilma Rousseff|processo de ''impeachment'']] contra a presidente, que foi ratificado pelo [[Senado Federal do Brasil|Senado]] em maio.<ref>{{Citar web |url=http://www2.camara.leg.br/camaranoticias/noticias/POLITICA/508623-SENADO-APROVA-ABERTURA-DE-PROCESSO-DE-IMPEACHMENT-E-AFASTA-DILMA-POR-180-DIAS.html |título=Senado aprova abertura de processo de impeachment e afasta Dilma por 180 dias |publicado=Senado Federal |data=12/05/2016 |acessodata=9/6/2016}}</ref> Rousseff foi deposta em 31 de agosto e seu vice, [[Michel Temer]], assumiu o cargo.<ref>{{Citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016/08/1808784-senado-cassa-mandato-de-dilma-congresso-dara-posse-efetiva-a-temer.shtml|título=Senado cassa mandato de Dilma; Congresso dará posse efetiva a Temer|publicado=Folha de S.Paulo|data=31/08/2016|acessodata=31/08/2016}}</ref>
'''Requisitos Não Funcionais Tecnológicos'''


Segue abaixo a lista de requisitos não funcionais tecnológicos, determina as tecnologias e estratégias de desenvolvimento para criação do aplicativo.
== Geografia ==
{{Artigo principal|Geografia do Brasil}}


'''Requisito Não Funcional Tecnológico'''
[[Imagem:Brazil topo en2.PNG|thumb|esquerda|upright=1.4|[[Mapa topográfico]] do Brasil.]]
*RNFT 1 - O Sistema deve ser desenvolvido sobretudo para funcionar em ambiente WEB.
*RNFT 2 - O Sistema será desenvolvido na linguagem Java com uso do e Eclipse e empregando a interface do PrimeFaces adjunto ao Bootstrap.
*RNFT 3 - O Sistema deve usar o framework Hibernate para mapeamento das informações no banco de dados.
*RNFT 4 - O Sistema fará uso de API de geolocalização do Google Developers mediada pelo PrimeFaces.
*RNFT 5 - O Sistema irś usar banco de dados PostgreSQL.
*RNFT 6 - A documentação deverá ser feita em linguagem UML utilizando a ferramenta Astah.


<br/>
O [[território]] brasileiro é cortado por dois [[Linhas geográficas imaginárias|círculos imaginários]]: a [[Linha do equador|Linha do Equador]], que passa pela [[foz|embocadura]] do [[rio Amazonas|Amazonas]], e o [[Trópico de Capricórnio]], que corta o [[município de São Paulo]].<ref>{{citar web|url=http://www.webciencia.com/5_posicaogeo.htm|titulo=Posição Geográfica| publicado=Web Ciência|acessodata=5/5/2010}}</ref> O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da [[América do Sul]] e inclui grande parte do interior do continente,<ref name="Encarta 6">{{citar web|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342/Brazil.html#s1|título=Land and Resources|acessodata=11/6/2008|língua=en|wayb= 20080602013044|urlmorta= sim}}</ref> compartilhando fronteiras terrestres com [[Uruguai]] ao sul; [[Argentina]] e [[Paraguai]] a sudoeste; [[Bolívia]] e [[Peru]] a oeste; [[Colômbia]] a noroeste e [[Venezuela]], [[Suriname]], [[Guiana]] e com o [[Departamentos de ultramar|departamento ultramarino francês]] da [[Guiana Francesa]] ao norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul, exceto [[Equador]] e [[Chile]]. Ele também engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como [[Fernando de Noronha]], [[Atol das Rocas]], [[Arquipélago de São Pedro e São Paulo|São Pedro e São Paulo]] e [[Trindade e Martim Vaz]].<ref name="CIA Geo" /> O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso.<ref name="Encarta 6" />
'''Lista de Regras de Negócio'''


Segue abaixo a lista de regras de negócio, com intuito de personalizar a aplicação de acordo com as regras competentes ao meio.<br/>
O país é o [[Lista de países e territórios por área|quinto maior do mundo]] em área territorial, depois de [[Rússia]], [[Canadá]], [[República Popular da China|China]] e [[Estados Unidos]], e o terceiro maior da [[América]], com uma área total de {{fmtn|8515767.049}} quilômetros quadrados (km²),<ref name="Área" /> incluindo {{fmtn|55455|km²}} de água.<ref name="CIA Geo" /> Seu território abrange [[Fusos horários no Brasil|quatro fusos horários]], a partir de [[UTC−5]] no [[Acre]] e sudoeste do [[Amazonas]]; [[UTC−4]] em [[Mato Grosso]], [[Mato Grosso do Sul]], [[Rondônia]], [[Roraima]] e maior parte do Amazonas; [[UTC−3]] (horário oficial do Brasil) em [[Goiás]], [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]], [[Pará]], [[Amapá]] e todos os estados das regiões [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] e [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[UTC−2]] nas [[Lista de ilhas do Brasil|ilhas do Atlântico]].<ref name="FusosHorários_Brasil" />


A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, [[planície]]s, [[planalto]]s e [[cerrado]]s. Grande parte do terreno se situa entre duzentos e oitocentos metros de altitude.<ref name="Encarta 7">{{citar enciclopédia|título=Natural Regions|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342/Brazil.html#s1|acessodata=11/6/2008|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwQHrh6l|arquivodata=31/10/2009|urlmorta=sim}}</ref> A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país. As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados. A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de até {{fmtn|1200}} metros. Esses intervalos incluem as serras [[Serra do Espinhaço|do Espinhaço]], [[Serra da Mantiqueira|da Mantiqueira]] e [[Serra do Mar|do Mar]].<ref name="Encarta 7" /> No norte, o [[planalto das Guianas]] constitui um fosso de drenagem principal, separando os rios que correm para o sul da [[Bacia do rio Amazonas|Bacia Amazônica]] dos que desaguam no sistema do [[rio Orinoco]], na [[Venezuela]], ao norte. O ponto mais alto no Brasil é o [[Pico da Neblina]], na [[Serra do Imeri]] ([[Fronteira Brasil–Venezuela|fronteira com a Venezuela]]) com {{fmtn|2994}} metros, e o menor é o [[Oceano Atlântico]].<ref name="CIA Geo" />


*'''RN 1''' - RF 1,2,3 - Cada tipo de conta possui regras de acesso;<br/>
O Brasil tem um [[Hidrografia do Brasil|sistema denso e complexo de rios]], um dos mais extensos do mundo, com oito grandes [[Bacia hidrográfica|bacias hidrográficas]], que drenam para o Atlântico. Os rios mais importantes são o [[Rio Amazonas|Amazonas]] (o maior rio do mundo tanto em comprimento – {{fmtn|6937.08}} quilômetros de extensão – como em termos de volume de água – vazão de 12,5 bilhões de litros por minuto), o [[Rio Paraná|Paraná]] e seu maior afluente, o [[Rio Iguaçu|Iguaçu]] (que inclui as [[cataratas do Iguaçu]]), o [[Rio Negro (Amazonas)|Negro]], [[Rio São Francisco|São Francisco]], [[Rio Xingu|Xingu]], [[Rio Madeira|Madeira]] e [[Rio Tapajós|Tapajós]].<ref name="Encarta 8">{{citar enciclopédia|título=Rivers and Lakes|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342/Brazil.html|acessodata=11/6/2008|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwQHBKyV|arquivodata=31/10/2009|urlmorta=sim}}</ref>
Usuário: Pode manter seu próprio cadastro. Cadastrar e editar vias e setores por ele criado. Pesquisar vias e visualizar suas informações. Enviar sugestões e comunicar irregularidades.<br/>
Moderador: Possui todas as permissões de um usuário e está habilitado a gerenciar comentários, vias e setores.<br/>
Administrador: Possui todas as permissões de um Moderador e ainda pode gerenciar usuários e moderados assim como os promover ou exonerar.<br/>


*'''RN 2''' - RF 4, 5,6 - O sistema deve gerenciar croquis e setores de acordo com sua hierarquia geográfica. (País>Estado>Cidade>Setor>Croqui) e permitir buscas orientadas pelo nome do Setor ou da Via.<br/>
{{Geografia do Brasil - Galeria}}


*'''RN 3''' - RF 5 - O cadastro de vias deve conter:<br/>
=== Clima ===
Nome*<br/>
{{Artigo principal|Clima do Brasil}}
Grau sugerido*<br/>
[[Imagem:Climate of Brazil.tif|thumb|upright=1.4|[[Mapa]] do Brasil de acordo com a [[classificação climática de Köppen]].]]
País*<br/>
Estado*<br/>
Cidade*<br/>
Setor<br/>
Nome do conquistador<br/>
Número de costuras necessárias<br/>
Dicas e peculiaridades da via<br/>
''* Obrigatório''<br/>


*'''RN4''' - RF 5 - O cadastro de setores deve conter:<br/>
O clima do Brasil dispõe de uma ampla variedade de condições de tempo em uma grande área e topografia variada, mas a maior parte do país é [[Clima tropical|tropical]].<ref name="CIA Geo" /> Segundo o [[Classificação climática de Köppen-Geiger|sistema Köppen]], o Brasil acolhe seis principais subtipos climáticos: [[Clima equatorial|equatorial]], [[Clima tropical|tropical]], [[Clima semiárido|semiárido]], [[Clima tropical de altitude|tropical de altitude]], [[Clima temperado|temperado]] e [[Clima subtropical|subtropical]]. As diferentes condições climáticas produzem ambientes que variam de [[Floresta tropical|florestas equatoriais]] no [[Região Norte do Brasil|Norte]] e regiões semiáridas no [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]], para [[Floresta temperada de coníferas|florestas temperadas de coníferas]] no [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Cerrado|savanas tropicais]] no Brasil central.<ref name="BBC Weather">{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/weather/world/country_guides/results.shtml?tt=TT005220 |título=Country Guide|acessodata=11/6/2008|autor=BBC Weather|wayb= 20090111092524|urlmorta= sim}}</ref> Muitas regiões têm [[microclima]]s totalmente diferentes.<ref name="Encarta 9">{{citar enciclopédia|título=Natural Regions|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_2/Brazil.html|acessodata=11/6/2008|wayb= 20080530005601|urlmorta= sim}}</ref><ref name="BT">{{Citar web|título=Temperature in Brazil|publicado=Brazil Travel|url=http://www.v-brazil.com/information/geography/temperature-graphs.html|acessodata=11/6/2008}}</ref>
Nome*<br/>
Equipamento<br/>
Percurso<br/>
Latitude*<br/>
Longitude*<br/>
Local<br/>
Cidade*<br/>
Cadastrador*<br/>
''* Obrigatório''<br/>


*'''RN 5''' - RF 10 -  Ao clicar no botão “ver no mapa”, o sistema deve exibir no mesma página através de interface conectada ao Google Maps a localização da via.<br/>
O clima equatorial caracteriza grande parte do norte do Brasil. Não existe uma [[estação seca]] real, mas existem algumas variações no período do ano em que mais chove.<ref name="BBC Weather" /> Temperaturas médias de {{fmtn|25|°C}},<ref name="BT" /> com mais variação de temperatura significativa entre a noite e o dia do que entre as estações. As chuvas no Brasil central são mais sazonais, característico de um [[Clima tropical com estação seca|clima de savana]].<ref name="Encarta 9" /> Esta região é tão extensa como a [[Bacia do rio Amazonas|bacia amazônica]], mas tem um clima muito diferente, já que fica mais ao sul, em uma altitude inferior.<ref name="BBC Weather" /> No interior do nordeste, a precipitação sazonal é ainda mais extrema. A região de clima semiárido geralmente recebe menos de 800 milímetros de chuva,<ref>{{Citar web|url=http://www.cpatsa.embrapa.br/servicos/dadosmet/cem-anual.html|wayb=20070820215606|título=Médias Anuais da Estação Agrometeorológica de Mandacaruautor|acessodata=21/10/2008|urlmorta=sim}}</ref> a maioria do que geralmente cai em um período de três a cinco meses no ano,<ref name="CaatingaNordesteBrasil">{{Citar web|url=http://botany.si.edu/projects/cpd/sa/sa19.htm|título=CPD: South America, Site SA19, Caatinga of North-eastern Brazil, Brazil|publicado=SI|acessodata=29/10/2009|wayb=20090606055642}}</ref> e por vezes menos do que isso, resultando em longos períodos de [[Seca no Brasil|seca]].<ref name="Encarta 9" /> A [[Grande Seca|Grande Seca de 1877–78]], a mais grave já registrada no país,<ref>{{Citation|url=http://origin.cdc.gov/eid/content/15/6/916.htm|título=Drought, Smallpox, and Emergence of Leishmania braziliensis in Northeastern Brazil|publicado=Centers for Disease Control and Prevention (CDC)|local=[[Estados Unidos]]|língua=inglês}}</ref> causou cerca de meio milhão de mortes.<ref>{{citar web|url=http://press.princeton.edu/chapters/s8857.html|último=Ó Gráda|primeiro=C|língua=inglês|título=Famine: A Short History|editor=Princeton University Press|acessodata=21/9/2013|wayb=20160112061115|urlmorta=sim}}</ref> Outra em 1915 foi devastadora também.<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/DOCREP/05/W8514E/W8514E29.htm|título=Inland fishery enhancements |editor=[[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]] (FAO)|acessodata=21/9/2009}}</ref>


*'''RN 6''' - RF 1,3 -  Não serão permitidos cadastros de usuários com o mesmo e-mail.<br/>
No sul da [[Bahia]], a distribuição de chuva muda, com períodos de chuva ao longo de todo o ano.<ref name="BBC Weather" /> O Sul e parte do Sudeste possuem condições de clima temperado, com invernos frescos e temperatura média anual não superior a {{fmtn|18|°C}};<ref name="BT" /> [[geada]]s de inverno são bastante comuns, com ocasional queda de [[Neve no Brasil|neve]] nas áreas mais elevadas.<ref name="BBC Weather" /><ref name="Encarta 9" />
<br/>
''Download Regras de Negócio''
[[media:rn.odt|odt]], [[media:rn.pdf|pdf]] .


==Projeto Integrador I==
=== Meio ambiente e biodiversidade ===
*<p>Sistema Escalador para plataforma Android [https://drive.google.com/file/d/0B8nOJfuhTgEMQmgtWGhnaVFHMjA/view?usp=sharing clique aqui] para ver o vídeo do aplicativo.</p>
{{Artigo principal|Biodiversidade no Brasil{{!}}Biodiversidade|Biomas do Brasil{{!}}biomas|vegetação do Brasil}}
*<p>Documentação versão Final do Sistema Escalador para plataforma Android. [[media:Projeto_Escalador_Final_PI1.pdf |Baixar!]]</p>
[[Imagem:Amazon CIAT (5).jpg|thumb|esquerda|[[Amazônia|Floresta Amazônica]], a mais rica e biodiversa [[floresta tropical]] do mundo.<ref name="WWF" />]]


==Modelo CANVAS==
A grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes [[ecossistema]]s, como a [[Amazônia|Floresta Amazônica]], reconhecida como tendo a maior [[Biodiversidade|diversidade biológica]] do mundo,<ref name="WWF">{{Citar web|título=One fifth of the world's freshwater|obra=Amazon|publicado=World Wide Fund for Nature|data=6/8/2007|url=http://www.panda.org/about_our_earth/about_freshwater/rivers/amazon/|acessodata=12/6/2008}}</ref> a [[mata Atlântica]] e o [[cerrado]], que sustentam também grande biodiversidade,<ref name="Encarta 10">{{citar web|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_2/Brazil.html|título=Plant and Animal Life|acessodata=12/10/2008|língua=en|wayb=20091029034943|urlmorta=sim}}</ref> além da [[caatinga]],<ref name="CaatingaNordesteBrasil" /> fazendo do Brasil um [[Países megadiversos|país megadiverso]]. No sul, a [[Floresta ombrófila mista|floresta de araucárias]] cresce sob condições de [[clima temperado]].<ref name="Encarta 10" />


Acesse o modelo Canvas agora! [http://app.projectcanvas.online/#/board/sAbQ5V0YxFd9baHSzD3ywsn0+zplWGriDoFS8rUa2LI=/public clique aqui!]
A rica [[vida selvagem]] do Brasil reflete a variedade de ''[[habitat]]s'' naturais. Os [[cientista]]s estimam que o número total de espécies vegetais e animais no Brasil seja de aproximadamente de quatro milhões.<ref name="Encarta 10" /> Grandes [[mamífero]]s incluem [[puma]]s, [[Onça-pintada|onças]], [[jaguatirica]]s, raros [[cachorro-vinagre|cachorros-vinagre]], [[raposa]]s, [[queixada]]s, [[anta]]s, [[tamanduá]]s, [[Bicho-preguiça|preguiças]], [[gambá]]s e [[tatu]]s. [[Veado]]s são abundantes no sul e muitas espécies de [[platyrrhini]] são encontradas nas [[Floresta tropical|florestas tropicais]] do norte.<ref name="Encarta 10" /><ref>{{citar jornal|título=Atlantic Forest, Brazil|obra=Map: Biodiversity hotspots|publicado=BBC News|data=1/10/2004|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/science/nature/3707888.stm#brazil|acessodata=12/6/2008}}</ref> A preocupação com o meio ambiente tem crescido em resposta ao interesse mundial nas [[ambientalismo|questões ambientais]].<ref name="Encarta 11">{{citar enciclopédia|título=Environmental Issues|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_2/Brazil.html|acessodata=12/6/2008|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwQIOd3Z|arquivodata=31/10/2008|urlmorta=sim}}</ref>


==Apresentações (Slides)==
O patrimônio natural do Brasil [[Problemas ambientais do Brasil|está seriamente ameaçado]] pela pecuária e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamento, [[desmatamento no Brasil|desmatamento]], extração de petróleo e gás, a [[sobrepesca]], comércio de espécies selvagens, barragens e infraestrutura, [[Poluição da água|contaminação da água]], fogo, [[Espécie invasora|espécies invasoras]] e pelos [[Impactos do aquecimento global no Brasil|efeitos do aquecimento global]].<ref name="WWF" /> Em muitas áreas do país, o ambiente natural está ameaçado pelo desenvolvimento.<ref>{{Citar web|título=Under threat|publicado=Greenpeace|url=http://www.greenpeace.org/international/campaigns/forests/south-america/under-threat|acessodata=12/6/2008}}</ref> A construção de estradas em áreas de floresta, tais como a [[Rodovia Transamazônica|BR-230]] e a [[BR-163]], abriu áreas anteriormente remotas para a agricultura e para o comércio; barragens inundaram vales e ''habitats'' selvagens; e minas criaram cicatrizes na terra e poluíram a paisagem.<ref name="Encarta 11" /><ref>{{Citar web|título=Amazon destruction: six football fields a minute|publicado=Greenpeace|url=http://www.greenpeace.org/international/news/amazon-destruction| acessodata=12/6/2008}}</ref>


[[media:Apresentacao-Projeto-Escalador.odp | Apresentação do Projeto Escalador 1.0]]
{{Biodiversidade do Brasil - Galeria}}


==Código Desenvolvido==
== Demografia ==
[[Imagem:ARCHELLA E THERY Img 05.png|thumb|upright=1.3|Mapa da [[densidade populacional]] do Brasil (2007).]]
{{Artigo principal|Demografia do Brasil}}


Codigo desenvolvido...
A [[Brasileiros|população do Brasil]], conforme [[Censo demográfico do Brasil de 2010|censo]] realizado pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE) em 2010, foi de {{fmtn|190755799}} habitantes<ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00|título=Tabela 1.4 – População nos Censos Demográficos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1872/2010|data=2010|publicado=IBGE|acessodata=5/3/2014}}</ref> (22,43 habitantes por [[Quilómetro quadrado|quilômetro quadrado]]),<ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=10&uf=00|título=Tabela 1.10 – Densidade demográfica nos Censos Demográficos, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 1872/2010|data=2010|publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=5/3/2014}}</ref> com uma proporção de homens e mulheres de 0,96:1<ref>{{citar web|url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=1R&uf=00|título=Razão de sexo, população de homens e mulheres, segundo as Grandes Regiões e as Unidades da Federação – 2010|data=2010|publicado=IBGE|acessodata=5/3/2014}}</ref> e 84,36% da população definida como [[urbana]].<ref name="IBGE_Pop_2010" /> A população está fortemente concentrada nas [[Regiões do Brasil|regiões]] [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (80,3 milhões de habitantes), [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] (53,1 milhões) e [[Região Sul do Brasil|Sul]] (27,4 milhões), enquanto as duas regiões mais extensas, o [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]] e o [[Região Norte do Brasil|Norte]], que formam 64,12% do território brasileiro, contam com um total de apenas trinta milhões de habitantes.<ref name="IBGE_Pop_2010" />


==Inspiração==
A população brasileira aumentou significativamente entre 1940 e 1970, devido a um declínio na [[taxa de mortalidade]], embora a [[taxa de natalidade]] também tenha passado por um ligeiro declínio no período. Na década de 1940 a taxa de [[Crescimento populacional|crescimento anual da população]] foi de 2,4%, subindo para 3% em 1950 e permanecendo em 2,9% em 1960, com a [[expectativa de vida]] subindo de 44 para 54 anos{{HarvRef|Carvalho|2004|p=5}} e para 75,8 anos em 2016.<ref>{{citar web|url=https://g1.globo.com/bemestar/noticia/expectativa-de-vida-do-brasileiro-ao-nascer-e-de-758-anos-diz-ibge.ghtml|título=Expectativa de vida do brasileiro ao nascer é de 75,8 anos, diz IBGE|data=01/12/2017|acessodata=01/12/2017|publicado=[[G1 (website)|Bem Estar]]}}</ref> A taxa de aumento populacional tem vindo a diminuir desde 1960, de 3,04% ao ano entre 1950–1960 para 1,05% em 2008 e deverá cair para um valor negativo, de -0,29%, em 2050,<ref>{{Citar web|url=http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272|título=IBGE: população brasileira envelhece em ritmo acelerado|publicado=IBGE|acessodata=25/1/2013|arquivourl=https://archive.today/20140830143908/http://saladeimprensa.ibge.gov.br/noticias?view=noticia&id=1&busca=1&idnoticia=1272|arquivodata=30 de agosto de 2014|urlmorta=no}}</ref> completando assim a [[transição demográfica]].{{HarvRef|Carvalho|2004|p=7–8}}


Inspiração...
Os [[Lista de municípios do Brasil acima de cem mil habitantes|maiores aglomerados urbanos do Brasil]], de acordo com a estimativa do IBGE para 2017, são as conurbações de [[São Paulo]] (com {{fmtn|21314716}} habitantes), [[Rio de Janeiro]] ({{fmtn|12389775}}), [[Belo Horizonte]] ({{fmtn|5142260}}), [[Recife]] ({{fmtn|4021641}}) e [[Brasília]] ({{fmtn|3986425}}).<ref name="Pop_IBGE_2017"/><ref name="concentrações_urbanas" /> Existem também grandes concentrações urbanas no interior do país: [[Campinas]], [[Santos|Baixada Santista]], [[São José dos Campos]] e [[Sorocaba]] (todas no estado de São Paulo).<ref name="Pop_IBGE_2017"/><ref name="concentrações_urbanas" /> Quase todas as [[Lista de capitais do Brasil|capitais]] são as maiores cidades de seus [[Unidades federativas do Brasil|estados]], com exceção de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], capital do [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]], e [[Florianópolis]], a capital de [[Santa Catarina]].<ref name="Pop_IBGE_2017"/>
{{Aglomerados urbanos mais populosos do Brasil}}


Entrevista de Fred Backey, um dos maiores montanhista do mundo, concedida em 2008 ao Jornal americano The New York Times aos seu 85 anos falando sobre o prazer do contato com a natureza e o prazer que tem em escalar uma montanha.<ref>https://www.youtube.com/watch?v=98MAVoCwe9U</ref>
=== Composição étnica ===
{{Etnias do Brasil|right}}
{{Artigo principal|Composição étnica do Brasil|Brasileiros}}
{{Vertambém|Racismo no Brasil}}
Segundo o IBGE, no censo de 2010 47,1% da população (cerca de 90,6 milhões) se autodeclararam como [[Brasileiros brancos|brancos]], 43,42% (cerca de 82,8 milhões) como [[pardos]] ([[multirracial]]), 7,52% (cerca de 14,4 milhões) como [[Afro-brasileiros|negros]]; 1,1% (cerca de 2,1 milhões) como [[Brasileiros asiáticos|amarelos]] e 0,43% (cerca de 821 mil) como [[Povos indígenas do Brasil|indígenas]], enquanto 0,02% (cerca de 36,1 mil) não declararam sua raça.<ref name="SIDRA_Tab2094" />


Blog de Conteudo de Escalada Aventura na Veia<ref>http://aventuranaveia.blogspot.com.br/</ref>
Em 2007, a [[Fundação Nacional do Índio]] (FUNAI) relatou a existência de 67 [[Povos isolados|tribos indígenas isoladas]] em regiões remotas do Brasil, a maioria delas no interior da [[Amazônia|Floresta Amazônica]]. Acredita-se que o Brasil possua o maior número de povos isolados do mundo.<ref>{{Citar web|url=http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/content/article/2007/07/07/AR2007070701312.html|título=In Amazonia, Defending the Hidden Tribes |língua= inglês|editor=The Washington Post|data=8/7/2007|acessodata=21/9/2013|wayb= 20170701183918}}</ref>


Waldemar Niclevicz<ref>http://www.niclevicz.com.br/</ref>
A maioria dos [[brasileiros]] descende de povos indígenas do país, colonos portugueses, [[Imigração no Brasil|imigrantes europeus]] e [[Escravidão no Brasil|escravos africanos]].<ref name="Enciclopédia Barsa v.4, p.&nbsp;230">{{Citar livro|título=Enciclopédia Barsa|volume=4|pagina=230}}</ref> Desde a chegada dos portugueses em 1500, um considerável número de uniões entre estes três grupos foi realizado. A população parda{{HarvRef|Coelho|1996|p=268}}{{HarvRef|Vesentini|1988|p=117}} é uma categoria ampla que inclui [[caboclos]] (descendentes de brancos e índios), [[mulatos]] (descendentes de brancos e negros) e [[cafuzos]] (descendentes de negros e índios).<ref name="Enciclopédia Barsa v.4, p.&nbsp;230" />{{HarvRef|Coelho|1996|p=268}}


Os pardos e mulatos formam a maioria da população nas regiões [[Região Norte do Brasil|Norte]], [[Região Nordeste do Brasil|Nordeste]] e [[Região Centro-Oeste do Brasil|Centro-Oeste]].<ref>{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf|titulo=Síntese dos Indicadores Sociais 2010|trabalho=Tabela 8.1 – População total e respectiva distribuição percentual, por cor ou raça, segundo as Grandes Regiões, Unidades da Federação e Regiões Metropolitanas – 2009|publicado=IBGE|acessodata=19/9/2010|wayb=20140905052646|urlmorta=sim}}</ref> A população mulata concentra-se geralmente na costa leste da região Nordeste, da [[Bahia]] à [[Paraíba]]{{HarvRef|Moreira|1981|p=108}}{{HarvRef|Azevedo|1971|p=74–75}} e também no norte do [[Maranhão]],<ref>{{Citation|título=Enciclopédia Barsa|volume=10|local=Rio de Janeiro|publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil|ano=1987|página=355}}</ref>{{HarvRef|Azevedo|1971|p=74}} sul de [[Minas Gerais]]{{HarvRef|Azevedo|1971|p=161}} e no leste do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]].{{HarvRef|Moreira|1981|p=108}}{{HarvRef|Azevedo|1971|p=161}}


Site útil http://blogdescalada.com
No século XIX o Brasil abriu suas fronteiras à [[Imigração no Brasil|imigração]]. Cerca de cinco milhões de pessoas de mais de 60 países migraram para o Brasil entre 1808 e 1972, a maioria delas de [[Portugal]], [[Itália]], [[Espanha]], [[Alemanha]], [[Japão]] e [[Oriente Médio]].<ref name="FerreiraLevy">{{Citation|primeiro =Maria Stella|último =Ferreira-Levy|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89101974000500003|título=O papel da migração internacional na evolução da população brasileira (1872 a 1972)|volume=8|data=junho de 1974|página=74, suplemento, Tabela 2}}</ref>


==GUIAS DE ESCALADAS==
=== Religiões ===
[[media:MG-Arcos.pdf |MG - Arcos]]
{{Religião no Brasil}}
{{Artigo principal|Religiões no Brasil}}
{{Vertambém|Intolerância religiosa no Brasil}}
A [[Constituição brasileira de 1988|Constituição]] prevê [[liberdade de religião]], ou seja, proíbe qualquer tipo de [[intolerância religiosa]] e a [[Separação Igreja-Estado|Igreja e o Estado estão oficialmente separados]], sendo o Brasil um [[Estado secular|país secular]].<ref>{{citar web|url=http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=8519|título=Brasil: Estado laico e a inconstitucionalidade da existência de símbolos religiosos em prédios públicos|acessodata=30/11/2009|publicado=Jus Navigandi|wayb=20091223024547|urlmorta=sim}}</ref>


[[media:MG-PedroLeopoldo.pdf |MG - Pedro Leopoldo]]
Em outubro de 2009 foi aprovado pelo Senado e decretado pelo Presidente da República em fevereiro de 2010, um acordo com o [[Vaticano]], em que é reconhecido o [[Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e a Santa Sé|Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil]]. O acordo confirmou normas que já eram normalmente cumpridas sobre ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental (que assegura também o ensino de outras crenças), casamento e assistência espiritual em presídios e hospitais. O projeto sofreu críticas de parlamentares que entendiam como o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.<ref>{{Citar web |editor=[[O Globo]]|data=8/10/2009|url=http://oglobo.globo.com/economia/mat/2009/10/8/senado-aprova-acordo-com-vaticano-767959739.asp|título=Senado aprova acordo com o Vaticano|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web |data=11/2/2010|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7107.htm|título=Decreto nº 7.107, de 11 de fevereiro de 2010|acessodata=20/11/2014|publicado=Casa Civil da Presidência da República}}</ref>


[[media:MG-SerraDoLenheiro.pdf |MG - Serra Do Lenheiro]]
Em 2000, a religião católica representava 73,6% do total no país. Em 2010, era 64,6%, sendo observada pela primeira vez a redução em números absolutos (de {{fmtn|124980132}} para {{fmtn|123280172}}).<ref>{{Citar relatório|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/religiao_Censo2000.pdf|título=Resultados do Censo 2000|paginas=Tabela 1.3.1 – População residente, por sexo e situação do domicílio, segundo a religião|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web|título=Censo|data=2010|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000009352506122012255229285110.pdf|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>[ftp://ftp.ibge.gov.br/Censos/Censo_Demografico_2010/Caracteristicas_Gerais_Religiao_Deficiencia/tab1_4.pdf|Resultados do Censo 2010 – Tabela 1.4.1 – População residente, por situação do domicílio e sexo, segundo os grupos de religião] IBGE: 2010 Consultado em 21/9/2013</ref><ref>{{Citar web|editor=Secom |data=30/6/2012|url=http://www.secom.gov.br/sobre-a-secom/acoes-e-programas/comunicacao-publica/clipping/junho-2012/clippingsecom-midia-30-de-junho-de-2012/at_download/file |título= Pela primeira vez, número de católicos cai|pagina =6|acessodata=21/9/2013|wayb= 20130514070338|urlmorta= sim}}</ref> Ainda assim, o perfil religioso brasileiro continua tendo uma maioria predominantemente católica (42,4% a mais que a segunda maior religião do país, o [[protestantismo]]).<ref>{{Citar web|url=http://censo2010.ibge.gov.br/noticias-censo?view=noticia&id=1&idnoticia=2170&t=censo-2010-numero-catolicos-cai-aumenta-evangelicos-espiritas-sem-religiao |título= Censo 2010: número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião|editor=IBGE|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref>{{Citar web|editor=[[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] (UFRJ)|url=http://www.ie.ufrj.br/aparte/pdfs/a_mudanca_de_hegemonia_religiosa_no_brasil_02abr12.pdf|título=O processo de mudança de hegemonia religiosa no Brasil|acessodata=21/9/2013}}</ref><ref name="ibge_religiao" /> De acordo com o censo de 2010, entre os estados, o Rio de Janeiro apresenta a menor proporção de católicos, 45,8%; e o [[Piauí]], a maior, 85,1%. Já a proporção de evangélicos era maior em [[Rondônia]] (33,8%) e menor no Piauí (9,7%).<ref name="ibge_religiao">{{Citar web|editor=IBGE|url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2170&id_pagina=1|título=Censo 2010 – Número de católicos cai e aumenta o de evangélicos, espíritas e sem religião|acessodata=21/9/2013}}</ref>


[[media:SP-Pindamonhangaba.pdf |SP - Pindamonhangaba]]
=== Idiomas ===
[[Imagem:Interior do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, Brasil.jpg|thumb|esquerda|[[Museu da Língua Portuguesa]] em [[São Paulo]]]]
[[Imagem:Portal de Pomerode.jpg|thumb|esquerda|[[Pomerode]], [[Santa Catarina]], município com língua cooficial alóctone.<ref name="Pomerode"/>]]
{{Artigo principal|Línguas do Brasil}}


==Prévia de Refências==
A [[língua oficial]] do Brasil é o [[Língua portuguesa|português]],<ref name="língua" group="nota" /> que é falado por quase toda a população e é praticamente o único idioma usado nos meios de comunicação, nos negócios e para fins administrativos. O país é o único [[Lusofonia|lusófono]] da [[América]] e o idioma tornou-se uma parte importante da [[identidade nacional]] brasileira.<ref>{{Citar web|url=http://countrystudies.us/brazil/39.htm|título=Portuguese language and the Brazilian singularity |editor=Country Studies|acessodata=21/9/2013}}</ref>


<ref>
O [[português brasileiro]] teve o seu próprio desenvolvimento, influenciado por [[Línguas indígenas do Brasil|línguas ameríndias]], [[Línguas africanas|africanas]] e por outros [[Línguas da Europa|idiomas europeus]].<ref name="Portuguese" /> Como resultado, essa variante é um pouco diferente, principalmente na [[fonologia]], do [[Português europeu|português lusitano]]. Essas diferenças são comparáveis àquelas entre o [[inglês americano]] e o [[inglês britânico]].<ref name="Portuguese">{{Citar web|título=Languages of Brazil|publicado=Ethnologue |url=http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=br|acessodata=9/6/2008}}</ref>
Previa de referencias...
</ref>


Em 2008, a [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (CPLP), que inclui representantes de todos os [[Lista de países onde o português é língua oficial|países cujo português é o idioma oficial]], chegou a um [[Acordo Ortográfico de 1990|acordo]] sobre a padronização ortográfica da língua, com o objetivo de reduzir as diferenças entre as duas variantes. A todos os países da CPLP foi dado o prazo de 2009 até 2016 para se adaptarem às mudanças necessárias.<ref name="Senado1x">{{Citar web|url=http://www12.senado.gov.br/noticias/materias/2012/12/28/adiamento-da-vigencia-do-acordo-ortografico-teve-apoio-de-senadores |título=Adiamento da vigência do acordo ortográfico teve apoio de senadores|publicado=Agência Senado|data=28/12/2012|acessodata=28/12/2012}}</ref>


==Referências==
[[Línguas do Brasil|Idiomas minoritários]] são falados em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam [[Línguas indígenas do Brasil|274 línguas diferentes]]. Dos indígenas com cinco ou mais anos, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.<ref>{{citar web | url=http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=2194&id_pagina=1 | título=Censo 2010: população indígena é de 896,9 mil, tem 305 etnias e fala 274 idiomas }}</ref> Há também comunidades significativas de falantes do [[Língua alemã|alemão]] (na maior parte o ''[[Hunsrückisch]]'', um dialeto [[alto-alemão]]) e [[Língua italiana|italiano]] (principalmente o [[talian]], de origem [[Língua vêneta|vêneta]]) no [[Região Sul do Brasil|sul do país]], os quais são influenciados pelo idioma português.<ref name="Deutsche Welle">{{citar web|url=http://www.dw.de/o-alem%C3%A3o-lusitano-do-sul-do-brasil/a-1174391-1|título=O alemão lusitano do Sul do Brasil|autor=Soraia Vilela|editor=[[Deutsche Welle]]|data=20/4/2004|acessodata=5/11/2012}}</ref><ref name=autogenerated4>{{Citar web|url=http://www.labeurb.unicamp.br/elb/europeias/talian.htm|título=O talian|editor=[[Universidade Estadual de Campinas]] (Unicamp)|acessodata=21/9/2013}}</ref>
<references />


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Diversos municípios brasileiros cooficializaram outras línguas,<ref name="letrasufscar">{{citar web|url=http://www.letras.ufscar.br/linguasagem/edicao01/artigos_politicapatrimonial.htm|título=Uma política patrimonial e de registro para as línguas brasileiras|autor=Rosângela Morello|coautor=Gilvan Müller de Oliveira|editor=[[Universidade Federal de São Carlos]] (Ufscar)|acessodata=21/9/2013}}</ref> como [[São Gabriel da Cachoeira]], no estado do [[Amazonas]], onde ao [[nheengatu]], [[Língua tucana|tukano]] e baniwa, que são [[línguas ameríndias]], foi concedido o estatuto cooficial com o português.<ref>{{Citar web|url=http://www.nytimes.com/2005/8/28/international/americas/28amazon.html?ex=1282881600&en=2dbb31357d010164&ei=5090|título=Language Born of Colonialism Thrives Again in Amazon |editor=The New York Times|data=28/8/2005|acessodata=14/7/2008|língua=inglês|wayb= 20170706165359|urlmorta= sim}}</ref> Outros municípios, como [[Santa Maria de Jetibá]] (no [[Espírito Santo (estado)|Espírito Santo]]) e [[Pomerode]] (em [[Santa Catarina]]) também cooficializaram outras línguas [[alóctone]]s, como o alemão e o [[Pommersch|pomerano]].<ref name="Pomerode">{{citar web|url=https://www.leismunicipais.com.br/a/sc/p/pomerode/lei-ordinaria/2010/225/2251/lei-ordinaria-n-2251-2010-institui-a-lingua-alema-como-idioma-complementar-e-secundario-no-municipio-2010-09-01.html |título=Lei Nº 2251|editor=Leis Municipais|acessodata=21/9/2013}}</ref> Os estados de Santa Catarina e [[Rio Grande do Sul]] também possuem o talian como patrimônio linguístico oficial,<ref>{{Citar web|url=http://server03.pge.sc.gov.br/LegislacaoEstadual/2009/014951-011-0-2009-001.htm|título=Legislação estadual – Lei nº 14.951|data=11/11/2009|editor=Governo de Santa Catarina|acessodata=21/9/2013|wayb= 20160615142920|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{Citar web|editor=Ipol|url=https://web.archive.org/web/20101210113959/http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=597|título=Aprovado projeto que declara o Talian como patrimônio do RS|acessodata= 21/8/2011}}</ref> enquanto o Espírito Santo, em agosto de 2011, incluiu em sua constituição o pomerano, junto com o alemão, como seus patrimônios culturais.<ref>{{citar web|url=http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690|editor=IPOL|título=Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio|acessodata=21/9/2013|wayb=20120127142052|urlmorta=sim}}</ref>


[[Categoria:Projeto Integrador II]]
== Governo e política ==
{{Artigo principal|Governo do Brasil{{!}}Governo|política do Brasil}}
{{Mais informações|Presidente do Brasil|lista de presidentes do Brasil|administração pública no Brasil}}
 
[[Imagem:Palácio do Planalto GGFD8938.jpg|thumb|[[Palácio do Planalto]], sede do [[Poder Executivo do Brasil|Poder Executivo]].]]
[[Imagem:Brasilia Congresso Nacional 05 2007 221.jpg|thumb|[[Congresso Nacional do Brasil]], sede do [[Poder Legislativo do Brasil|Poder Legislativo]].]]
 
A Federação Brasileira é formada pela união indissolúvel de três entidades políticas distintas: os [[Unidades federativas do Brasil|estados]], os [[Municípios do Brasil|municípios]] e o [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]].<ref name="Constituição" /> A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas "do governo". A Federação está definida em cinco princípios fundamentais:<ref name="Constituição" /> [[soberania]], [[cidadania]], [[dignidade]] da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o [[Pluralismo (política)|pluralismo político]]. Os ramos clássicos tripartite de governo ([[Poder Executivo do Brasil|executivo]], [[Poder Legislativo do Brasil|legislativo]] e [[Poder Judiciário do Brasil|judiciário]] no âmbito do sistema de controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição.<ref name="Constituição" /> O executivo e o legislativo estão organizados de forma independente em todas as três esferas de governo, enquanto o Judiciário é organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual/Distrito Federal.<ref name="Poder Judiciário – Brasil" />
 
Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente.<ref name=embassy>{{Citar web|url=http://www.brasembottawa.org/en/brazil_in_brief/political_institution.html|título=Embassy of Brazil&nbsp;— Ottawa|citação=Political Institutions&nbsp;— The Executive|acessodata=19/7/2007|wayb=20110725100724|urlmorta=sim}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.citymayors.com/government/brazil_government.html|título=City Mayors|citação=Brazil federal, state and local government|acessodata =19/7/2007}}</ref><ref>{{Citar web|autor=MARTINS, Wilson|url=http://links.jstor.org/sici?sici=0024-7413(196424)1%3A2%3C29%3ABP%3E2.0.CO%3B2-W|título=Brazilian Politics|publicado=Luso-Brazilian Review | acessodata=19/7/2007}}</ref> Juízes e outros funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada.<ref name=embassy /> O voto é obrigatório para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre 16 e 18 anos ou superior a 70 anos.<ref name="Constituição" /> Quase todas as funções governamentais e administrativas são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo.<ref>{{Citation|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estrutura/poder-executivo-1|contribuição=Poder Executivo|título=Sobre o Brasil|publicado=Governo brasileiro|wayb=20110520005759|urlmorta=sim|acessodata=7/12/2011}}</ref> A forma de governo é a de uma [[república]] [[Democracia|democrática]], com um [[Presidencialismo|sistema presidencial]]. O presidente é o [[chefe de Estado]] e de [[Chefe de governo|governo]] da União e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição para um segundo mandato consecutivo. Ele é o responsável pela nomeação dos [[Ministro de Estado|ministros de Estado]], que auxiliam no governo.<ref name="Constituição" /><ref>{{citar web|url=http://www.brasil.gov.br/governo/2010/01/chefe-maximo-do-executivo-e-o-presidente-da-republica|título=Chefe máximo do Executivo é o Presidente da República|data=4/1/2010|publicado=Governo do Brasil|acessodata=26/9/2014|wayb= 20170203205027}}</ref>
 
As casas legislativas de cada entidade política são a principal fonte de direito no Brasil. O [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]] é a legislatura bicameral da Federação, composto pela [[Câmara dos Deputados do Brasil|Câmara dos Deputados]] e pelo [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]]. Autoridades do Judiciário exercem funções jurisdicionais, quase exclusivamente.<ref name="Poder Judiciário – Brasil" /> Quase todos os partidos políticos estão representados no Congresso.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/el-pais/2014/10/25/congresso-formado-por-28-partidos-transforma-a-vida-parlamentar-brasileira-em-labirinto.htm|título=Congresso formado por 28 partidos transforma a vida parlamentar brasileira em labirinto|autor=Raquel Seco|data=25/10/2014|publicado=UOL Notícias|acessodata=13/2/2015}}</ref> É comum que os políticos mudem de partido e, assim, a proporção de assentos parlamentares detidos por partidos muda regularmente. Os maiores partidos, de acordo com o número de filiados, são o [[Partido do Movimento Democrático Brasileiro]] (PMDB), [[Partido dos Trabalhadores]] (PT), [[Partido Progressista (Brasil)|Partido Progressista]] (PP), [[Partido da Social Democracia Brasileira]] (PSDB), [[Partido Democrático Trabalhista]] (PDT), [[Partido Trabalhista Brasileiro]] (PTB), [[Democratas (Brasil)|Democratas]] (DEM), [[Partido da República]] (PR), [[Partido Socialista Brasileiro]] (PSB) e [[Partido Popular Socialista]] (PPS).<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/politica/noticia/2013/10/partidos-informam-ao-tse-que-tem-mais-de-15-milhoes-de-filiados.html|título=Partidos informam ao TSE que têm mais de 15 milhões de filiados|publicado=G1|autor=Mariana Oliveira|data=29/10/2013|acessodata=23/2/2015}}</ref>
 
=== Lei ===
{{Artigo principal|Lei do Brasil{{!}}Lei|Poder Judiciário do Brasil{{!}}poder judiciário|Forças policiais do Brasil{{!}}forças policiais do Brasil}}
[[Imagem:Supremo Brasil.jpg|esquerda|thumb|[[Supremo Tribunal Federal]] (STF), sede do [[Poder Judiciário do Brasil|Poder Judiciário]].]]
 
A lei brasileira é baseada na tradição do [[código civil]], parte do [[sistema romano-germânico]]. Assim, os conceitos de [[direito civil]] prevalecem sobre práticas de [[Common law|direito comum]]. A maior parte da [[Direito do Brasil|legislação brasileira]] é [[Codificação jurídica|codificada]], apesar de os estatutos não codificados serem uma parte substancial do sistema, desempenhando um papel complementar. Decisões do Tribunal e orientações explicativas, no entanto, não são vinculativas sobre outros casos específicos, exceto em algumas situações.<ref>{{Citation|url=http://www.oas.org/juridico/mla/en/bra/en_bra-int-des-ordrjur.html|título=The Brazilian Legal System|língua=inglês|publicado=Organization of American States|acessodata=17/5/2007}}</ref>
 
Obras de doutrina e as obras de juristas acadêmicos têm forte influência na criação de direito e em casos de direito. O sistema jurídico baseia-se na [[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]], que foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e é a lei fundamental do Brasil. Todos as outras legislações e as decisões das cortes de justiça devem corresponder a seus princípios.{{HarvRef|Silva|2004|p=46}} Os [[Unidades federativas do Brasil|estados]] têm suas próprias constituições, que não devem entrar em contradição com a constituição federal.{{HarvRef|Silva|2004|p=592}} Os [[Municípios do Brasil|municípios]] e o [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] não têm constituições próprias; em vez disso, eles têm leis orgânicas.<ref>{{Citation|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/o-brasil/estrutura/por-dentro-da-estrutura-governamental|título=Veja como funciona a estrutura governamental no país|publicado=Governo brasileiro|acessodata=23/4/2010|wayb= 20110520003448|urlmorta= sim}}</ref> Entidades legislativas são a principal fonte dos [[estatuto]]s, embora, em determinadas questões, organismos dos poderes [[poder judiciário|judiciário]] e [[Poder executivo|executivo]] possam promulgar normas jurídicas.<ref name="Poder Judiciário – Brasil">{{Citar web|url=http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario|título=Conheça os órgãos que formam o Poder Judiciário|data=31/10/2009|publicado=Governo do Brasil|arquivourl=https://archive.today/20140926114903/http://www.brasil.gov.br/governo/2009/11/conheca-os-orgaos-que-formam-o-poder-judiciario|arquivodata=26 de setembro de 2014|acessodata=26 de setembro de 2014|urlmorta=no}}</ref>
 
A [[jurisdição]] é administrada pelas entidades do [[poder judiciário]] brasileiro, embora em situações raras a Constituição Federal permita que o [[Senado Federal do Brasil|Senado Federal]] interfira nas decisões judiciais. Existem jurisdições especializadas como a [[Justiça Militar no Brasil|Justiça Militar]], a [[Justiça do Trabalho]] e a [[Justiça Eleitoral do Brasil|Justiça Eleitoral]]. O tribunal mais alto é o [[Supremo Tribunal Federal]]. Este sistema tem sido criticado nas últimas [[década]]s devido à lentidão com que as decisões finais são emitidas. Ações judiciais de recurso podem levar vários anos para serem resolvidas e, em alguns casos, mais de uma década para expirar antes de as decisões definitivas serem tomadas.<ref>Glugoski, Miguel; Medauar, Odete. [http://www.usp.br/jorusp/arquivo/2003/jusp667/pag0304.htm "Nossos direitos nas suas mãos"], [[Universidade de São Paulo|USP]] Journal, 24–30 de novembro de 2003. Acesso em 17 de maio de 2007.</ref>
 
=== Forças armadas ===
{{multiple image
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| footer =
| image1 = Saab Gripen NG.png
| caption1 = [[Saab JAS 39 Gripen|Saab Gripen NG]] da [[Força Aérea Brasileira|Força Aérea]].
| image2 = Operação Formosa 2014 (15481886779).jpg
| caption2 = [[Astros 2020]] do [[Exército Brasileiro|Exército]].
| image3 = Apache_Helicopter_Takes_off_from_HMS_Ocean_During_Operation_Ellamy_MOD_45153052.jpg
| caption3 = [[PHM Atlântico|PHM ''Atlântico'']], [[navio-chefe]] da [[Marinha do Brasil|Marinha]].
}}
{{Artigo principal|Forças Armadas do Brasil}}
 
As [[Forças Armadas do Brasil]] compreendem o [[Exército Brasileiro]], a [[Marinha do Brasil]] e a [[Força Aérea Brasileira]],<ref name="Constituição" /> e são a maior força militar da [[América Latina]], a segunda maior de toda a [[América]]. O Brasil também é uma das quinze nações com as maiores capacidades bélicas do [[mundo]].<ref>{{citar web|url=http://www.globalfirepower.com/countries-listing.asp |título=Countries Ranked by Military Strength|data=2018|editor=GlobalFirepower|acessodata=14/6/2018}}</ref> As [[Polícias Militares Estaduais Brasileiras|polícias militares estaduais]] e os [[corpos de bombeiros militares]] são descritas como forças auxiliares e reservas do Exército pela Constituição,<ref name="Constituição" /> mas sob o controle de cada [[Unidades federativas do Brasil|estado]] e de seus respectivos [[governador]]es.<ref name="Constituição" />
 
O Exército é responsável pelas operações militares por terra, possui o maior efetivo da América Latina, contando com uma força de cerca de {{fmtn|290000}} [[soldado]]s. Também possui a maior quantidade de veículos blindados da América do Sul, somados os veículos blindados para transporte de tropas e [[carro de combate|carros de combate]] principais.<ref name="militarypower1">{{Citar web|url=http://www.militarypower.com.br/mundo.htm|título=Military Power|acessodata=27/6/2010|local=Brasil}}</ref>
 
A Força Aérea Brasileira é o ramo de [[guerra aérea]] das Forças Armadas Brasileiras.<ref>{{Citar web|url=http://www.fab.mil.br/portal/imprensa/fab_numeros.php|título=Sala de imprensa|editor=Força Aérea Brasileira|acessodata=16/8/2007|wayb= 20130925102536|urlmorta= sim}}</ref> De acordo com o ''Flight International'' e do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a FAB tem uma força ativa de {{fmtn|77454}} militares e opera em torno de 627 aeronaves, sendo a maior força aérea do [[hemisfério sul]] e a segunda na [[América]], após a [[Força Aérea dos Estados Unidos]].<ref name="flightglobal">[http://img.en25.com/Web/flightglobal/%7B88f2f053-6c3d-4ab4-a297-0b453358a560%7D_FC055_PREM_201312.pdf?elq={00000000-0000-0000-0000-000000000000}&elqCampaignId= World Air Force 2014 - Flight International], Flightglobal, Acessado em 23 de novembro de 2014</ref>
 
A Marinha é responsável pelas operações navais e pela guarda das [[Mar territorial|águas territoriais]] brasileiras. É a mais antiga das Forças Armadas brasileiras, possui o maior efetivo de [[Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil|fuzileiros navais]] da América Latina, estimado em {{fmtn|15000}} homens,<ref>{{Citar web|url=https://www.mar.mil.br/cgcfn/|título=Comando Geral do Corpo de Fuzileiros Navais|editor=Marinha|acessodata=27/6/2010}}</ref> tendo o [[Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais]] como sua principal unidade.<ref>{{Citar web|url=http://www.mar.mil.br/ffe/|título=Comando da Força de Fuzileiros da Esquadra|publicado=Marinha|acessodata=27/6/2010|wayb= 20171018014536}}</ref> A Marinha também possui um grupo de elite especializado em retomar navios e instalações navais, o [[Grupamento de Mergulhadores de Combate]], unidade especialmente treinada para proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa.<ref>{{Citar web|url=http://tropaselite.t35.com/BRASIL_GRUMEC.htm|título=Tropas elite|editor=Grumec|publicado=T35|acessodata=27/6/2010|wayb=20100327162505|urlmorta=sim}}</ref>
 
=== Crime e aplicação da lei ===
{{Artigo principal|Forças policiais do Brasil|Violência no Brasil|Sistema carcerário no Brasil}}
No Brasil, a [[Constituição do Brasil|constituição]] estabelece cinco instituições policiais diferentes para a execução da lei: [[Departamento de Polícia Federal|Polícia Federal]], [[Polícia Rodoviária Federal]], [[Polícia Ferroviária Federal]], a [[Polícia Militar do Brasil|Polícia Militar]] e [[Polícia Civil do Brasil|Polícia Civil]]. Destas, as três primeiras são filiadas às autoridades federais e as duas últimas subordinadas aos governos estaduais. Todas as instituições policiais são de responsabilidade do [[Poder Executivo do Brasil|poder executivo]] de qualquer um dos governos federal ou estadual.<ref name="Constituição" /> A [[Força Nacional de Segurança Pública]] também pode atuar em situações de distúrbio público, originadas em qualquer ponto do território nacional.<ref>{{citar web |url=http://www.brasil.gov.br/defesa-e-seguranca/2012/05/ordem-publica-e-prioridade-da-forca-nacional-de-seguranca |título=Ordem pública é prioridade da Força Nacional de Segurança |editor=Portal Brasil |data=29/4/2012 |acessodata=8/2/2015|wayb= 20171010152940}}</ref>
[[Imagem:Helicóptero PF.jpg|thumb|esquerda|Helicóptero do [[Departamento de Polícia Federal]] (DPF).]]
 
O país tem níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. Em 2012, a [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS) estimou o número de 32 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das [[Lista de países por taxa de homicídio intencional|mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo]].<ref>{{citar web|url=http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral,brasil-tem-maior-numero-absoluto-de-homicidios-do-mundo,1604827|título=Brasil tem maior número absoluto de homicídios do mundo|editor=[[O Estado de S. Paulo]]|data=10/12/2014}}</ref> O índice considerado suportável pela OMS é de dez [[homicídio]]s por 100 mil habitantes.<ref>{{citar web|publicado=Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo|url=http://www.ssp.sp.gov.br/estatistica/dados.aspx?id=E|titulo=Taxa de delito por 100 mil habitantes|data=31/1/2011|acessodata=14/2/2011|wayb=20111006173852|urlmorta=sim}}</ref> No entanto, existem diferenças entre os índices de criminalidade dentro do país; enquanto em [[São Paulo (estado)|São Paulo]] a taxa de homicídios registrada em 2013 foi de 10,8 mortes por 100 mil habitantes, em [[Alagoas]] chegou a 64,7 homicídios para cada 100 mil pessoas.<ref>{{citar web|url=http://exame.abril.com.br/brasil/noticias/uma-pessoa-e-assassinada-a-cada-dez-minutos-no-brasil|título=Os estados com mais homicídios no Brasil|editor=[[Revista Exame]]|data=11/11/2014|acessodata=5/2/2015}}</ref>
 
O Brasil também tem altos níveis de encarceramento e a quarta maior população carcerária do mundo (atrás de [[Estados Unidos]], [[China]] e [[Rússia]]), com um total estimado em mais 600 mil presos (300 para cada 100 mil habitantes) em todo o país (junho de 2015), um aumento de cerca de 161% em relação ao índice registrado em 2000.<ref>{{citar web|url=http://hojeemdia.com.br/primeiro-plano/brasil/com-607-mil-presos-brasil-tem-a-4%C2%AA-maior-popula%C3%A7%C3%A3o-carcer%C3%A1ria-do-mundo-1.311943|título=Com 607 mil presos, Brasil tem a 4ª maior população carcerária do mundo|editor=Folha de S.Paulo|data=23/6/2015|wayb= 20171017214452}}</ref> O alto número de presos acabou por sobrecarregar o sistema prisional brasileiro, levando a um déficit de mais de 200 mil vagas dentro das prisões do país.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2014/01/brasil-tem-hoje-deficit-de-200-mil-vagas-no-sistema-prisional.html|título=Brasil tem hoje deficit de 200 mil vagas no sistema prisional|editor=G1|data=15/1/2014|acessodata=21/3/2014|wayb= 20171010175118}}</ref>
 
=== Política externa ===
{{Artigo principal|Relações internacionais do Brasil|Missões diplomáticas do Brasil}}
[[Imagem:Itamaraty.jpg|thumb|esquerda|Escultura ''[[Meteoro (escultura)|Meteoro]]'' no [[espelho d'água]] localizado em frente ao [[Palácio Itamaraty]], em Brasília, a sede do [[Ministério das Relações Exteriores (Brasil)|Ministério das Relações Exteriores]]]]
 
Embora alguns problemas sociais e econômicos impeçam o Brasil de exercer poder global efetivo,<ref>Zibechi, Raúl [http://www.fntg.org/fntg/docs/BrazilMultilateralism.pdf "Difficult Path"] Funder's Network on Trade and Globalization. Acessado em 22 de junho de 2007</ref> o país é hoje um líder [[Política|político]] e [[Economia|econômico]] na [[América Latina]]. Esta alegação, porém, é parcialmente contestada por outros países, como a [[Argentina]] e o [[México]], que se opõem ao objetivo brasileiro de obter um lugar permanente como representante da região no [[Conselho de Segurança das Nações Unidas]].<ref>{{citar web|url= http://www.blackwell-synergy.com/doi/abs/10.1111/j.1468-2346.2006.00513.x|autor= Lima, Maria Regina Soares; Hirst, Mônica|título= Brazil as a regional power|publicado= Blackwell Synergy Journal|acessodata= 22 de junho de 2007|wayb= 20120224025952|urlmorta= sim}}</ref><ref>Bandeira, Luiz Alberto Moniz. [http://lap.sagepub.com/cgi/content/abstract/33/3/12 "Brazil as a regional power"] Sage Journals Online. Acessado em 22 de junho de 2007</ref>
 
Entre a [[Segunda Guerra Mundial]] e a década de 1990, os governos democráticos e militares procuraram expandir a influência do Brasil no mundo, prosseguindo com uma política externa e industrial independente. Atualmente o país tem como objetivo reforçar laços com outros países da [[América do Sul]] e exercer a diplomacia multilateral, através das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]] e da [[Organização dos Estados Americanos]].<ref>Universia Knowledge at Wharton website, [http://www.wharton.universia.net/index.cfm?fa=viewfeature&id=1087&language=english "Can Brazil Play a Leadership Role in the Current Round of Global Trade Talks?"]. Wharton School, Pennsylvania. Acessado em 22/6/2007</ref>
 
A atual política externa do Brasil é baseada na posição do país como uma [[potência regional]] na [[América Latina]], um líder entre os [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]] (como os [[BRICS]]) e uma [[Superpotência emergente|superpotência mundial emergente]].<ref>{{citar web|autor=RIBANDO, Clare|url=http://www.wilsoncenter.org/news/docs/RL33456.pdf|título=US-Brazil relations|publicado=''[[Congressional Research Service]]''|acessodata=16/8/2007|wayb=20110626140530|urlmorta=sim}}</ref> A política externa brasileira em geral tem refletido multilateralismo, resolução de [[litígio]]s de forma pacífica e não intervenção nos assuntos de outros [[país]]es.<ref>Georges D. Landau, "The Decisionmaking Process in Foreign Policy: The Case of Brazil," Center for Strategic and International Studies: Washington DC: March 2003</ref> A [[Constituição brasileira]] determina também que o país deve buscar uma integração [[Economia|econômica]], [[política]], [[social]] e [[cultura]]l com as nações da América Latina, através de organizações como [[UNASUL]], [[Mercosul]] e [[Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos|CELAC]].<ref name="Constituição">{{citar web | url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm | título=Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 }}</ref><ref>Zibechi, Raul. [http://www.fntg.org/fntg/docs/BrazilMultilateralism.pdf Brazil and the Difficult Path to Multilateralism]. IRC Americas. Acessado em 16 Agosto 2007</ref><ref>De Lima, Maria Regina Soares. Hirst, Monica. [http://www.blackwell-synergy.com/doi/abs/10.1111/j.1468-2346.2006.00513.x Brazil as an intermediate state and regional power: action, choice and responsibilities]. International Affairs 82 (1), 21–40. Acessado em 16 de agosto de 2007</ref><ref>Bandeira, Luiz Alberto Moniz.[http://lap.sagepub.com/cgi/content/abstract/33/3/12 Brazil as a Regional Power and Its Relations with the United States] [[Universidade de Brasília]]. Acessado em 16 de agosto de 2007</ref>
 
== Subdivisões ==
{{Artigo principal|Subdivisões do Brasil}}
{{Artigo principal|prefixo=Ver também|Regiões do Brasil{{!}}Regiões|Unidades federativas do Brasil{{!}}unidades federativas|Propostas de criação de unidades federativas do Brasil{{!}}propostas atuais para novas unidades federativas|municípios do Brasil|Distrito Federal (Brasil){{!}}Distrito Federal}}
{{Artigo principal|Lista de municípios do Brasil}}
{{Mapa detalhado do Brasil}}
O Brasil é uma [[Federação]] constituída pela união indissolúvel de [[Unidades federativas do Brasil|26 estados-membros]], um [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] e [[Municípios do Brasil|{{fmtn|5570}} municípios]].<ref name=":0" /><ref>[[Constituição brasileira de 1988|Constituição Federal]], artigo primeiro</ref> Os estados e municípios possuem natureza de [[pessoa jurídica]] de [[direito público]], portanto, como qualquer [[pessoa (direito)|pessoa]] em território nacional (cidadão ou estrangeiro), possuem [[direito]]s e [[Direito das obrigações|deveres]] estabelecidos pela Constituição Brasileira de 1988. [[Estado]]s e [[município]]s possuem autoadministração, autogoverno e auto-organização, ou seja, elegem seus líderes e representantes políticos e administram seus negócios públicos sem interferência de outros municípios, estados ou da União. De modo a permitir a autoadministração, a Constituição Federal define quais [[tributo]]s podem ser coletados por cada unidade da federação e como as verbas serão distribuídas entre eles. Estados e municípios, atendendo ao desejo de sua [[população]] expresso em [[plebiscito]]s, podem dividir-se ou se unir. Porém, não têm assegurado pela constituição o direito de se tornarem independentes.<ref name="Constituição" />
 
As [[Unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] são entidades subnacionais autônomas (autogoverno, autolegislação e autoarrecadação) dotadas de governo e constituição próprios que juntas formam a República Federativa do Brasil. Atualmente o Brasil é dividido política e administrativamente em 27 unidades federativas, sendo 26 [[estado (subdivisão)|estados]] e um [[distrito federal]]. O [[poder executivo]] é exercido por um governador eleito quadrienalmente. O [[poder judiciário]] é exercido por tribunais estaduais de primeira e segunda instância que cuidam da justiça comum. O [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] tem características comuns aos estados-membros e aos municípios. Ao contrário dos estados-membros, não pode ser dividido em municípios. Por outro lado, pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um estado e, também, como município.<ref name="Constituição" />
 
Os [[Municípios do Brasil|municípios]] são uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo as menores unidades autônomas da Federação. Cada município tem sua própria [[Lei Orgânica]] que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal. Há um total de [[Lista de municípios do Brasil|{{fmtn|5570}} municípios]] em todo território nacional, alguns com população maior que a de vários países do mundo (cidade de [[São Paulo]] com mais de onze milhões de habitantes), outros com menos de mil habitantes; alguns com área maior do que vários países no mundo ([[Altamira]], no [[Pará]], é quase duas vezes maior que [[Portugal]]), outros com menos de quatro quilômetros quadrados.<ref name="Área" />
 
== Economia ==
{{Imagem múltipla
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| image1    = EGLF - Embraer KC-390 - Força Aérea Brasileira - PT-ZNJ (43532779431).jpg
| caption1  = O [[Embraer KC-390|KC-390]], o maior avião de transporte militar já feito na [[América do Sul]],<ref>{{citar web |url=http://latino.foxnews.com/latino/news/2014/10/21/brazil-embraer-unveils-prototype-new-military-transport/ |título=Brazil's Embraer unveils prototype of new military transport |editor=[[Fox News]] |data=21/10/2014 |acessodata=22/10/2014}}</ref> é produzido pela [[Embraer]], a terceira maior fabricante de aeronaves do mundo.<ref>{{Citar web|título=Por que 2013 foi o ano para Airbus, Boeing e Embraer|obra=Economia|publicado=[[Exame (Brasil)|Exame]]|url=http://exame.abril.com.br/negocios/noticias/por-que-2013-foi-o-ano-para-airbus-boeing-e-embraer-2 |data=23/1/2014|acessodata=22/10/2014}}</ref>
 
| image2    = Sao Paulo Stock Exchange.jpg
| caption2  = Painel de cotações da [[Brasil, Bolsa, Balcão|B3]], uma das [[Lista de bolsas de valores|maiores bolsas de valores do mundo por capitalização de mercado]].
 
| image3    = Arquivo_da_Agência_Brasil_-_Brasília_01_(cropped).jpg
| caption3  = Sede do [[Banco Central do Brasil|Banco Central]] em [[Brasília]].
 
| image4    = Arroz 097.jpg
| caption4  = [[Colheitadeira]] em uma plantação de [[arroz]] em [[Rio do Sul]], [[Santa Catarina]]. O Brasil é o terceiro maior exportador de [[Agricultura no Brasil|produtos agrícolas]] do mundo.<ref name="exportaçãoagrícola" />
}}
 
{{Artigo principal|Economia do Brasil}}
{{Artigo principal|prefixo=Veja também|História econômica do Brasil{{!}}História econômica|Problemas econômicos do Brasil{{!}}problemas econômicos|Agricultura no Brasil{{!}}agricultura|indústria no Brasil}}
 
O Brasil é a maior economia da [[América Latina]], a segunda da [[América]] (atrás apenas dos [[Estados Unidos]]) e a [[Lista de países por PIB nominal|sétima maior do mundo]], tanto nominalmente quanto em [[Lista de países por PIB (Paridade do Poder de Compra)|paridade do poder de compra]], de acordo com o [[Fundo Monetário Internacional]] e o [[Banco Mundial]].<ref name="fmi" /> O país tem uma [[economia mista]] com vastos [[recursos naturais]]. Estima-se que a economia brasileira irá se tornar uma das cinco maiores do mundo nas próximas décadas.<ref>{{citar periódico |url=http://www.chicagobooth.edu/alumni/clubs/pakistan/docs/next11dream-march%20'07-goldmansachs.pdf |título=The N-11: More Than an Acronym |publicado=Goldman Sachs |acessodata=17/3/2010 |wayb=20130910223910 |jornal= |urlmorta=sim}}</ref> O PIB (PPC) ''per capita'' atual é de {{fmtn|15153}} [[Dólar dos Estados Unidos|dólares]] (2014).<ref name="fmi" /> Ativo em setores como [[mineração]], [[manufatura]], [[agricultura]] e [[serviços]], o Brasil tem uma [[força de trabalho]] de mais de 107 milhões de pessoas (6ª maior do mundo) e [[desemprego]] de 6,2% (64º no mundo).<ref name="CIA Econ">{{citar web |título=Economy of Brazil |obra=The World Factbook |publicado=Central Intelligence Agency |ano=2008 |url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html |acessodata=3/6/2008}}</ref>
 
O país vem ampliando sua presença nos mercados financeiros e de ''[[commodities]]'' internacionais e é um [[BRIC]]s.<ref>{{citar web |último =O'Neill |primeiro =Jim |autorlink =Jim O'Neill |título=BRICs |publicado=Goldman Sachs |url=http://www.goldmansachs.com/our-thinking/ |acessodata=6/6/2008}}</ref> O Brasil tem sido o maior produtor mundial de [[café]] dos últimos 150 anos<ref name=Neilson102>{{citar livro|url=http://books.google.co.uk/books?id=wokuHhx1AOUC&pg=PA1834#v=onepage&q&f=false|página=102|título=Value Chain Struggles|autor = Jeff Neilson, Bill Pritchard|publicado=John Wiley & Sons|data= 26/7/2011}}</ref> e tornou-se o quarto maior mercado de automóveis do mundo.<ref>{{citar web |último =Gasnier |primeiro =Mat|data=15 de janeiro de 2012|título=The 20 biggest car markets in the world: Russia on the up! |publicado=Best Selling Cars |url=http://bestsellingcarsblog.com/2012/1/15/the-20-biggest-car-markets-in-the-world-russia-on-the-up/ |acessodata=17/11/2014}}</ref> Entre os principais produtos de [[exportação]] estão [[aeronave]]s, equipamentos elétricos, [[automóveis]], [[etanol]], [[têxteis]], [[calçado]]s, [[minério de ferro]], [[aço]], café, [[suco de laranja]], [[soja]] e [[carne]] enlatada.<ref>{{citar jornal |título=The economy of heat |publicado=The Economist |data=12/4/2007 |url=http://www.economist.com/node/8952496?story_id=8952496 |acessodata=6/6/2008}}</ref> O país participa de diversos blocos econômicos como o [[Mercado Comum do Sul]] (Mercosul), o [[G20]] e o [[Grupo de Cairns]], e sua economia corresponde a três quintos da produção industrial da economia sul-americana. O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: [[União Europeia]], [[Mercosul]], [[América Latina]], [[Ásia]] e [[Estados Unidos]].<ref name="AIDEF_Brasil">{{Citar web|url=http://www.aidef.org/wtk/pagina/pais_membro?codSecao=pais_br|título=Brasil – Informações|publicado=Aidef – Associação Interamericana de Defensorias Públicas|wayb=20111101072318|urlmorta=sim|acessodata=7/12/2011}}</ref>
 
De acordo com a [[Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil]] (CNA) o setor do [[agronegócio]] responde por 23% do [[PIB]] brasileiro (2013).<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/agronegocio/noticias/redacao/2013/12/11/pib-agricola-bate-r-1-trilhao-e-chega-perto-de-14-do-pib-do-pais-diz-cna.htm |título=PIB agrícola bate R$ 1 trilhão e chega a 23% do PIB brasileiro, diz CNA |editor=[[Uol]] |data=11/12/2013 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O Brasil está entre os países com maior produtividade no campo, apesar das barreiras comerciais e das políticas de [[subsídio]]s adotadas pelos [[País desenvolvido|países desenvolvidos]].<ref>{{Citar web|título=Agropecuária|obra=Economia|publicado=Página oficial do Governo do Brasil|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/economia/setores-da-economia|acessodata=9/6/2008|wayb=20120114044557|urlmorta=sim}}</ref> Em relatório divulgado em 2010 pela [[Organização Mundial da Saúde|OMS]], o país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de [[Estados Unidos]] e [[União Europeia]].<ref name="exportaçãoagrícola">{{citar jornal|título=Brasil supera Canadá e se torna o terceiro maior exportador agrícola|publicado=O Estado de S. Paulo|data=7/3/2010|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100307/not_imp520620,0.php|acessodata=7/3/2010|wayb= 20110514064416|urlmorta= sim}}</ref>
 
A indústria de [[Automóvel|automóveis]], [[aço]], [[petroquímica]], [[computador]]es, [[aeronave]]s e [[Bem (economia)|bens]] de consumo duradouros contabilizam 30,8% do [[produto interno bruto]] brasileiro. A atividade industrial está concentrada geograficamente nas [[Regiões metropolitanas do Brasil|regiões metropolitanas]] de [[Região Metropolitana de São Paulo|São Paulo]], [[Região Metropolitana do Rio de Janeiro|Rio de Janeiro]], [[Região Metropolitana de Curitiba|Curitiba]], [[Região Metropolitana de Campinas|Campinas]], [[Região Metropolitana de Porto Alegre|Porto Alegre]], [[Região Metropolitana de Belo Horizonte|Belo Horizonte]], [[Região Metropolitana de Manaus|Manaus]], [[Região Metropolitana de Salvador|Salvador]], [[Região Metropolitana do Recife|Recife]] e [[Região Metropolitana de Fortaleza|Fortaleza]].<ref>{{Citation|url=http://www.fpabramo.org.br/conteudo/economia-o-novo-mapa-da-industria-brasileira|título=Economia: O novo mapa da indústria brasileira|publicado=FPabramo}}</ref> Entre as empresas mais conhecidas do Brasil estão: [[Brasil Foods]], [[Perdigão S.A.|Perdigão]], [[Sadia]] e [[JBS]] (setor alimentício); [[Embraer]] (setor aéreo); [[Havaianas]] e [[Calçados Azaleia]] (calçados); [[Petrobras]] (setor petrolífero); [[Companhia Vale do Rio Doce]] (mineração); [[Marcopolo]] e [[Busscar]] (carroceiras); [[Gerdau]] (siderúrgicas); [[Organizações Globo]] (comunicação).
 
A [[Corrupção no Brasil|corrupção]], no entanto, custa ao Brasil quase 41 bilhões de dólares por ano e 69,9% das empresas do país identificam esse problema como um dos principais entraves para conseguirem penetrar com sucesso no mercado global.<ref>{{citar web |url=http://www.latinbusinesschronicle.com/app/article.aspx?id=4550 |título=Brazil: Corruption Costs $41 Billion |publicado=Latin Business Chronicle |acessodata=22/3/2013 |wayb=20140327133150 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Percepção da Corrupção]] de 2014, criado pela [[Transparência Internacional]], o Brasil é classificado na 69ª posição entre os 175 países avaliados.<ref>{{citar web |url=http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-12-03/brasil-sobe-tres-posicoes-em-ranking-mundial-sobre-percepcao-da-corrupcao.html |título=Brasil sobe três posições em ranking mundial sobre percepção da corrupção |editor=[[Último Segundo]] |data=3/12/2014 |acessodata=7/2/2015}}</ref> O [[Paridade do poder de compra|poder de compra]] brasileiro também é corroído pelo conjunto de problemas nacionais chamado "[[custo Brasil]]". Além disso, o país apresenta uma das menores taxas de participação do [[comércio exterior]] no PIB, sendo classificado como uma das economias mais fechadas do mundo.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/02/1592933-por-que-o-brasil-cresce-tao-pouco-em-relacao-aos-outros-emergentes.shtml |título=Por que o Brasil cresce tão pouco em relação aos outros emergentes? |editor=[[Folha de S.Paulo]] |data=22/2/2015 |acessodata=23/2/2015|wayb= 20160408173331}}</ref><ref name="brcost">{{citar web |url=http://mobile.bloomberg.com/news/2011-09-27/rousseff-crisis-spurred-by-lula-debts-as-brazil-boom-diminishes |título=Rousseff Crisis Spurred by Lula Debts as Brazil Boom Diminishes- Bloomberg |publicado=Mobile.bloomberg.com |data=27/9/2011 |acessodata=7/4/2012 |wayb=20131220215334 |urlmorta=sim}}</ref> No [[Índice de Liberdade Econômica]] de 2015, por exemplo, o país foi classificado no 118º lugar entre 178 nações avaliadas.<ref>{{citar web |url=http://www.heritage.org/index/excel/2015/index2015_data.xls |título=2015 IEF (XLS) table download |publicado=Heritage Foundation |acessodata=2/2/2015}}</ref> Apesar de também ser um problema crônico, desde 2001 os níveis de [[desigualdade social]] e [[Desigualdade econômica|econômica]] vêm caindo, chegando em 2011 aos níveis de 1960, embora o país ainda esteja entre os 12 mais desiguais do planeta.<ref>{{citar web|url=http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2012/9/25/apesar-de-avanco-brasil-continua-entre-os-12-paises-mais-desiguais-segundo-ipea.jhtm|título=Apesar de avanço, Brasil continua entre os 12 países mais desiguais, segundo Ipea|editor=[[UOL]]|data=25/9/2013|acessodata=31/5/2014}}</ref>
 
=== Turismo ===
{{Artigo principal|Turismo no Brasil}}
 
{{imagem dupla|left|Fernando de Noronha 11.jpg|220|Vista do Morro Dona Marta.jpg|220|[[Baía do Sancho]], no arquipélago de [[Fernando de Noronha]], no estado de [[Pernambuco]], eleita a praia mais bonita do mundo pelo [[TripAdvisor]].<ref name="praias">{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/boa-viagem/praia-de-fernando-de-noronha-eleita-mais-bonita-do-mundo-11916584|título=Praia de Fernando de Noronha é eleita a mais bonita do mundo|editor=[[O Globo]]|data=18/3/2014|acessodata=18/5/2014}}</ref>|Vista a partir do [[Corcovado]], com destaque para a [[Enseada de Botafogo]] e o [[Pão de Açúcar]]. O [[Rio de Janeiro]] é um dos principais destinos turísticos na [[América Latina]] e em todo o Hemisfério Sul.<ref name="Forum">{{citar web|url=http://www.webcitation.org/query?url=http%3A%2F%2Foglobo.globo.com%2Frio%2Fmat%2F2010%2F01%2F28%2Frio-de-janeiro-o-principal-destino-turistico-do-hemisferio-sul-segundo-consultoria-915725513.asp&date=2012-10-10|publicado=O Globo |titulo=Rio de Janeiro é o principal destino turístico do Hemisfério Sul, segundo pesquisa|data=28/1/2010|acessodata=10/10/2012}}</ref>}}
 
O [[Turismo no Brasil|turismo]] é um setor crescente e fundamental para a economia de várias regiões do país. O país recebeu 6 milhões de turistas estrangeiros em 2013, sendo classificado, em termos de chegadas de turistas internacionais, como o principal destino da [[América do Sul]] e o segundo na [[América Latina]], depois do [[México]].<ref>{{citar web |url=http://blog.planalto.gov.br/numero-de-turistas-estrangeiros-no-brasil-subiu-acima-da-media-mundial-em-2013/ |título=Número de turistas estrangeiros no Brasil subiu acima da média mundial em 2013 |editor=Blog do Planalto |data=29/1/2014 |acessodata=29/9/2014}}</ref> As receitas de turistas internacionais atingiu 5,9 bilhões de dólares em 2010, uma recuperação da [[crise econômica de 2008-2009]].<ref name=UNWTO2011>{{Citar web|url=http://mkt.unwto.org/sites/all/files/docpdf/unwtohighlights11enhr_1.pdf|título=UNWTO Tourism Highlights – 2011 Edition|publicado=[[Organização Mundial de Turismo]]|data=junho de 2011|acessodata=22/9/2013}}</ref> Os registros históricos de 5,4 milhões de visitantes internacionais e 6,775 bilhões de dólares em receitas foram atingidos em 2011.<ref name=MT1_2011>{{Citar web|url=http://www.dadosefatos.turismo.gov.br/dadosefatos/home.html|título=Estatisticas e Indicadores: Receita Cambial|publicado=Ministério do Turismo|ano=2012|acessodata=22/9/2013}}</ref><ref name=MT2_2011>{{Citar web|url=http://www.nopatio.com.br/o-que-acontece/turismo-brasileiro-com-novo-recorde-em-2011/|título=Turismo Brasileiro com novo recorde em 2011|autor=Ministério do Turismo|publicado=No Pátio|data=13/1/2012|acessodata=22/9/2013|wayb=20130822074421|urlmorta=sim}}</ref>
 
O ''Best in Travel 2014'', uma classificação anual dos melhores destinos feita pelo guia de viagens ''[[Lonely Planet]]'', classificou o Brasil como o melhor destino turístico do mundo em 2014.<ref>{{citar web|url=http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/10/131029_lonely_planet_brasil_2014_fn.shtml|título=Brasil é o melhor país para se visitar em 2014, diz Lonely Planet|editor=[[BBC Brasil]]|data=29/10/2013|acessodata=31/10/2013}}</ref> Entre os destinos mais procurados estão a [[Floresta Amazônica]], praias e dunas na [[Região Nordeste do Brasil|região nordeste]], o [[pantanal]] no [[Região Centro-Oeste do Brasil|centro-oeste]], as [[Cataratas do Iguaçu]] no [[Paraná]], praias no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] e em [[Santa Catarina]], turismo cultural e histórico em [[Minas Gerais]] e [[Turismo de negócios|viagens de negócios]] em [[São Paulo (estado)|São Paulo]].<ref name="Palhares2012">{{citar livro|autor =Guilherme Lohmann Palhares|título=Tourism in Brazil: Environment, Management and Segments|url=http://books.google.com/books?id=O91SVF9nH8gC&pg=PA126|ano=2012|publicado=Routledge|isbn=978-0-415-67432-4|página=126|acessodata=22/9/2013}}</ref> No [[Índice de Competitividade em Viagens e Turismo]] de 2015, o Brasil ficou no 28º lugar entre os 141 países avaliados.<ref>{{citar web |título=The Travel & Tourism Competitiveness Report 2015 |publicado=World Economic Forum |url=http://www3.weforum.org/docs/TT15/WEF_Global_Travel&Tourism_Report_2015.pdf |data=Maio de 2015 |acessodata=23 de julho de 2015}}</ref>
 
A maioria dos visitantes internacionais que chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), dos [[Estados Unidos]] (11,5%) e do [[Uruguai]] (5,0%), sendo o [[Mercosul]] e os países vizinhos da [[América do Sul]] os principais emissores de turistas.<ref name="FIPE007" /> O turismo interno é um segmento de mercado fundamental para a indústria, uma vez que 51 milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005.<ref name="FIPE007">{{Citar web|url=http://www.publicacoesdeturismo.com.br/ref.php?id=5100 |autor=Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas|ano=2007|título=Caracterização e Dimensionamento do Turismo Domêstico no Brasil 2002 e 2006|publicado=Ministério do Turismo|acessodata=22/9/2013|wayb= 20171018020050}}</ref>
{{panorama|Iguazu_Décembre_2007_-_Panorama_7.jpg|900px|[[Cataratas do Iguaçu]], [[Paraná]], na [[Fronteira Argentina–Brasil]]. A passarela da [[Garganta do Diabo]] possibilita um panorama das quedas a partir do lado brasileiro.}}
 
== Infraestrutura ==
{{artigo principal|Infraestrutura do Brasil}}
 
=== Educação ===
{{Artigo principal|Educação no Brasil}}
[[Imagem:Sala_de_aula_CB_Unicamp.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Sala de aula na [[Unicamp]], instituição responsável por 15% da produção científica brasileira.<ref>{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff1703200207.htm |título=Reitoráveis querem aproximação com sociedade autor=Mariana Viveiros |data=17-3-2002 |acessodata=17-7-2016 |publicado=Folha de S. Paulo}}</ref>]]
 
A [[Constituição do Brasil|Constituição Federal]] e a [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional]] (LDB) determinam que o [[Governo Federal (Brasil)|Governo Federal]], os [[Unidades federativas do Brasil|Estados]], o [[Distrito Federal (Brasil)|Distrito Federal]] e os [[município]]s devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova [[constituição]] reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de [[imposto]]s federais e taxas municipais para a [[educação]].<ref name="Constituição" /><ref name="BGOW Edu">{{Citar web|título=Educação|obra=Sistema educacional brasileiro|publicado=Página oficial do Governo do Brasil|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/educacao/sistema-educacional-brasileiro|acessodata=11/6/2008|wayb=20120114043030|urlmorta=sim}}</ref> De acordo com dados da [[Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios]] (PNAD), feita pelo [[IBGE]] com dados de 2013, o [[Lista de países por índice de alfabetização|analfabetismo]] ainda afetava 8,3% da população (ou 13 milhões de pessoas).<ref name="Alfabetização">{{citar jornal|título=Brasil não deve cumprir meta contra o analfabetismo|publicado=[[O Estado de S. Paulo]]|url=http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,brasil-nao-deve-cumprir-meta-contra-o-analfabetismo,1124107,0.htm|data=29/1/2014|acessodata=6/5/2014}}</ref> Além disso, 17,8% dos brasileiros ainda eram classificados como [[analfabetismo funcional|analfabetos funcionais]].<ref>{{citar web|url=http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2014-09/Analfabetismo-cai-0,4-pontos-percentuais-mas-ainda-atinge-13-milh%C3%B5es|título=Analfabetismo cai no país, mas ainda atinge 13 milhões|editor=[[EBC]]|data=18/9/2014|acessodata=19/9/2014}}</ref> A qualidade geral do sistema educacional brasileiro ainda apresenta resultados fracos.<ref>{{citar web|url=http://brasil.elpais.com/brasil/2014/4/29/sociedad/1398794954_534927.html|título=A educação brasileira: um longo caminho a percorrer, mas avanços são evidentes|autor=Frederico Rosas|editor=[[El País]]|data=29/4/2014|acessodata=30/4/2014}}</ref> No [[Programa Internacional de Avaliação de Alunos]] (PISA) de 2012, elaborado pela [[OCDE]], o país foi classificado nas posições 55ª em leitura, 58ª em matemática e 59ª em ciências, entre os 65 países avaliados pela pesquisa.<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/erratas/2013/12/3/uol-educacao-no-pisa-2012-brasil-esta-em-55-no-ranking-de-leitura-58-no-de-matematica-e-59-no-de-ciencias.htm|título=UOL Educação: No Pisa 2012, Brasil está em 55º no ranking de leitura, 58º no de matemática e 59º no de ciências|editor=[[UOL]]|data=3/12/2013|acessodata=30/4/2014}}</ref>
 
O [[ensino superior]] começa com a [[graduação]] ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de [[pós-graduação]] ''[[stricto sensu]]'' ou ''[[lato sensu]]''.<ref name="BGOW Edu" /><ref name="JBIC">{{Citar web|título=Sector Study for Education in Brazil|publicado=Japan Bank for International Cooperation|ano=2005|url=http://www.jica.go.jp/activities/schemes/finance_co/approach/pdf/brazil.pdf|acessodata=10/6/2008}}</ref> Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela [[Lei de Diretrizes e Bases da Educação]], concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos [[ensino infantil|infantil]], [[ensino fundamental|fundamental]] e [[ensino médio|médio]],<ref>{{citar web|título=Sistema Educacional Brasileiro|trabalho=Dicionário Interativo da Educação Brasileira|url=http://www.educabrasil.com.br/eb/dic/dicionario.asp?id=173|acessodata=13/12/2009}}</ref> desde que o aluno não seja portador de nenhuma [[deficiência]], seja ela [[deficiência física|física]], [[deficiência mental|mental]], [[deficiência visual|visual]] ou [[deficiência auditiva|auditiva]].<ref>{{citar web|título=Discutindo|trabalho=Secretaria de Estado da Educação do Rio de Janeiro|url=http://www.educacaopublica.rj.gov.br/discutindo/discutindo.php?cod_per=7|acessodata=13/12/2009|wayb=20120112210118|urlmorta=sim}}</ref> Outro requisito é ter um bom desempenho no [[Exame Nacional do Ensino Médio]] (Enem), uma prova realizada pelo [[Ministério da Educação (Brasil)|Ministério da Educação]], utilizada para avaliar a qualidade do ensino médio e cujo resultado serve de acesso a [[universidade pública|universidades públicas]] através do [[Sistema de Seleção Unificada]] (SiSU). O Enem é o maior exame do país e o segundo maior do mundo, atrás somente do [[Gāo Kǎo|vestibular da China]].<ref>{{citar web|url=http://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/vestibular-chines-tem-2-milhoes-de-candidados-mais-do-que-enem-10540014|título= Vestibular chinês tem 2 milhões de candidatos a mais do que o Enem|editor=[[O Globo]]|data=25/10/2013|acessodata=30/4/2014}}</ref> Em 2012, cerca de 11,3% da população do país tinha nível superior.<ref>{{citar web|url=http://educacao.uol.com.br/noticias/2012/12/19/ibge-quase-metade-da-populacao-com-25-anos-ou-mais-nao-tem-o-fundamental-completo.htm|título=IBGE: Quase metade da população com 25 anos ou mais não tem o fundamental completo|editor=[[UOL]]|data=19/12/2012|acessodata=6/5/2014}}</ref> Das dez melhores universidades da [[América Latina]], oito eram brasileiras de acordo com a classificação do [[QS World University Rankings]] de 2014.<ref>{{citar web |url=http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/usp-perde-lideranca-de-ranking-academico-da-america-latina|título=USP perde liderança de ranking acadêmico da América Latina|editor=[[Revista Veja]]|data=27/5/2014|acessodata=29/5/2014}}</ref>
 
=== Saúde ===
{{Artigo principal|Saúde no Brasil}}
{{Vertambém|Sistema Único de Saúde}}
[[Imagem:Institute of Cancer of São Paulo.jpg|thumb|[[Instituto do Câncer de São Paulo Octavio Frias de Oliveira|Instituto do Câncer]] do [[Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo|Hospital das Clínicas]] da [[Universidade de São Paulo|USP]], o maior complexo hospitalar da [[América Latina]].<ref>{{citar web|url=http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/04/1440047-hc-faz-aniversario-em-meio-a-reformas-que-somam-r-350-milhoes.shtml|título=HC faz aniversário em meio a reformas que somam R$ 350 milhões|editor=[[Folha de S.Paulo]]|data=13/4/2014|acessodata=11/8/2014|wayb= 20160921213130}}</ref>]]
 
O sistema de saúde pública brasileiro, o [[Sistema Único de Saúde]] (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do [[governo]], sendo o maior sistema do tipo do mundo.<ref>{{citar web|url=http://conselho.saude.gov.br/web_sus20anos/index.html|título=20 Anos do SUS|editor=Conselho Nacional de Saúde|acessodata=13/4/2012}}</ref> Já os sistemas de saúde privada atendem um papel complementar.<ref name="BGOW Health">{{Citar web|título=Saúde|obra=Atendimento|publicado=Página oficial do Governo brasileiro|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/saude/programas-e-campanhas|acessodata=26/3/2010|wayb=20110520004236|urlmorta=sim}}</ref> Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 leitos hospitalares para cada 1000 habitantes.<ref name="CIA Intro" />
 
Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de [[mortalidade infantil]] (2,51%) e [[Taxa de mortalidade materna|materna]] (73,1 mortes por 1000 nascimentos). O número de mortes por [[Doença não transmissível|doenças não transmissíveis]], como [[doenças cardiovasculares]] (151,7 mortes por {{fmtn|100000}} habitantes) e [[câncer]] (72,7 mortes por {{fmtn|100000}} habitantes), também tem um impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência e [[suicídio]] causaram 14,9% de todas as mortes no país.<ref name="BGOW Health" /><ref>{{Citar web|título=Saúde|obra=Radar social|publicado=Ministério do Planejamento|url=http://www.planejamento.gov.br/secretarias/upload/Arquivos/spi/programas_projeto/radar_social/2006_PRP_Radar_radarSocial.pdf|acessodata=10/6/2008|wayb=20081216074831|urlmorta=sim}}</ref> O sistema de saúde brasileiro foi classificado na 125ª posição entre os 191 países avaliados pela [[Organização Mundial da Saúde]] (OMS) em 2000.<ref>{{citar web|url=http://www.who.int/entity/healthinfo/paper30.pdf |título=Measuring overall health system performance for 191 countries|editor=[[Organização Mundial da Saúde]] (OMS)|data=2000|acessodata=30/4/2014}}</ref>
 
=== Energia ===
{{Artigo principal|Política energética do Brasil|Energia renovável no Brasil|Etanol como combustível no Brasil|Programa nuclear brasileiro}}
 
[[Imagem:Oil platform P-51 (Brazil)-2.jpg|thumb|esquerda|[[Plataforma petrolífera]] P-51 da [[estatal]] brasileira [[Petrobras]]. Desde 2006 o país equilibra sua balança de [[petróleo]].<ref>{{citar jornal|título=Lula anuncia auto-suficiência do Brasil em petróleo amanhã|publicado=Folha de S.Paulo |data=20/4/2006|url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u107023.shtml|acessodata=26/5/2009}}</ref>]]
 
O Brasil é o décimo maior consumidor da [[energia]] do planeta e o terceiro maior do [[hemisfério ocidental]], atrás dos [[Estados Unidos]] e [[Canadá]].<ref name="CIA – Energia">{{Citar web|título=The World Factbook|publicado=[[Agência Central de Inteligência|CIA]]|data=2008|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/rankorder/2042rank.html|acessodata=1 de março de 2006|wayb= 20070613004307|urlmorta= sim}}</ref> A matriz energética brasileira é baseada em [[Energia renovável|fontes renováveis]], sobretudo a [[energia hidrelétrica]] e o [[etanol]], além de [[Recursos não renováveis|fontes não renováveis]] como o [[petróleo]] e o [[gás natural]].<ref>{{citar enciclopédia|título=Reflexões sobre a história da matriz energética brasileira e sua importância para a definição de novas estratégias para o gás|url=http://www.bgfconsultoria.com.br/pag/documents/Rio_Oil_Gas.htm|publicado=BGF|acessodata=9/6/2008}}</ref> Em 2015, a [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]], no [[Paraná]], era a maior [[usina hidrelétrica]] do planeta por produção de [[energia (sociedade)|energia]].<ref name="itaipu2015" />
 
Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à [[gasolina]]. Com o seu combustível à base de [[cana-de-açúcar]], a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O [[Pró-álcool]], que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos [[brasileiros]] utilizam os chamados "[[Veículo flex|veículos flex]]", que funcionam com [[etanol]] ou gasolina, permitindo que o [[consumidor]] possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol.<ref>{{citar jornal|título=Brasil alcança marca de 10 milhões de carros flex|publicado=O Estado de S. Paulo|data=4/3/2010|url=http://economia.estadao.com.br/noticias/not_7582.htm|acessodata=27/3/2010|wayb= 20100529132514|urlmorta= sim}}</ref> Os países com grande consumo de [[combustível]], como a [[Índia]] e a [[República Popular da China|China]], estão seguindo o progresso do Brasil nessa área.<ref>{{Citation|url=http://veja.abril.com.br/70307/p_064.shtml|título=China, Índia and Brazilian ethanol|jornal=Veja|publicado=Abril|data=7/3/2007|língua=inglês|local=São Paulo|wayb= 20171019102126|urlmorta= sim}}</ref> Além disso, países como o [[Japão]] e [[Suécia]] estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no [[Protocolo de Quioto]].<ref>{{Citation|url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142010000100017|título=Programas de energia alternativa nos EUA, União Europeia e Japão podem favorecer etanol brasileiro|publicado=Universia|wayb= 20140504063455}}</ref>
 
O Brasil possui a segunda maior reserva de [[petróleo]] bruto na [[América do Sul]] e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos.<ref>{{Citation|url=http://www.eia.doe.gov/cabs/Brazil/Oil.html|título=Oil reserves in Brazil|língua=inglês|publicado=Department of Energy|local=EUA|wayb=20081218022943|urlmorta=sim}}</ref> O país é um dos mais importantes do mundo na produção de [[energia hidrelétrica]]. Da sua capacidade total de geração de [[eletricidade]], que corresponde a 90 mil mega[[watt]]s (MW), a energia hídrica é responsável por {{fmtn|66000|MW}} (74%).<ref name="Hidroeletricidade">{{Citation|url=http://www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp?cod=322|título=Hydroelectric power in Brazil|língua=inglês|último =Freitas|primeiro =Newton|local=BR}}</ref> A [[energia nuclear]] representa cerca de 3% da matriz energética brasileira.<ref name=wna>{{Citar web|publicado=World Nuclear Association|url=http://www.world-nuclear.org/info/inf95.html|título=Nuclear Power in Brazil|lingua=inglês|acessodata=26/3/2010}}</ref> O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na [[Bacia de Santos]].<ref>{{citar jornal|título=Oil discovery rocks Brazil|publicado=CNN|data=9/11/2007|url =http://www.cnn.com/2007/WORLD/americas/11/8/brazil.oil.ap/index.html|acessodata=9/6/2008|wayb=20071109212704}}</ref><ref>{{citar jornal|último =Schneyer|primeiro =Joshua|língua=inglês|título=Brazil, the New Oil Superpower|publicado=Business Week|data=9/11/2007|url=http://www.businessweek.com/bwdaily/dnflash/content/nov2007/db20071115_045316.htm?chan=top+news_top+news+index_businessweek+exclusives|acessodata=9/6/2008}}</ref><ref>{{citar jornal|título=More bounty|publicado=The Economist|data=17/4/2008|url=http://www.economist.com/displaystory.cfm?story_id=11049391|acessodata=9/6/2008}}</ref>
{{panorama|Itaipu à noite.jpg|1000px|Vista panorâmica da [[Usina Hidrelétrica de Itaipu]], na [[fronteira Brasil–Paraguai]]. Em 2015, era a maior [[hidrelétrica]] do mundo em geração de energia.<ref name="itaipu2015">{{citar web|url=http://g1.globo.com/pr/oeste-sudoeste/noticia/2016/01/itaipu-reassume-lideranca-mundial-em-producao-de-energia-em-2015.html|título=Itaipu reassume liderança mundial em produção de energia em 2015|data=7/01/2016|publicado=[[G1]]|acessodata=7/01/2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.itaipu.gov.br/energia/geracao|título=Geração|editor=Itaipu Binacional|acessodata=17/5/2014}}</ref> Aproximadamente 75% da [[Política energética do Brasil|matriz energética]] brasileira, uma das mais limpas do mundo, é proveniente da [[hidroeletricidade]].<ref name="Hidroeletricidade" />}}
 
=== Transportes ===
{{Imagem múltipla
| align    = right
| direction = vertical
| width    = 220
 
| image1    = Santos_Aérea.jpg
| caption1  = Porto de Santos, o mais movimentado da América Latina.<ref name="Porto de Santos">[http://www.gfmag.com/index.php?idPage=315 Global Finance – The Growth Challenge] {{webarchive|url=https://web.archive.org/web/20070512181621/http://www.gfmag.com/index.php?idPage=315 |date=12 de maio de 2007 }}</ref>
 
| image2    = Rodovia Rio-Teresópolis (BR-116) - panoramio (cropped).jpg
| caption2  = [[BR-116]] em [[Guapimirim]], [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], a maior rodovia pavimentada do país ({{fmtn|4385|km}} de extensão).<ref>{{citar web |url=http://turismo.ig.com.br/destinos-nacionais/as-11-estradas-mais-incriveis-do-brasil/n1597216427845.html |título=As 11 estradas mais incríveis do Brasil |autor=Fernanda Castello Branco |editor=[[iG]] |acessodata=22/9/2014}}</ref>
 
| image3    = Terminal 3 de Guarulhos.jpg
| caption3  = T3 do [[Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos]], o [[Lista de aeroportos do Brasil por movimento|mais movimentado do país]].
}}
{{Artigo principal|Transportes do Brasil}}
 
Com uma rede rodoviária de cerca de 1,5 milhão de [[quilômetro]]s, sendo {{formatnum:212798}} km de rodovias [[Asfalto|pavimentadas]] (2010), as [[estrada]]s são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.<ref name="CIA The World Factbook – Transportation" /><ref>{{citar web|url=http://www.antt.gov.br/passageiro/apresentacaopas.asp|publicado=[[Agência Nacional de Transportes Terrestres]]|título=Transportes de Passageiros: Apresentação|acessodata=25/2/2010|wayb= 20110204054814|urlmorta= sim}}</ref>
 
Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de [[Washington Luís]], sendo prosseguidos nos governos de [[Getúlio Vargas|Vargas]] e [[Eurico Gaspar Dutra|Gaspar Dutra]].<ref>{{Citation|último1 =Pereira|primeiro1 =LAG|último2 =LESSA|primeiro2 =SN|último3 =CARDOSO|primeiro3 =AD|título=Planejamento e Transporte Rodoviário no Brasil}}</ref> O presidente [[Juscelino Kubitschek]] (1956–61), que concebeu e construiu a capital [[Brasília]], foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país ([[Volkswagen]], [[Ford Motor Company|Ford]] e [[General Motors]] chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias.<ref name="rodovia"/>
 
Com a implantação da [[Fiat]] em 1976 terminando um ciclo de mercado automobilístico fechado, a partir do final da década de 1990 o país vem recebendo grandes investimentos diretos estrangeiros instalando em seu território outros grandes fabricantes de automóveis e utilitários, como [[Iveco]], [[Renault]], [[Peugeot]], [[Citroën]], [[Honda]], [[Mitsubishi]], [[Mercedes-Benz]], [[BMW]], [[Hyundai]], [[Toyota]] entre outras.<ref name="rodovia">Sydney Alberto Latini; "A Implantação da Indústria Automobilística no Brasil"; Editora Alaúde 2007 ISBN 9788598497556</ref> O Brasil é o sétimo mais importante país da [[indústria automobilística]].<ref>{{citar web|url=http://oica.net/wp-content/uploads/all-vehicles.pdf|titulo=Automotive industry in Brazil and the world|língua=en|acessodata=14/5/2010|publicado=International Organization of Motor Vehicle Manufacturers}}</ref>
 
Existem cerca de quatro mil [[aeroporto]]s e [[aeródromo]]s no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque.<ref name="CIA The World Factbook – Transportation" /> O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o [[mundo]], atrás apenas dos [[Estados Unidos]].<ref name="CIA The World Factbook – Transportation">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/br.html|acessodata=18/8/2010|publicado=[[Agência Central de Inteligência]]|título=Brazil}}</ref><ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/,,MUL86760-5598,00.html|título=Ociosidade atinge 70% dos principais aeroportos|data=12/8/2007|acessodata=14/5/2010|publicado=Globo}}</ref> O [[Aeroporto Internacional de São Paulo-Guarulhos|Aeroporto Internacional de Guarulhos]], localizado na [[Região Metropolitana de São Paulo]], é o maior e mais movimentado [[aeroporto]] do [[país]]. Grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga [[São Paulo]] a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2&nbsp;464 [[Aeroporto regional|aeroportos regionais]].<ref>{{citar web | url=http://web.archive.org/web/20090314102339/http://www.infraero.gov.br/aero_uf.php? | título=INFRAERO – Aeroportos Brasileiros }}</ref>
 
O país possui uma extensa rede ferroviária de {{fmtn|28538}} km de extensão, a décima maior do mundo.<ref name="CIA The World Factbook – Transportation" /> Atualmente, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o projeto do [[Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo]], um [[Comboio de alta velocidade|trem-bala]] que pretende ligar as duas principais [[metrópole]]s do país para o transporte de passageiros;<ref name="dci">{{citar web |url= http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=9&id_noticia=350171 |título= Detalhes da intermodalidade do TAV deixam dúvidas em SP|acessodata= 12 de novembro de 2010|autor= DCI|data= 12 de novembro de 2010}}</ref> e a [[Ferrovia Norte-Sul]], projetada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional.<ref>{{Citar web|url=https://exame.abril.com.br/revista-exame/pena-que-e-so-um-pedaco/|titulo=Corrupção e má gestão marcam a história da ferrovia Norte-Sul {{!}} EXAME|acessodata=2018-02-04|obra=exame.abril.com.br}}</ref>
 
Há 37 grandes [[Porto (transporte)|portos]] no Brasil, dentre os quais o maior é o [[Porto de Santos]], o mais movimentado do país e da América Latina,<ref name="Porto de Santos"/><ref>{{citar web|url=http://www.portosdobrasil.gov.br/sistema-portuario-nacional|titulo=Sistema Portuário Nacional|acessodata=14/5/2010|publicado=Secretaria de Portos|urlmorta=sim|wayb=20101209090118}}</ref> considerado o 39ª maior do mundo por movimentação de [[Container (transporte)|contêineres]] pela publicação britânica ''Container Management''.<ref name="Folha">{{citar web |url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u325309.shtml |autor= |título=Porto de Santos é 39º maior do mundo, indica revista |publicado=[[Folha de S.Paulo]] |data=3 de setembro de 2007 |acessodata=24 de janeiro de 2012}}</ref> O país também possui {{fmtn|50000|km}} de [[hidrovia]]s, como a [[Hidrovia Tietê-Paraná]].<ref name="CIA The World Factbook – Transportation" />
 
=== Ciência e tecnologia ===
{{Artigo principal|Ciência e tecnologia do Brasil}}
[[Imagem:Vls1-mockup-test.jpg|thumb|esquerda|[[VLS-1]] no [[Centro de Lançamento de Alcântara]] da [[Agência Espacial Brasileira|AEB]], no [[Maranhão]]]]
[[Imagem:30 Anos Laboratório Sincrotron.jpg|esquerda|thumb|[[Laboratório Nacional de Luz Síncrotron]], em [[Campinas]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]], o único [[acelerador de partículas]] da [[América Latina]].<ref>{{Citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/1/13/brasil-vai-ganhar-seu-segundo-acelerador-de-particulas-de-grandes-proporcoes.jhtm|título=Brasil vai ganhar seu segundo acelerador de partículas de grandes proporções|autor=UOL|autorlink=UOL|acessodata=27/12/2010}}</ref>]]
 
A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos [[Fundação Oswaldo Cruz|Oswaldo Cruz]] e [[Instituto Butantan|Butantã]], o [[Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial]], a [[Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária]] (EMBRAPA) e o [[Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais]] (INPE). Dono de relativa sofisticação tecnológica, o país desenvolve de [[submarino]]s a aeronaves, além de estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo um Centro de Lançamento de Veículos Leves e sendo o único país do [[Hemisfério sul|Hemisfério Sul]] a integrar a equipe de construção da [[Estação Espacial Internacional]] (ISS).<ref name="NASA">{{citar web | url=http://www.nasa.gov/centers/johnson/news/releases/1996_1998/h97-233.html | título=NASA Signs International Space Station Agreement With Brazil }} [[NASA]].</ref>
 
O Brasil tem o mais avançado [[Programa espacial brasileiro|programa espacial]] da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de [[satélite artificial|satélites]].<ref>{{Citar web|url=http://www.country-data.com/cgi-bin/query/r-1826.html|título=Brazil&nbsp;— The Space Program|acessodata=24/5/2008|data=abril de 1997|obra=Country data}}</ref> Em 14 de outubro de 1997, a [[Agência Espacial Brasileira]] assinou um acordo com a [[NASA]] para fornecer peças para a [[Estação Espacial Internacional|ISS]]. No entanto, depois de quase dez anos sem conseguir cumprir o contrato de fornecimento, foi excluído do programa em maio de 2007.<ref>{{Citar web|url=http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,MUL43223-5603,00.html|título= Brasil está fora do projeto da estação espacial|publicado= Portal G1|data= 28/5/2007|acessodata= 20/10/2017|wayb= 20080505104742}}</ref> Este acordo, contudo, possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro [[astronauta]]. Em 30 de março de 2006 o Cel. [[Marcos Pontes]] a bordo do veículo [[Soyuz]] se transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta.<ref>{{Citar web|url=https://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/03/29/ult1806u3659.jhtm|título=Do cosmonauta ao taikonauta, dezenas de nacionalidades no espaço|acessodata=18/11/2008|publicado=Terra|wayb= 20171019104534}}</ref>
 
O país também é pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas. O [[urânio]] enriquecido na [[Fábrica de Combustível Nuclear de Resende|Fábrica de Combustível Nuclear]] (FCN), de [[Resende (Rio de Janeiro)|Resende]], no estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], atende à demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro [[submarino nuclear]] do país.<ref>{{citar jornal|título=Brazil to revive nuclear project|url=http://news.bbc.co.uk/2/hi/americas/6290234.stm|obra=[[BBC News]]|publicado=[[BBC]]|data=11/7/2007|acessodata=24/5/2008}}</ref> O Brasil também é um dos três países da [[América Latina]]<ref>{{Citation|url=http://www-elsa.physik.uni-bonn.de/accelerator_list.html|publicado=Rheinische Friedrich-Wilhelms-Universität|título=Accelerator list|local=Bonn, DE}}</ref> com um laboratório [[Síncrotron]] em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das [[ciências dos materiais]] e da biologia.<ref>{{Citation|url=http://www.lnls.br/lnls/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?sid=60|publicado=LNLS Laboratório Nacional de Luz Síncrotron|título=O que é o LNLS|wayb=20100121162147|urlmorta=sim}}</ref> Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do [[Fórum Econômico Mundial]], o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de [[tecnologia da informação]].<ref>{{Citation|url=http://www1.folha.uol.com.br/fsp/dinheiro/fi2603201010.htm|título=Brasil cai duas posições em ranking mundial|jornal=[[Folha de S.Paulo]]|data=26/3/2010|acessodata=26/3/2010}}</ref>
 
O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os padres [[Bartolomeu de Gusmão]],<ref name="Inventores" /> [[Roberto Landell de Moura]]<ref name="Inventores" /> e [[Francisco João de Azevedo]],<ref name="Inventores">{{citar web|url=http://www.almanaquebrasil.com.br/especiais/inventores-do-brasil-para-o-mundo/|autor=Almanaque Brasil|título=Inventores do Brasil para o mundo|acessodata=27/12/2010|wayb=20110706151318|urlmorta=sim}}</ref> além de [[Alberto Santos Dumont]],<ref>{{Citar web|url=http://query.nytimes.com/mem/archive-free/pdf?_r=1&res=9B00E3DF1430E033A25753C2A9669D946097D6CF |título=M. Santos Dumont Rounds Eiffel Tower." New York Times, 20 de outubro de 1901|acessodata=29/12/2010}}</ref> [[Evaristo Conrado Engelberg]],<ref name="patentbritish">{{citar web|url=http://vintagemachinery.org/mfgindex/detail.aspx?id=294 |título=Engelberg, Inc|acessodata=17/7/2011|publicado=Vintage Machinery|ano=2011}}</ref> [[Manuel Dias de Abreu]],<ref>Abreu, Manuel de, pag. 17 – Grande Enciclopédia Universal – edição de 1980 – Ed.Amazonas</ref> [[Andreas Pavel]]<ref>{{citar web | url=http://web.archive.org/web/20090309065937/http://www.iht.com/articles/2005/12/16/news/profile.php? | título=Portable stereo's creator got his due, eventually }}</ref> e [[Nélio José Nicolai]].<ref>[https://web.archive.org/web/20140813115503/http://www.cefetmg.br/noticias/2010/11/noticia0014.html Exposição destaca centenário do CEFET-MG]. Acessado em 13 de novembro de 2010</ref> A ciência brasileira é representada por nomes como [[César Lattes]] ([[físico]] brasileiro codescobridor do ''[[méson pi]]''),<ref name="Lattes">{{citar web|url=http://www.cbpf.br/meson/meson.html|autor=[[Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação|Ministério da Ciência e Tecnologia]]|título=50 anos do Méson-Pi|acessodata=29/12/2010|wayb=20110526200502|urlmorta=sim}}</ref> [[Mário Schenberg]] (considerado o maior físico teórico do Brasil),<ref>{{citar web|url=http://cbpfindex.cbpf.br/publication_pdfs/dh00186.2011_08_16_15_20_32.pdf|título=Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas – Coleção Galileo: Textos de Física|acessodata=21/10/2014|data=|wayb=20130331194248|urlmorta=sim}}</ref> [[José Leite Lopes]] (único físico brasileiro detentor do ''UNESCO Science Prize''),<ref>{{citar web|url=http://www.unesco.org/bpi/science/content/news/upress/99-147e.htm|título=Atta-Ur-Rahman, José Leite Lopes and Juan Martín Maldacena receive UNESCO science prizes|data=|publicado=UNESCOPRESS|acessodata=21/10/2014}}</ref> [[Artur Ávila]] (o primeiro latino-americano ganhador da [[Medalha Fields]])<ref>{{citar web|url= http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/08/1499290-brasileiro-ganha-a-medalha-fields-considerada-o-nobel-da-matematica.shtml|título= Brasileiro ganha a Medalha Fields, considerada o "Nobel da Matemática"|wayb= 20171010182811}}</ref> e [[Fritz Müller]] (pioneiro no apoio factual à teoria da evolução apresentada por [[Charles Darwin]]).<ref name="West, David A 2003">West, David A. 2003. Fritz Müller: a naturalist in Brazil. Blacksburg: Pocahontas Press</ref>
 
=== Mídia e comunicações ===
{{Imagem múltipla
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| image1    = Jornal Nacional 3.jpg
| caption1  = [[Dilma Rousseff]] no programa ''[[Jornal Nacional]]'', da [[Rede Globo]], a segunda maior [[rede de televisão]] comercial do planeta.<ref name="O Fuxico">{{citar web |título=Rede Globo se torna a 2ª maior emissora do mundo|url=http://ofuxico.terra.com.br/noticias-sobre-famosos/rede-globo-se-torna-a-2-maior-emissora-do-mundo/2012/5/11-139187.html|acessodata=22/11/2012}}</ref>
 
| image2    = BIRMANN 21 (cropped).jpg
| caption2  = [[Birmann 21]], a sede do [[Grupo Abril]], em [[São Paulo]].
}}
 
{{Artigo principal|Comunicações do Brasil|Televisão no Brasil|Imprensa no Brasil|História da Internet no Brasil}}
{{Artigo principal|Lista de rádios do Brasil|Lista de emissoras de televisão do Brasil|Lista de jornais do Brasil}}
 
A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a [[Transferência da corte portuguesa para o Brasil|chegada da família real portuguesa]] ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de [[jornal|jornais]] ou [[livro]]s.<ref>{{Citar web|título=200 anos da Imprensa no Brasil, 50 anos do Jornal Pequeno|publicado=Rede Alfredo de Carvalho|url=http://www.redealcar.jornalismo.ufsc.br/wilsonaraujo.htm|acessodata=2/12/2008|wayb= 20090413182938|urlmorta= sim}}</ref> A imprensa brasileira nasceu oficialmente no [[Rio de Janeiro]] em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje [[Imprensa Nacional]], pelo [[príncipe-regente]] [[João VI de Portugal|Dom João]].<ref>{{Citation|url=http://portal.in.gov.br/in/imprensa1/a-imprensa-nacional/|título=A Imprensa Nacional|publicado=Imprensa Nacional|local=BR|wayb=20120515075448|acessodata=22/10/2014|urlmorta=sim}}</ref> A ''[[Gazeta do Rio de Janeiro]]'', o primeiro jornal publicado em território nacional,<ref>{{Citation| url=http://www.novomilenio.inf.br/idioma/200009u.htm|contribuição=Primeira página da primeira edição da Gazeta do Rio de Janeiro|título=Novo milênio|local=BR}}</ref> começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a ''[[Folha de S.Paulo]]'', ''[[O Globo]]'' e o ''[[Estado de S. Paulo]]'', e publicações das editoras [[Editora Abril|Abril]] e [[Editora Globo|Globo]].<ref>{{Citation|url=http://www.anj.org.br/a-industria-jornalistica/jornais-no-brasil/maiores-jornais-do-brasil|contribuição=Maiores jornais do Brasil|publicado=Associação Nacional de Jornais|título=A indústria jornalística}}</ref>
 
A [[radiodifusão]] surgiu em 7 de setembro de 1922,<ref>{{Citar web|título=História do Rádio no Brasil|url=http://www.abert.org.br/web/index.php/quemsomos/historia-do-radio-no-brasil|acessodata=2/12/2008|wayb=20141220081936}}</ref> sendo a primeira transmissão um discurso do então [[Presidente do Brasil|presidente]] [[Epitácio Pessoa]], porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro".<ref>{{Citation|url=http://www.grupoescolar.com/materia/historia_do_radio_no_brasil.html|contribuição=História do Rádio no Brasil|título=Grupo escolar}}</ref>
 
A [[televisão no Brasil]] começou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950,<ref>{{Citar web|título=História da televisão brasileira|publicado=Microfone|url=http://www.microfone.jor.br/historiadaTV.htm|acessodata=2/12/2008|wayb=20080101212056|urlmorta=sim|wayb=20111222000439}}</ref> trazida por [[Assis Chateaubriand]] que fundou o primeiro [[canal de televisão]] no país, a [[Rede Tupi|TV Tupi]]. Desde então a televisão cresceu no país, criando grandes redes como a [[Rede Globo|Globo]], [[Rede Record|Record]], [[SBT]], [[RedeTV!|RedeTV]] e [[Rede Bandeirantes|Bandeirantes]]. Hoje, a televisão representa um fator importante na [[cultura popular]] moderna da sociedade brasileira. A [[televisão digital no Brasil]] teve início em 2007, inicialmente na [[São Paulo|cidade de São Paulo]], pelo padrão japonês.<ref>{{Citar web|url=http://www.dtv.org.br/materias.asp?menuid=3&id=5|título=TV digital brasileira|wayb= 20090310062559|urlmorta= sim}}</ref>
 
A [[História da Internet no Brasil|Internet veio ao Brasil]] em 1988 por decisão inicial da sociedade de estudantes e professores universitários paulistanos ([[Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo]], liderada por [[Oscar Sala]]) e cariocas ([[Universidade Federal do Rio de Janeiro]] e [[Laboratório Nacional de Computação Científica]]), mas, somente a partir de 1996, a Internet brasileira passou a ter seus ''[[backbone]]s'' próprios inaugurados por provedores comerciais, iniciando assim o desenvolvimento dessa rede de telecomunicações.<ref>{{citar web|url=http://brasilescola.uol.com.br/informatica/internet-no-brasil.htm|titulo=Internet no Brasil|data=2017|acessodata=7 de novembro de 2017|ultimo=Brasil Escola}}</ref>
 
== Cultura ==
{{Artigo principal|Cultura do Brasil}}
[[Imagem:Salvador-SFranciscoChurch2.jpg|thumb|esquerda|Interior da [[Igreja e Convento de São Francisco (Salvador)|Igreja de São Francisco]] em [[Salvador (Bahia)|Salvador]], na [[Bahia]], uma das mais ricas expressões do [[barroco brasileiro]].]]
 
O núcleo de [[Cultura do Brasil|cultura]] é derivado da [[Cultura de Portugal|cultura portuguesa]], por causa de seus fortes laços com o [[Império Português|império colonial português]]. Entre outras influências portuguesas encontram-se o [[Língua portuguesa|idioma português]], o [[catolicismo romano]] e [[Estilo manuelino|estilos arquitetônicos coloniais]].<ref>{{Citar web|título=Períodos históricos|obra=História|publicado=Página oficial do Governo brasileiro|url=http://www.brasil.gov.br/sobre/historia/figuras-historicas/colonia-1|acessodata=8/6/2008|wayb=20110520005557|urlmorta=sim}}</ref> A cultura, contudo, foi também fortemente influenciada por tradições e culturas [[África|africanas]], indígenas e [[Europa|europeias]] não-portuguesas.<ref name="Encarta">{{citar enciclopédia|título=People and Society|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_3/Brazil.html|acessodata=10/6/2008|wayb= 20070125171805|urlmorta= sim}}</ref>
 
Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes europeus que chegaram em grande número nas regiões [[Região Sul do Brasil|Sul]] e [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] do Brasil.<ref name="Encarta 2">{{citar enciclopédia|título=Population|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_3/Brazil.html|acessodata=10/6/2008|arquivourl=http://www.webcitation.org/5kwQIvYDr|arquivodata=31/10/2009}}</ref> Os [[ameríndio]]s influenciaram a língua e a [[Culinária do Brasil|culinária do país]] e os africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a [[dança]] e a religião.<ref>{{citar jornal|último =Freyre|primeiro =Gilberto|título=The Afro-Brazilian experiment: African influence on Brazilian culture|publicado=UNESCO|ano=1986|url=http://findarticles.com/p/articles/mi_m1310/is_1986_May-June/ai_4375022|acessodata=8/6/2008|língua=inglês}}</ref>
 
A [[Artes do Brasil|arte brasileira]] tem sido desenvolvida, desde o século XVI, em diferentes estilos que variam do [[Barroco no Brasil|barroco]] (o estilo dominante no Brasil até o início do século XIX){{HarvRef|Karnal|1998}}<ref name="itaucultural.org.br">{{Citation|url=http://www.itaucultural.org.br/aplicExternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=termos_texto&cd_verbete=63|contribuição=Barroco Brasileiro|título=Enciclopédia|publicado=Itaú Cultural}}</ref> para o [[Academismo no Brasil|romantismo]], [[Modernismo no Brasil|modernismo]], [[expressionismo]], [[cubismo]], [[surrealismo]] e [[Arte abstrata|abstracionismo]]. O [[Cinema do Brasil|cinema brasileiro]] remonta ao nascimento da [[média|mídia]] no final do século XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos últimos anos.<ref>{{citar enciclopédia|título=Theater and Film|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_5/Brazil.html|acessodata=8/6/2008|wayb= 20080212004346|urlmorta= sim}}</ref>
 
=== Música ===
{{Artigo principal|Música do Brasil|Música popular brasileira}}
{{imagem dupla|right|Heitor Vila-Lobos (c. 1922)part.jpg|130|Tom Jobim e Chico Buarque no Festival Internacional da Canção (FIC).tif|200|[[Heitor Villa-Lobos]] em 1922, o mais conhecido compositor sul-americano da história.{{sfn|Wright|1992|loc=4}}|[[Tom Jobim]], um dos criadores da [[bossa nova]], e [[Chico Buarque]], um dos principais nomes da [[Música popular brasileira|MPB]], no [[Festival Internacional da Canção]] de 1968.}}
 
A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de elementos [[Europa|europeus]] e [[África|africanos]], trazidos respectivamente por colonizadores [[Portugal|portugueses]] e escravos. Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, clássica e popular, introduzindo a maioria do [[instrumento musical|instrumental]], o sistema [[harmonia (música)|harmônico]], a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente europeia.<ref name="MPB" />
 
Na [[música clássica]], contudo, aquela diversidade de elementos se apresentou até tardiamente numa feição bastante indiferenciada, acompanhando de perto – dentro das possibilidades técnicas locais, bastante modestas se comparadas com os grandes centros europeus ou como os do [[México]] e do [[Peru]] – o que acontecia na Europa e em grau menor na [[América]] espanhola em cada período, e um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só se tornaria nítido após a grande síntese realizada por [[Villa Lobos]], já em meados do século XX. O primeiro grande compositor brasileiro foi [[José Maurício Nunes Garcia]], autor de peças sacras com notável influência do classicismo [[Viena|vienense]].<ref name="MPB" />
 
A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade [[ritmo|rítmica]] e algumas [[dança]]s e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do [[folclore]], sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.<ref name="MPB">{{citar web|url=http://almanaque.folha.uol.com.br/musicapopulardobrasil.htm|título=Música Popular do Brasil|autor=Renato Roschel|editor=[[Folha de S.Paulo]]|acessodata=29/10/2012}}</ref> Com grande participação negra, a música popular desde fins do século XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade caracteristicamente brasileira.<ref name="MPB" />
 
A [[Música do Brasil|música brasileira]] engloba vários estilos regionais influenciados por formas africanas, europeias e ameríndias. Ela se desenvolveu em estilos e gêneros musicais diferentes, tais como [[música popular brasileira]], [[música nativista]], [[música sertaneja]], [[vanerão]], [[samba]], [[choro]], [[Axé (gênero musical)|axé]], [[brega]], [[forró]], [[frevo]], [[Baião (música)|baião]], [[lambada]], [[maracatu (ritmo)|maracatu]], [[tropicalismo]], [[bossa nova]] e [[Rock no Brasil|rock brasileiro]], entre outros.<ref name="MPB" />
{{panorama|Panorama do sambódromo da Marquês de Sapucaí.jpg|800px|[[Carnaval do Rio de Janeiro]], no [[Sambódromo da Marquês de Sapucaí]].}}
 
=== Literatura ===
{{Artigo principal|Literatura do Brasil}}
{{imagem dupla|left|Machado de Assis aos 57 anos.jpg|140|Carlos_Drummond_de_Andrade,_1970.tif|158|[[Machado de Assis]], fundador da [[Academia Brasileira de Letras]].|[[Carlos Drummond de Andrade]], considerador o maior [[poeta]] brasileiro.<ref>{{citar jornal|autor =Garner,Dwight|título= Review:Multitudinous Heart:Newly translated poetry by Carlos Drummond de Andrade|url=https://www.nytimes.com/2015/07/03/books/review-multitudinous-heart-newly-translated-poetry-by-carlos-drummond-de-andrade.html?_r=0|data=3/7/2015|jornal=The New York Times|acessodata=20/1/2016}}</ref>}}
 
A [[Literatura do Brasil|literatura brasileira]] surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos [[jesuítas]] durante o século XVI.<ref name="Litera">{{Citation|url=http://www.algosobre.com.br/literatura/origens-da-literatura-no-brasil.html|título=Algo Sobre|contribuição=Origens da Literatura no Brasil|local=Brasil}}</ref> No séculos posteriores, o [[barroco]] desenvolveu-se no nordeste do país nos séculos XVI e XVII e o [[arcadismo]] se expandiu no século XVIII na região das [[Minas Gerais]].<ref name="Litera"/>
 
No século XIX, o [[Romantismo no Brasil|romantismo brasileiro]] afetou a literatura nacional, tendo como seu maior nome [[José de Alencar]].<ref>{{Citar web
  | título      = José de Alencar e o Romantismo
  | publicado  = Vestibular1
  | url        = http://www.vestibular1.com.br/revisao/jose_alencar_romantismo.doc
  | acessodata = 2/12/2008 }}</ref> Após esse período, o [[Realismo no Brasil|realismo brasileiro]] expandiu-se pelo país, principalmente pelas obras de [[Machado de Assis]], poeta e romancista, cujo trabalho se estende por quase todos os [[gêneros literários]] e que é amplamente considerado como o maior escritor brasileiro.<ref>[[Antonio Candido de Mello e Souza|Cândido, Antônio.]] (1970) ''Vários escritos.'' São Paulo: Duas Cidades. p. 18</ref>
 
Bastante ligada, de princípio, à [[Literatura de Portugal|literatura metropolitana]], ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos [[Romantismo no Brasil|romântico]] e realista. Atingiu o ápice com a [[Semana de Arte Moderna]] em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do [[Modernismo no Brasil|Modernismo]] e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como [[Manuel Bandeira]], [[Carlos Drummond de Andrade]], [[João Guimarães Rosa]], [[Clarice Lispector]] e [[Cecília Meireles]].<ref>{{citar web|url=http://www2.docentes.uneb.br/lucianolima/artigos/KEW_GARDEN2.doc|publicado=UNEB|titulo=Misticismo e Ateísmo em 'Amor', de Clarice Lispector|autor=Luciano Rodrigues Lima|acessodata=3/12/2008|wayb= 20120118154154|urlmorta= sim}}</ref>
 
=== Culinária ===
{{Artigo principal|Culinária do Brasil}}
[[Imagem:Feijoada 01.jpg|thumb|A [[Feijoada à brasileira|feijoada]] é considerada um dos pratos nacionais.<ref>{{citar web|url= http://www.braziltravelguide.com/feijoada-the-brazilian-national-dish.html|título= Feijoada: The Brazilian national dish|publicado= braziltravelguide.com|wayb= 20091129154026|urlmorta= sim|acessodata= 9/12/2011}}</ref>]]
 
A [[Culinária do Brasil|cozinha brasileira]] varia muito de acordo com a [[região]], refletindo a combinação de populações nativas e de imigrantes pelo país. Isto criou uma cozinha nacional marcada pela preservação das diferenças regionais.<ref name="Encarta 4">{{citar enciclopédia|título=Way of Life|enciclopédia=Encarta|publicado=MSN|url=http://encarta.msn.com/encyclopedia_761554342_4/Brazil.html |acessodata=8/6/2008|wayb= 20080306153354|urlmorta= sim}}</ref> Os exemplos são a [[feijoada à brasileira]], considerada o prato nacional do país;<ref>{{citar web|url= http://www.braziltravelguide.com/feijoada-the-brazilian-national-dish.html|título= Feijoada: The Brazilian national dish|publicado= braziltravelguide.com|wayb= 20091129154026|urlmorta= sim|acessodata= 9/12/2011}}</ref><ref>{{citar web | url=http://www.brazilmax.com/news.cfm/tborigem/fe_fooddrink/id/11 | título="Brazil National Dish: Feijoada Recipe and Restaurants" | acessodata=9/12/2011 | wayb=20101120102548| urlmorta=sim}} Acesso em 8/11/2009</ref> e os alimentos regionais, como [[beiju]], [[feijão tropeiro]], [[vatapá]], [[moqueca]], [[polenta]], [[pão de queijo]] e [[acarajé]].
 
Ingredientes utilizados pela primeira vez pelos [[povos indígenas no Brasil]] incluem a [[mandioca]], [[guaraná]], [[açaí]], [[cumaru]] e [[tacacá]]. A partir daí, muitas [[Imigração no Brasil|ondas de imigrantes]] trouxeram alguns de seus pratos típicos, substituindo ingredientes em falta com equivalentes locais. Por exemplo, os imigrantes europeus (principalmente de [[Portugal]], [[Itália]], [[Espanha]], [[Alemanha]], [[Polônia]] e [[Suíça]]) estavam acostumados a uma dieta à base de [[trigo]] e introduziram [[vinho]], [[hortaliça]]s e produtos lácteos na culinária local. Quando as [[batata]]s não estavam disponíveis, eles descobriram como usar a [[macaxeira]] nativa como um substituto.<ref>{{citar livro |último =Burns |primeiro =E. Bradford |título=A History of Brazil |publicado=Columbia University Press |local=New York |ano=1993 |página=38 |isbn=0-231-07955-9 }}</ref>
 
Os [[Escravidão no Brasil|escravos africanos]] também tiveram um papel no desenvolvimento de culinária brasileira, especialmente nos estados costeiros. A influência estrangeira estendeu-se por ondas migratórias posteriores: os imigrantes japoneses trouxeram a maior parte dos alimentos que os brasileiros se associam com cozinha asiática.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/Sites/Especiais/Noticias/,,MUL585682-9980,00-IMIGRANTES+JAPONESES+AJUDARAM+A+REVOLUCIONAR+AGRICULTURA+BRASILEIRA.html|título=Imigrantes japoneses ajudaram a revolucionar a agricultura brasileira}} [[G1]]. Acessado em 19/9/2014.</ref> O Brasil também tem uma grande variedade de [[Doçaria|doces]], como o [[Brigadeiro (doce)|brigadeiro]], o [[beijinho (culinária)|beijinho]] e o [[bolo de rolo]]. A bebida nacional é o [[café]], e a [[cachaça]] é uma [[bebida destilada]] nativa do Brasil. A cachaça é destilada a partir de [[cana-de-açúcar]] e é o ingrediente principal do coquetel nacional, a [[caipirinha]].<ref>{{citar web|url=http://legis.senado.gov.br/legislacao/ListaPublicacoes.action?id=237488|publicado=Senado.gov|titulo=DECRETO Nº 4.851, DE 2 DE OUTUBRO DE 2003|acessodata=4/12/2009}}</ref>
 
=== Esportes ===
{{Artigo principal|Esporte no Brasil}}
{{imagem dupla|left|Brasil conquista primeiro ouro olímpico nos penaltis 1039259-20082016- mg 4209.jpg|220|Ayrton Senna 8.jpg|220|Jogadores com o primeiro [[Medalha olímpica|ouro olímpico]] da [[Seleção Brasileira de Futebol|Seleção Brasileira]], conquistado nas [[Futebol nos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 - Masculino|Olimpíadas de 2016]]. O [[futebol]] é o [[esporte]] mais popular do país.<ref name="Encarta" />|[[Ayrton Senna]], três vezes [[Lista de campeões da Fórmula 1|campeão mundial]] da [[Fórmula 1]] ([[Temporada de Fórmula 1 de 1988|1988]], [[Temporada de Fórmula 1 de 1990|1990]] e [[Temporada de Fórmula 1 de 1991|1991]]) e um dos maiores nomes da história do [[automobilismo]].}}
 
O [[futebol]] é o [[esporte]] mais popular no Brasil.<ref name="Encarta" /> A [[Seleção Brasileira de Futebol]] foi a única no mundo a participar de todas as edições da [[Copa do Mundo FIFA]], sendo vitoriosa cinco vezes: [[Copa do Mundo FIFA de 1958|1958]], [[Copa do Mundo FIFA de 1962|1962]], [[Copa do Mundo FIFA de 1970|1970]], [[Copa do Mundo FIFA de 1994|1994]] e [[Copa do Mundo FIFA de 2002|2002]].<ref>{{Citar web|título=Football in Brazil|obra=Goal Programme|publicado=International Federation of Association Football|data=15/4/2008|url=http://www.fifa.com/associations/association=bra/goalprogramme/index.html|acessodata=6/6/2008}}</ref>
 
[[Voleibol]], [[futsal]], [[basquetebol]], [[skate]], [[automobilismo]] e as [[artes marciais]] também têm grande popularidade no país. Embora não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes citados anteriormente, [[tênis]], [[handebol]], [[natação]] e [[ginástica]] têm encontrado muitos seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas. No [[automobilismo]], [[Piloto (automobilismo)|pilotos]] brasileiros ganharam o campeonato mundial de [[Fórmula 1]] oito vezes: [[Emerson Fittipaldi]], em [[Temporada de Fórmula 1 de 1972|1972]] e [[Temporada de Fórmula 1 de 1974|1974]];<ref>{{Citar web|último=Donaldson|primeiro=Gerald|título= Emerson Fittipaldi|obra = Hall of Fame|publicado=The Official Formula 1 Website|url = http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/282/ |acessodata= 6/6/2008}}</ref> [[Nelson Piquet]], em [[Temporada de Fórmula 1 de 1981|1981]], [[Temporada de Fórmula 1 de 1983|1983]] e [[Temporada de Fórmula 1 de 1987|1987]];<ref>{{Citar web |último=Donaldson|primeiro=Gerald|título=Nelson Piquet|obra=Hall of Fame|publicado=The Official Formula 1 Website |url= http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/181/| acessodata= 6/6/2008}}</ref> e [[Ayrton Senna]], em [[Temporada de Fórmula 1 de 1988|1988]], [[Temporada de Fórmula 1 de 1990|1990]] e [[Temporada de Fórmula 1 de 1991|1991]].<ref>{{Citar web|último=Donaldson|primeiro=Gerald|título = Ayrton Senna|obra=Hall of Fame|publicado=The Official Formula 1 Website|url= http://www.formula1.com/teams_and_drivers/hall_of_fame/45/ |acessodata=6/6/2008}}</ref> O circuito localizado em [[São Paulo]], [[Autódromo de Interlagos|Autódromo José Carlos Pace]], organiza anualmente o [[Grande Prêmio do Brasil]] de Fórmula 1.<ref>{{Citar web| título= Formula 1 Grande Prêmio do Brasil 2008 |publicado=The Official Formula 1 Website|url= http://www.formula1.com/races/in_detail/brazil_804/circuit_diagram.html |acessodata=6/6/2008}}</ref>
[[Imagem:Terminam os Jogos Olímpicos Rio 2016 (29040726262).jpg|thumb|[[Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016|Cerimônia de encerramento]] dos [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]] no [[Estádio do Maracanã]], [[Rio de Janeiro]].]]
 
Algumas variações de esportes têm suas origens no Brasil. [[Futebol de praia]],<ref>{{Citar web|título=Beach Soccer|publicado=International Federation of Association Football|url=http://www.fifa.com/aboutfifa/developing/beachsoccer/index.html|acessodata=6/6/2008}}</ref> [[futsal]] (versão oficial do futebol indoor),<ref>{{Citar web|título=Futsal|publicado=International Federation of Association Football|url=http://www.fifa.com/aboutfifa/developing/futsal/index.html|acessodata=6/6/2008}}</ref> [[futetênis]],<ref>{{citar web | url=http://www.jornaloimparcial.com.br/?p=3085 | título=Dia do Desafio traz inventor de fute-tênis }} ''Jornal O Imparcial'', acessado em 17 de junho de 2010</ref><ref>{{citar web | url=http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u46958.shtml | título=Santos terá torneio de fute-tênis no fim de semana }} ''Folha Online'', acessado em 17 de junho de 2010</ref> [[futebol de saco]]<ref>{{citar web|url=http://www.futsac.com/futsac/historia |título=História |editor=Confederação Brasileira de Futebol de Saco|acessodata=21/9/2013}}</ref> e [[futevôlei]] emergiram de variações do futebol. Outros esportes também criados no país são a [[peteca]],<ref>{{citar web|url=http://www.fempe.com.br/|editor=Federação Mineira de Peteca|título=Histórico da Peteca|acessodata=21/9/2013}}</ref> o [[acquaride]],<ref>{{citar web|url=http://www.cidadeaventura.com.br/esportes.php?esporte=acquaride|publicado=Cidade Aventura|título=Acqua Ride|acessodata=21/9/2013|wayb= 20090209013925|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.livresportes.com.br/reportagem.php?id=1141|publicado=LivrEsportes|título=Acqua Ride: Passeio aquático radical|acessodata=21/9/2013}}</ref> o [[frescobol]],<ref name="brasilescola">{{Citar web|url=http://www.brasilescola.com/educacaofisica/frescobol.htm|editor=Brasil Escola|título=Educação física|acessodata=27/5/2012}}</ref> o [[sandboard]]<ref>{{Citar web|título=Sandboard, um esporte criado no Brasil|editor=UOL|url=http://oradical.uol.com.br/sandboard/sandboard_um_esporte_criado_brasil/|acessodata=21/9/2013}}</ref> e o [[biribol]].<ref>{{Citar web|título=História do Biribol|url=http://www.educarede.org.br/educa/index.cfm?pg=galeria_de_arte.detalhe_texto&id_galeria=32&id_arte=1635&id_comunidade=1|último=Montoro|primeiro=Patricia|data=14/6/2005|publicado=EducaRede|acessodata=15/8/2008}}</ref> Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido a [[capoeira (artes marciais)|capoeira]],<ref>{{Citar web|título=The art of capoeira|publicado=BBC|data= 20/9/2006|lingua=inglês|url=http://www.bbc.co.uk/northyorkshire/content/articles/2005/09/13/capoeira_feature.shtml|acessodata=6/6/2008|wayb= 20171018102002}}</ref> [[vale-tudo]],<ref>{{Citar web|título=Brazilian Vale Tudo|publicado=I.V.C|url=http://valetudo.com.br/|acessodata=6/6/2008|wayb=19980530081959|urlmorta=sim}}</ref> e o [[jiu-jitsu brasileiro]],<ref>{{Citar web|título=Brazilian Jiu-Jitsu Official Website|publicado=International Brazilian Jiu-Jitsu Federation|url=http://www.ibjjf.org/|acessodata=6/6/2008}}</ref> entre outras [[artes marciais brasileiras]].
 
O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: sediou as [[Copa do Mundo FIFA|Copas do Mundo]] de [[Copa do Mundo FIFA de 1950|1950]], na qual foi o vice-campeão,<ref>{{Citar web |título=1950 FIFA World Cup Brazil |obra=Previous FIFA World Cups |publicado=International Federation of Association Football |url=http://www.fifa.com/worldcup/archive/edition=7/ |acessodata=6/6/2008 |wayb=20131218142115 |urlmorta=no }}</ref> e [[Copa do Mundo FIFA de 2014|2014]], quando ficou em quarto lugar.<ref>{{Citar web|título=2014 FIFA World Cup Brazil|publicado = International Federation of Association Football | url = http://www.fifa.com/worldcup/brazil2014/| acessodata =6/6/2008|wayb= 20100210024556|urlmorta= sim}}</ref><ref>{{citar web|url= http://www.arquivodosmundiais.com/copa/2014/clas2014.htm | título = Copa do Mundo 2014 – Brasil|data=2014|acessodata=14/6/2014}}</ref> Em 1963, São Paulo foi sede dos [[Jogos Pan-Americanos de 1963|Jogos Pan-Americanos]] e [[Porto Alegre]] da [[Universíada de Verão de 1963|Universíada de Verão]]. A cidade do [[Rio de Janeiro]] sediou os [[Jogos Pan-Americanos de 2007]]<ref>{{citar web|url= http://www.fisu.net/en/Summer-Universiades-3490.html|titulo=Summer Universiade | acessodata =11/11/2013|publicado=FISU|língua= en}}</ref> e também os [[Jogos Olímpicos de Verão de 2016]], que contou com a participação de 207 delegações e mais de doze mil atletas.<ref>{{citar web|url= http://www.olympic.org/en/content/Olympic-Games/All-Future-Olympic-Games/Summer/Rio-de-Janeiro-2016/ |titulo=Rio de Janeiro 2016 Summer Olympics|acessodata=16/7/2010|publicado = Comitê Olímpico Internacional|língua=en}}</ref> [[Brasília]], originalmente escolhida para sediar a [[Universíada de Verão de 2019]], declinou da escolha, em 21 de janeiro de 2015, alegando que a cidade não teria condições financeiras de sediar o evento. A FISU reabriu o processo de candidatura para uma nova sede para os Jogos.<ref>{{citar web|url=http://espn.uol.com.br/noticia/476792_governo-insiste-mas-distrito-federal-desiste-de-sediar-torneio-para-poupar-quase-meio-bi| data = 21/1/2015 13h 20 – atualizado em 10/11/2013 13h 25 | título = Governo insiste, mas Distrito Federal desiste de sediar torneio para poupar quase meio bi|acessodata=8/3/2015|publicado=ESPN | local = Distrito Federal}}</ref>
 
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Edição das 13h56min de 24 de agosto de 2018

Predefinição:Ver desambig Predefinição:Coor dms Predefinição:Info/País/Brasil Brasil (pronuncia-se localmente Predefinição:AFI2[nota 1]), oficialmente República Federativa do Brasil (Predefinição:Audio),[1] é o maior país da América do Sul e da região da América Latina, sendo o quinto maior do mundo em área territorial (equivalente a 47% do território sul-americano)[2] e sexto em população (com mais de 200 milhões de habitantes).[3] É o único país na América onde se fala majoritariamente a língua portuguesa e o maior país lusófono do planeta,[4] além de ser uma das nações mais multiculturais e etnicamente diversas, em decorrência da forte imigração oriunda de variados locais do mundo. A sua Constituição atual, formulada em 1988, define o Brasil como uma república federativa presidencialista,[1] formada pela união do Distrito Federal, dos 26 estados e dos Predefinição:Fmtn.[1][5]Predefinição:Nota de rodapé

Delimitado pelo oceano Atlântico a leste, o Brasil tem um litoral de Predefinição:Fmtn.[4] O país faz fronteira com todos os outros países sul-americanos, exceto Chile e Equador, sendo limitado a norte pela Venezuela, Guiana, Suriname e pelo departamento ultramarino francês da Guiana Francesa; a noroeste pela Colômbia; a oeste pela Bolívia e Peru; a sudoeste pela Argentina e Paraguai e ao sul pelo Uruguai. Vários arquipélagos formam parte do território brasileiro, como o Atol das Rocas, o Arquipélago de São Pedro e São Paulo, Fernando de Noronha (o único destes habitado) e Trindade e Martim Vaz.[4] O Brasil também é o lar de uma diversidade de animais selvagens, ecossistemas e de vastos recursos naturais em uma grande variedade de habitats protegidos.[4]

O território que atualmente forma o Brasil foi encontrado pelos portugueses em 1500, durante uma expedição liderada por Pedro Álvares Cabral. A região, que até então era habitada por indígenas ameríndios divididos entre milhares de grupos étnicos e linguísticos diferentes, torna-se uma colônia do Império Português. O vínculo colonial foi rompido, de fato, quando em 1808 a capital do reino foi transferida de Lisboa para a cidade do Rio de Janeiro, depois de tropas francesas comandadas por Napoleão Bonaparte invadirem o território português.[6] Em 1815, o Brasil se torna parte de um reino unido com Portugal. Dom Pedro I, o primeiro imperador, proclamou a independência política do país em 1822. Inicialmente independente como um império, período no qual foi uma monarquia constitucional parlamentarista, o Brasil tornou-se uma república em 1889, em razão de um golpe militar chefiado pelo marechal Deodoro da Fonseca (o primeiro presidente), embora uma legislatura bicameral, agora chamada de Congresso Nacional, já existisse desde a ratificação da primeira Constituição, em 1824.[6] Desde o início do período republicano, a governança democrática foi interrompida por longos períodos de regimes autoritários, até um governo civil e eleito democraticamente assumir o poder em 1985, com o fim do regime militar.[7]

O PIB brasileiro é o oitavo maior do mundo, tanto nominalmente quanto por paridade do poder de compra (PPC).[8] O país é um dos principais celeiros do planeta, sendo o maior produtor de café dos últimos 150 anos.[9] É classificado como uma economia de renda média-alta pelo Banco Mundial[10] e um país recentemente industrializado, que detém a maior parcela de riqueza global da América Latina. Como potência regional e média,[11] a nação tem reconhecimento e influência internacional, sendo que também é classificada como uma potência global emergente[12] e como uma potencial superpotência por vários analistas.[13] É membro fundador da Organização das Nações Unidas (ONU), G20, BRICS, Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), União Latina, Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI), Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).

Etimologia

Predefinição:Artigo principal As raízes etimológicas do termo "Brasil" são de difícil reconstrução. O filólogo Adelino José da Silva Azevedo postulou que se trata de uma palavra de procedência celta (uma lenda que fala de uma "terra de delícias", vista entre nuvens), mas advertiu também que as origens mais remotas do termo poderiam ser encontradas na língua dos antigos fenícios. Na época colonial, cronistas da importância de João de Barros, frei Vicente do Salvador e Pero de Magalhães Gândavo apresentaram explicações concordantes acerca da origem do nome "Brasil". De acordo com eles, o nome "Brasil" é derivado de "pau-brasil", designação dada a um tipo de madeira empregada na tinturaria de tecidos. Na época dos descobrimentos, era comum aos exploradores guardar cuidadosamente o segredo de tudo quanto achavam ou conquistavam, a fim de explorá-lo vantajosamente, mas não tardou em se espalhar na Europa que haviam descoberto certa "ilha Brasil" no meio do oceano Atlântico, de onde extraíam o pau-brasil (madeira cor de brasa).[14] Antes de ficar com a designação atual, "Brasil", as novas terras descobertas foram designadas de: Monte Pascoal (quando os portugueses avistaram terras pela primeira vez), Ilha de Vera Cruz, Terra de Santa Cruz, Nova Lusitânia, Cabrália, Império do Brasil e Estados Unidos do Brasil.[15] Os habitantes naturais do Brasil são denominados brasileiros, cujo gentílico é registrado em português a partir de 1706[16] que se referia inicialmente apenas aos que comercializavam pau-brasil.[17]

História

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Período pré-colonial

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Arquivo:Serra da Capivara - Several Paintings 2b.jpg
Arte rupestre no Parque Nacional da Serra da Capivara. Esta região tem a maior concentração de sítios pré-históricos na América.[18]

Estima-se que os primeiros seres humanos tenham ocupado a região que compreende o território brasileiro atual há cerca de 60 mil anos.[19] Quando encontrado pelos portugueses em 1500, estima-se que a costa oriental da América do Sul era habitada[20] por cerca de dois milhões de nativos, do norte ao sul.[21]

A população ameríndia era repartida em grandes nações indígenas compostas por vários grupos étnicos entre os quais se destacam os grandes grupos tupi-guarani, macro-jê e aruaque. Os primeiros eram subdivididos em guaranis, tupiniquins e tupinambás, entre inúmeros outros.[22] Os tupis se espalhavam do atual Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte de hoje,[22] sendo "a primeira raça indígena que teve contato com o colonizador e decorrentemente a de maior presença, com influência no mameluco, no mestiço, no luso-brasileiro que nascia e no europeu que se fixava".[23]

As fronteiras entre estes grupos e seus subgrupos, antes da chegada dos europeus, eram demarcadas pelas guerras entre os mesmos, oriundas das diferenças de cultura, língua e costumes.Predefinição:HarvRef Guerras estas que também envolviam ações bélicas em larga escala, em terra e na água, com a antropofagia ritual sobre os prisioneiros de guerra.Predefinição:HarvRef

Embora a hereditariedade tivesse algum peso, a liderança era um status mais conquistado ao longo do tempo, do que atribuído em cerimônias e convenções sucessórias.Predefinição:HarvRef A escravidão entre os índios tinha um significado diferente da escravidão europeia, uma vez que se originava de uma organização socioeconômica diversa, na qual as assimetrias eram traduzidas em relações de parentesco.Predefinição:HarvRef

Colonização portuguesa

Predefinição:Artigo principal Predefinição:Vertambém

Arquivo:Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro em 1500 by Oscar Pereira da Silva (1865–1939).jpg
Desembarque de Pedro Álvares Cabral em Porto Seguro, atual Bahia, em 1500. Óleo sobre tela de Oscar Pereira da Silva (1922).

A terra agora chamada Brasil (nome cuja origem é contestada) foi reivindicada por Portugal em 22 de abril de 1500, com a chegada da frota portuguesa comandada por Pedro Álvares Cabral.Predefinição:HarvRef

A colonização do Brasil foi efetivamente iniciada em 1534, quando D. João III dividiu o território em quatorze capitanias hereditárias,Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef mas esse arranjo se mostrou problemático, uma vez que apenas as capitanias de Pernambuco e São Vicente prosperaram. Então, em 1549, o rei atribuiu um governador-geral para administrar toda a colônia.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef Os portugueses assimilaram algumas das tribos nativas,Predefinição:HarvRef enquanto outras foram escravizadas ou exterminadas por doenças europeias para as quais não tinham imunidade,Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef ou em longas guerras travadas nos dois primeiros séculos de colonização, entre os grupos indígenas rivais e seus aliados europeus.[24][25][26]

Arquivo:Oscar Pereira da Silva - Retrato de Joaquim José da Silva Xavier - Tiradentes, Acervo do Museu Paulista da USP.jpg
Tiradentes foi condenado à morte por ter liderado o mais conhecido movimento por independência ocorrido no Brasil Colonial.

Em meados do século XVI, quando o açúcar de cana tornou-se o mais importante produto de exportação do Brasil,Predefinição:HarvRef os portugueses iniciaram a importação de escravos africanos, comprados nos mercados de escravos da África Ocidental.[27][28] Assim, estes começaram a ser trazidos ao Brasil, inicialmente para lidar com a crescente demanda internacional do produto, naquele que foi chamado ciclo da cana-de-açúcar.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef

Ignorando o tratado de Tordesilhas de 1494, os portugueses, através de expedições conhecidas como bandeiras, paulatinamente avançaram sua fronteira colonial na América do Sul para onde se situa a maior parte das atuais fronteiras brasileiras,Predefinição:HarvRef[29] tendo passado os séculos XVI e XVII defendendo tais conquistas contra potências rivais europeias.[30] Desse período destacam-se os conflitos que rechaçaram as incursões coloniais francesas (no Rio de Janeiro em 1567 e no Maranhão em 1615) e que, após o fim da União Ibérica, expulsaram os holandeses do nordeste, na chamada Insurreição Pernambucana — sendo o conflito com os holandeses parte integrante da Guerra Luso-Holandesa.[30][31]

Ao final do século XVII, devido à concorrência colonial as exportações de açúcar brasileiro começaram a declinar, mas a descoberta de ouro pelos bandeirantes na década de 1690 abriu um novo ciclo para a economia extrativista da colônia, promovendo uma febre do ouro no Brasil, que atraiu milhares de novos colonos, vindos não só de Portugal, mas também de outras colônias portuguesas ao redor do mundo, o que por sua vez acabou gerando conflitos (como a Guerra dos Emboabas), entre os antigos colonos e os recém-chegados.[32]

Para garantir a manutenção da ordem colonial interna, além da defesa do monopólio de exploração econômica do Brasil, o foco da administração colonial portuguesa se concentrou tanto em manter sob controle e erradicar as principais formas de rebelião e resistência dos escravos (a exemplo do Quilombo dos Palmares),[33] como em reprimir todo movimento por autonomia ou independência política (como a Inconfidência Mineira).[34][35]

Reino unido com Portugal

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Arquivo:Aclamação do rei Dom João VI no Rio de Janeiro.jpg
Aclamação do Rei Dom João VI do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, no Rio de Janeiro.

No final de 1807, forças espanholas e napoleônicas ameaçaram a segurança de Portugal Continental, fazendo com que o Príncipe Regente D. João VI, em nome da rainha Maria I, transferisse a corte real de Lisboa para o Brasil.[36] O estabelecimento da corte portuguesa trouxe o surgimento de algumas das primeiras instituições brasileiras, como bolsas de valores locais[37] e um banco nacional, e acabou com o monopólio comercial que Portugal mantinha sobre o Brasil, liberando as trocas comerciais com outras nações. Em 1809, em retaliação por ter sido forçado a um "autoexílio" no Brasil, o príncipe regente ordenou a conquista portuguesa da Guiana Francesa.[38]

Com o fim da Guerra Peninsular em 1814, os tribunais europeus exigiram que a rainha Maria I e o príncipe regente D. João regressassem a Portugal, já que consideravam impróprio que representantes de uma antiga monarquia europeia residissem em uma colônia. Em 1815, para justificar a sua permanência no Brasil, onde a corte real tinha prosperado nos últimos seis anos, o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves foi criado, estabelecendo, assim, um Estado monárquico transatlântico e pluricontinental.[39] No entanto, isso não foi suficiente para acalmar a demanda portuguesa pelo retorno da corte para Lisboa, como a revolução liberal do Porto exigiria em 1820, e nem o desejo de independência e pelo estabelecimento de uma república por grupos de brasileiros, como a Revolução Pernambucana de 1817 mostrou.[39] Em 1821, como uma exigência de revolucionários que haviam tomado a cidade do Porto,[40] D. João VI foi incapaz de resistir por mais tempo e partiu para Lisboa, onde foi obrigado a fazer um juramento à nova constituição, deixando seu filho, o príncipe Pedro de Alcântara, como Regente do Reino do Brasil.[41]

Independência e Império

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Arquivo:Independence of Brazil 1888.jpg
Declaração da Independência do Brasil pelo imperador Pedro I em 7 de setembro de 1822. Obra de Pedro Américo (1888).

Em decorrência desses acontecimentos, a coroa portuguesa tentou, mais uma vez, transformar o Brasil em uma colônia, privando o país do estatuto de Reino, adquirido em 1815.Predefinição:HarvRef Os brasileiros se recusaram a ceder e D. Pedro ficou com eles, declarando a independência do país do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 7 de setembro de 1822.Predefinição:HarvRef Em 12 de outubro de 1822, Pedro foi declarado o primeiro imperador do Brasil e coroado D. Pedro I em 1 de dezembro do mesmo ano, fundando, assim, o Império do Brasil.Predefinição:HarvRef

A guerra da independência do Brasil, iniciada ao longo deste processo, propagou-se pelas regiões norte, nordeste e ao sul na província de Cisplatina.Predefinição:HarvRef Os últimos soldados portugueses renderam-se em 8 de março de 1824,Predefinição:HarvRef sendo a independência reconhecida por Portugal em 29 de agosto de 1825, no tratado do Rio de Janeiro.Predefinição:HarvRef

A primeira constituição brasileira foi promulgada em 25 de março de 1824, após a sua aceitação pelos conselhos municipais de todo o país.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef Exaurido no Brasil por anos de exercício do poder moderador, período no qual também enfrentou em Pernambuco o movimento separatista conhecido como Confederação do Equador, e inconformado com o rumo que os absolutistas portugueses haviam imprimido à sucessão de D. João VI, D. Pedro I abdicou em 7 de abril de 1831, em favor de seu filho de cinco anos e herdeiro (que viria a ser o imperador Dom Pedro II), e retornou à Europa a fim de recuperar a coroa para sua filha.Predefinição:HarvRef Como o novo imperador não poderia, até atingir a maturidade, exercer suas prerrogativas constitucionais, a regência foi adotada.Predefinição:HarvRef

Arquivo:Delfim da Câmara - D. Pedro II. 1875 (edit).jpg
Dom Pedro II, imperador entre 1840 e 1889. Pintura de Delfim da Câmara (1875).

Durante o período regencial ocorreu uma série de rebeliões localizadas, como a Cabanagem, a Revolta dos Malês, a Balaiada, a Sabinada e a Revolução Farroupilha, decorrentes do descontentamento das províncias com o poder central e das tensões sociais latentes de uma nação escravocrata e recém-independente.[42] Em meio a esta agitação, D. Pedro II foi declarado imperador prematuramente em 1840. Porém, somente ao final daquela década, as últimas revoltas do período regencial, e outras posteriores, como a Revolução Praieira, foram debeladas e o país pôde voltar a uma relativa estabilidade política interna.[43]

Internacionalmente, após a perda de Cisplatina, que se tornou o Uruguai, o Brasil saiu vitorioso de três guerras no Cone Sul durante o reinado de Dom Pedro II: a guerra do Prata, a guerra do Uruguai e a guerra do Paraguai naquele que, além de ter sido um dos maiores conflitos da história (o maior da América do Sul), foi o que exigiu o maior esforço de guerra na história do país.Predefinição:HarvRef

Concernente à questão da escravidão no país, somente após anos de pressão comercial e marítima exercida pelo Reino Unido, em decorrência da lei "Bill Aberdeen", o Brasil concordou em abandonar o tráfico internacional de escravos, em 1850. Apesar disso e da repercussão internacional, dos efeitos políticos e econômicos decorrentes da derrota dos Estados Confederados na Guerra Civil Americana durante a década de 1860, foi apenas em 1888, após um longo processo de mobilização interna e debate para a desmontagem moral e legal da escravidão, que esta foi formalmente abolida no Brasil.[44]Predefinição:HarvRef

Em 15 de novembro de 1889, desgastada por anos de estagnação econômica, em atrito com a oficialidade do Exército e também com as elites rurais e financeiras (embora por razões diferentes), a monarquia foi derrubada por um golpe militar.Predefinição:HarvRef[45]

Primeira República e Era Vargas

Predefinição:Artigo principal Predefinição:Imagem múltipla Com o início do governo republicano, sendo pouco mais do que uma ditadura militar, a então nova constituição de 1891[46] previa eleições diretas apenas para 1894 e, embora abolisse a restrição do período monárquico que estabelecia direito ao voto apenas aos que tivessem determinado nível de renda, mantinha o exercício do voto em caráter aberto (não secreto) e, entre outras restrições, circunscrito apenas aos homens, alfabetizados, numa época em que a população do país era majoritariamente analfabeta.Predefinição:HarvRef

Neste primeiro período, o país republicano manteve um relativo equilíbrio em relação à política externa, que só foi rompido pela questão acrianaPredefinição:HarvRef (1899–1902) e pelo envolvimento do país na Primeira Guerra Mundial (1914–1918).[47][48][49] Internamente, a partir da crise do encilhamento[50][51][52] e da 1ª Revolta da Armada em 1891,[53] iniciou-se um ciclo prolongado de instabilidade financeira, política e social que se estenderia até a década de 1920, mantendo o país assolado por diversas rebeliões, tanto civis[54][55][56] como militares.[57][58][59] Pouco a pouco, estas rebeliões minaram o regime de tal forma que, em 1930, foi possível ao candidato presidencial derrotado nas eleições daquele ano, Getúlio Vargas, na esteira do assassinato de João Pessoa, seu companheiro de chapa, liderar a Revolução de 1930, com o apoio dos militares, e assumir a presidência da república.[60]

Vargas e os militares, que deveriam assumir a presidência apenas temporariamente a fim de implementar reformas democráticas, fecharam o congresso nacional brasileiro e seguiram governando sob estado de emergência, tendo feito a intervenção federal de todos os estados, à exceção de Minas Gerais,[61] substituindo os governadores dos estados por interventores federais, que eram seus apoiadores políticos.Predefinição:HarvRef

Sob a justificativa de cobrar a implementação das promessas de reformas democráticas em uma nova constituição,[62] em 1932 a oligarquia paulista tentou recuperar o poder através de uma revolução armada,[63] e, em 1935, os comunistas se rebelaram na Intentona Comunista,Predefinição:HarvRef tendo ambos os movimentos sido derrotados. No entanto, a ameaça comunista serviu de pretexto tanto para impedir as eleições previamente estipuladas, como para que Vargas e os militares lançassem mão de outro golpe de Estado em 1937 estabelecendo o Estado Novo, formalizando assim o status ditatorial do regime.Predefinição:HarvRef Em maio de 1938, houve o Levante integralista, ainda outra tentativa fracassada de tomada de poder, desta vez por parte dos nacionalistas.[64]

O Brasil manteve-se neutro durante os primeiros anos da Segunda Guerra Mundial (1939–1945) até os antecedentes que levaram o país a se postar ao lado dos Estados Unidos durante a Conferência Interamericana de 1942, realizada no Rio de Janeiro em janeiro, rompendo relações diplomáticas com as potências do Eixo.Predefinição:HarvRef[65] Em represália, as marinhas de guerra da Alemanha nazista e Itália fascista estenderam sua campanha de guerra submarina ao Brasil e, após meses de contínuo afundamento de navios mercantes brasileiros e forte pressão popular, o governo declarou-lhes guerra em agosto daquele ano,[66]Predefinição:HarvRef tendo somente em 1944 enviado uma força expedicionária para combater na Europa.[67]Predefinição:HarvRef Com a vitória aliada em 1945 e o fim dos regimes nazifascistas na Europa, a posição de Vargas tornou-se insustentável e ele foi rapidamente deposto por outro golpe militar.Predefinição:HarvRef A democracia foi "restabelecida"Predefinição:HarvRef e o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente, tomando posse em 1946.Predefinição:HarvRef Tendo voltado ao poder democraticamente eleito no fim de 1950, Vargas suicidou-se em agosto de 1954, em meio a uma crise política.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef

Quarta República e ditadura militar

Predefinição:Artigo principal

Arquivo:0741 NOV B 05 Esplanada dos Ministerios Brasilia DF 03 09 1959.jpg
Prédios dos atuais ministérios em 1959, durante a construção da nova capital federal.
Arquivo:Golpe de 1964.jpg
Tanques em frente ao Congresso Nacional patrulham a Esplanada dos Ministérios, em Brasília, após o golpe de 1964, que instaurou quase 21 anos de ditadura militar.

Vários governos provisórios breves sucederam-se após o suicídio de Vargas.Predefinição:HarvRef Em 1955, através de eleições diretas, Juscelino Kubitschek tornou-se presidente e assumiu uma postura conciliadora em relação à oposição política, o que lhe permitiu governar sem grandes crises.Predefinição:HarvRef A economia e o setor industrial cresceram consideravelmente,Predefinição:HarvRef mas sua maior conquista foi a construção da nova capital, Brasília, inaugurada em 1960.Predefinição:HarvRef Seu sucessor, Jânio Quadros, eleito em 1960, renunciou em 1961 menos de sete meses após assumir o cargo.Predefinição:HarvRef Seu vice-presidente, João Goulart, assumiu a presidência, mas suscitou forte oposição políticaPredefinição:HarvRef e foi deposto pelo Golpe de 1964 que resultou em um regime militar.Predefinição:HarvRef

O novo regime se destinava a ser transitório,Predefinição:HarvRef mas, cada vez mais fechado em si mesmo, tornou-se uma ditadura plena com a promulgação do Ato Institucional Nº 5 em 1968.Predefinição:HarvRef A censura e a repressão em todas as suas formas, incluindo a tortura, não se restringiram aos políticos oposicionistas e militantes de esquerda. A sua ação alcançou a todos aqueles a quem o regime encarava como opositores, ou a eles ligados, o que abrangeu praticamente todos os setores sociais; entre eles artistas, estudantes, jornalistas, clérigos, sindicalistas, professores, intelectuais, além dos próprios militares e policiais que demonstrassem não estarem alinhados com o regime[68][69] e familiares de presos políticos.[70][71]

Através da Operação Condor, o governo brasileiro também participou na perseguição internacional a dissidentes sul-americanos em geral.[72] A exemplo de outros regimes ditatoriais na história, o regime militar brasileiro atingiu o auge de sua popularidade num momento de alto crescimento econômico, que ficou conhecido como "milagre econômico", momento este que coincidiu com o auge da repressão.Predefinição:HarvRef

Lentamente, no entanto, o desgaste natural de anos de poder ditatorial, que não abrandou a repressão mesmo após a derrota da guerrilha de esquerda,[73][74] somado à inabilidade em lidar com as crises econômicas do período, o crescimento da oposição política nas eleições regionais[75] e ainda as pressões populares, tornaram inevitável a abertura política do regime que, por seu lado, foi conduzida pelos generais Geisel e Golbery.Predefinição:HarvRef Com a promulgação da Lei da Anistia em 1979, o Brasil lentamente iniciou a volta à democracia, que se completaria na década de 1980.[76]

Sexta República

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Ulysses Guimarães com a Constituição de 1988, que redemocratizou o país.

Após o movimento popular das Diretas Já, os civis voltaram ao poder em 1985 inaugurando a chamada Nova República, com a eleição do oposicionista Tancredo Neves, que, entretanto, não assumiu o cargo devido à morte decorrente de uma grave doença.[77] Seu vice, José Sarney, assumiu a presidência,Predefinição:HarvRef tornando-se impopular ao longo de seu mandato por conta da piora da crise econômica e hiperinflação herdadas do regime militar, mesmo com uma breve euforia inicial do seu Plano Cruzado.[78] Sarney deu continuidade ao programa de governo de Tancredo Neves instaurando, em 1987, uma Assembleia Nacional Constituinte,[79] que promulgou a atual Constituição brasileira.Predefinição:HarvRef

No entanto, o fracasso do Governo Sarney na área econômica e o consequente desgaste político permitiu a eleição, em 1989, do quase desconhecido Fernando Collor, que posteriormente sofreu processo de impeachment pelo Congresso Nacional brasileiro em 1992, com seu vice-presidente, Itamar Franco, assumindo o cargo em decorrência. Do novo ministério nomeado por Itamar, com integrantes de praticamente todos os partidos que aprovaram o impeachment de Collor,[80] destacou-se Fernando Henrique Cardoso, como ministro da Fazenda e coordenador do bem-sucedido Plano Real,Predefinição:HarvRef[nota 2] que trouxe estabilidade para a economia brasileira, após décadas de inúmeros planos econômicos de governos anteriores, que haviam fracassado na tentativa de controlar a hiperinflação.Predefinição:HarvRef Em consequência, Fernando Henrique Cardoso foi eleito presidente na eleição presidencial de 1994 e novamente em 1998.Predefinição:HarvRef A transição pacífica de poder para seu principal opositor, Luiz Inácio Lula da Silva, eleito em 2002 e reeleito em 2006, mostrou que o Brasil finalmente conseguiu alcançar a sua muito procurada estabilidade política.Predefinição:HarvRef

Após as eleições de 2010, Dilma Rousseff tornou-se a primeira mulher eleita presidente.[81] Em junho de 2013, irromperam no país manifestações populares por diversas reivindicações sociais.[82] Após as polarizadas eleições de 2014, Rousseff foi reeleita. Em 2015, no entanto, sua rejeição atingiu quase 70% em meio a protestos populares após revelações de que vários políticos eram investigados pela Polícia Federal.[83] Em abril de 2016, a Câmara iniciou um processo de impeachment contra a presidente, que foi ratificado pelo Senado em maio.[84] Rousseff foi deposta em 31 de agosto e seu vice, Michel Temer, assumiu o cargo.[85]

Geografia

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Arquivo:Brazil topo en2.PNG
Mapa topográfico do Brasil.

O território brasileiro é cortado por dois círculos imaginários: a Linha do Equador, que passa pela embocadura do Amazonas, e o Trópico de Capricórnio, que corta o município de São Paulo.[86] O país ocupa uma vasta área ao longo da costa leste da América do Sul e inclui grande parte do interior do continente,[87] compartilhando fronteiras terrestres com Uruguai ao sul; Argentina e Paraguai a sudoeste; Bolívia e Peru a oeste; Colômbia a noroeste e Venezuela, Suriname, Guiana e com o departamento ultramarino francês da Guiana Francesa ao norte. O país compartilha uma fronteira comum com todos os países da América do Sul, exceto Equador e Chile. Ele também engloba uma série de arquipélagos oceânicos, como Fernando de Noronha, Atol das Rocas, São Pedro e São Paulo e Trindade e Martim Vaz.[4] O seu tamanho, relevo, clima e recursos naturais fazem do Brasil um país geograficamente diverso.[87]

O país é o quinto maior do mundo em área territorial, depois de Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, e o terceiro maior da América, com uma área total de Predefinição:Fmtn quilômetros quadrados (km²),[2] incluindo Predefinição:Fmtn de água.[4] Seu território abrange quatro fusos horários, a partir de UTC−5 no Acre e sudoeste do Amazonas; UTC−4 em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Roraima e maior parte do Amazonas; UTC−3 (horário oficial do Brasil) em Goiás, Distrito Federal, Pará, Amapá e todos os estados das regiões Nordeste, Sudeste e Sul e UTC−2 nas ilhas do Atlântico.[88]

A topografia brasileira também é diversificada e inclui morros, montanhas, planícies, planaltos e cerrados. Grande parte do terreno se situa entre duzentos e oitocentos metros de altitude.[89] A área principal de terras altas ocupa mais da metade sul do país. As partes noroeste do planalto são compostas por terreno, amplo rolamento quebrado por baixo e morros arredondados. A seção sudeste é mais robusta, com uma massa complexa de cordilheiras e serras atingindo altitudes de até Predefinição:Fmtn metros. Esses intervalos incluem as serras do Espinhaço, da Mantiqueira e do Mar.[89] No norte, o planalto das Guianas constitui um fosso de drenagem principal, separando os rios que correm para o sul da Bacia Amazônica dos que desaguam no sistema do rio Orinoco, na Venezuela, ao norte. O ponto mais alto no Brasil é o Pico da Neblina, na Serra do Imeri (fronteira com a Venezuela) com Predefinição:Fmtn metros, e o menor é o Oceano Atlântico.[4]

O Brasil tem um sistema denso e complexo de rios, um dos mais extensos do mundo, com oito grandes bacias hidrográficas, que drenam para o Atlântico. Os rios mais importantes são o Amazonas (o maior rio do mundo tanto em comprimento – Predefinição:Fmtn quilômetros de extensão – como em termos de volume de água – vazão de 12,5 bilhões de litros por minuto), o Paraná e seu maior afluente, o Iguaçu (que inclui as cataratas do Iguaçu), o Negro, São Francisco, Xingu, Madeira e Tapajós.[90]

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Clima

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Arquivo:Climate of Brazil.tif
Mapa do Brasil de acordo com a classificação climática de Köppen.

O clima do Brasil dispõe de uma ampla variedade de condições de tempo em uma grande área e topografia variada, mas a maior parte do país é tropical.[4] Segundo o sistema Köppen, o Brasil acolhe seis principais subtipos climáticos: equatorial, tropical, semiárido, tropical de altitude, temperado e subtropical. As diferentes condições climáticas produzem ambientes que variam de florestas equatoriais no Norte e regiões semiáridas no Nordeste, para florestas temperadas de coníferas no Sul e savanas tropicais no Brasil central.[91] Muitas regiões têm microclimas totalmente diferentes.[92][93]

O clima equatorial caracteriza grande parte do norte do Brasil. Não existe uma estação seca real, mas existem algumas variações no período do ano em que mais chove.[91] Temperaturas médias de Predefinição:Fmtn,[93] com mais variação de temperatura significativa entre a noite e o dia do que entre as estações. As chuvas no Brasil central são mais sazonais, característico de um clima de savana.[92] Esta região é tão extensa como a bacia amazônica, mas tem um clima muito diferente, já que fica mais ao sul, em uma altitude inferior.[91] No interior do nordeste, a precipitação sazonal é ainda mais extrema. A região de clima semiárido geralmente recebe menos de 800 milímetros de chuva,[94] a maioria do que geralmente cai em um período de três a cinco meses no ano,[95] e por vezes menos do que isso, resultando em longos períodos de seca.[92] A Grande Seca de 1877–78, a mais grave já registrada no país,[96] causou cerca de meio milhão de mortes.[97] Outra em 1915 foi devastadora também.[98]

No sul da Bahia, a distribuição de chuva muda, com períodos de chuva ao longo de todo o ano.[91] O Sul e parte do Sudeste possuem condições de clima temperado, com invernos frescos e temperatura média anual não superior a Predefinição:Fmtn;[93] geadas de inverno são bastante comuns, com ocasional queda de neve nas áreas mais elevadas.[91][92]

Meio ambiente e biodiversidade

Predefinição:Artigo principal

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Floresta Amazônica, a mais rica e biodiversa floresta tropical do mundo.[99]

A grande extensão territorial do Brasil abrange diferentes ecossistemas, como a Floresta Amazônica, reconhecida como tendo a maior diversidade biológica do mundo,[99] a mata Atlântica e o cerrado, que sustentam também grande biodiversidade,[100] além da caatinga,[95] fazendo do Brasil um país megadiverso. No sul, a floresta de araucárias cresce sob condições de clima temperado.[100]

A rica vida selvagem do Brasil reflete a variedade de habitats naturais. Os cientistas estimam que o número total de espécies vegetais e animais no Brasil seja de aproximadamente de quatro milhões.[100] Grandes mamíferos incluem pumas, onças, jaguatiricas, raros cachorros-vinagre, raposas, queixadas, antas, tamanduás, preguiças, gambás e tatus. Veados são abundantes no sul e muitas espécies de platyrrhini são encontradas nas florestas tropicais do norte.[100][101] A preocupação com o meio ambiente tem crescido em resposta ao interesse mundial nas questões ambientais.[102]

O patrimônio natural do Brasil está seriamente ameaçado pela pecuária e agricultura, exploração madeireira, mineração, reassentamento, desmatamento, extração de petróleo e gás, a sobrepesca, comércio de espécies selvagens, barragens e infraestrutura, contaminação da água, fogo, espécies invasoras e pelos efeitos do aquecimento global.[99] Em muitas áreas do país, o ambiente natural está ameaçado pelo desenvolvimento.[103] A construção de estradas em áreas de floresta, tais como a BR-230 e a BR-163, abriu áreas anteriormente remotas para a agricultura e para o comércio; barragens inundaram vales e habitats selvagens; e minas criaram cicatrizes na terra e poluíram a paisagem.[102][104]

Predefinição:Biodiversidade do Brasil - Galeria

Demografia

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Mapa da densidade populacional do Brasil (2007).

Predefinição:Artigo principal

A população do Brasil, conforme censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2010, foi de Predefinição:Fmtn habitantes[105] (22,43 habitantes por quilômetro quadrado),[106] com uma proporção de homens e mulheres de 0,96:1[107] e 84,36% da população definida como urbana.[108] A população está fortemente concentrada nas regiões Sudeste (80,3 milhões de habitantes), Nordeste (53,1 milhões) e Sul (27,4 milhões), enquanto as duas regiões mais extensas, o Centro-Oeste e o Norte, que formam 64,12% do território brasileiro, contam com um total de apenas trinta milhões de habitantes.[108]

A população brasileira aumentou significativamente entre 1940 e 1970, devido a um declínio na taxa de mortalidade, embora a taxa de natalidade também tenha passado por um ligeiro declínio no período. Na década de 1940 a taxa de crescimento anual da população foi de 2,4%, subindo para 3% em 1950 e permanecendo em 2,9% em 1960, com a expectativa de vida subindo de 44 para 54 anosPredefinição:HarvRef e para 75,8 anos em 2016.[109] A taxa de aumento populacional tem vindo a diminuir desde 1960, de 3,04% ao ano entre 1950–1960 para 1,05% em 2008 e deverá cair para um valor negativo, de -0,29%, em 2050,[110] completando assim a transição demográfica.Predefinição:HarvRef

Os maiores aglomerados urbanos do Brasil, de acordo com a estimativa do IBGE para 2017, são as conurbações de São Paulo (com Predefinição:Fmtn habitantes), Rio de Janeiro (Predefinição:Fmtn), Belo Horizonte (Predefinição:Fmtn), Recife (Predefinição:Fmtn) e Brasília (Predefinição:Fmtn).[3][111] Existem também grandes concentrações urbanas no interior do país: Campinas, Baixada Santista, São José dos Campos e Sorocaba (todas no estado de São Paulo).[3][111] Quase todas as capitais são as maiores cidades de seus estados, com exceção de Vitória, capital do Espírito Santo, e Florianópolis, a capital de Santa Catarina.[3] Predefinição:Aglomerados urbanos mais populosos do Brasil

Composição étnica

Predefinição:Etnias do Brasil Predefinição:Artigo principal Predefinição:Vertambém Segundo o IBGE, no censo de 2010 47,1% da população (cerca de 90,6 milhões) se autodeclararam como brancos, 43,42% (cerca de 82,8 milhões) como pardos (multirracial), 7,52% (cerca de 14,4 milhões) como negros; 1,1% (cerca de 2,1 milhões) como amarelos e 0,43% (cerca de 821 mil) como indígenas, enquanto 0,02% (cerca de 36,1 mil) não declararam sua raça.[112]

Em 2007, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI) relatou a existência de 67 tribos indígenas isoladas em regiões remotas do Brasil, a maioria delas no interior da Floresta Amazônica. Acredita-se que o Brasil possua o maior número de povos isolados do mundo.[113]

A maioria dos brasileiros descende de povos indígenas do país, colonos portugueses, imigrantes europeus e escravos africanos.[114] Desde a chegada dos portugueses em 1500, um considerável número de uniões entre estes três grupos foi realizado. A população pardaPredefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef é uma categoria ampla que inclui caboclos (descendentes de brancos e índios), mulatos (descendentes de brancos e negros) e cafuzos (descendentes de negros e índios).[114]Predefinição:HarvRef

Os pardos e mulatos formam a maioria da população nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste.[115] A população mulata concentra-se geralmente na costa leste da região Nordeste, da Bahia à ParaíbaPredefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef e também no norte do Maranhão,[116]Predefinição:HarvRef sul de Minas GeraisPredefinição:HarvRef e no leste do Rio de Janeiro.Predefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef

No século XIX o Brasil abriu suas fronteiras à imigração. Cerca de cinco milhões de pessoas de mais de 60 países migraram para o Brasil entre 1808 e 1972, a maioria delas de Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Japão e Oriente Médio.[21]

Religiões

Predefinição:Religião no Brasil Predefinição:Artigo principal Predefinição:Vertambém A Constituição prevê liberdade de religião, ou seja, proíbe qualquer tipo de intolerância religiosa e a Igreja e o Estado estão oficialmente separados, sendo o Brasil um país secular.[117]

Em outubro de 2009 foi aprovado pelo Senado e decretado pelo Presidente da República em fevereiro de 2010, um acordo com o Vaticano, em que é reconhecido o Estatuto Jurídico da Igreja Católica no Brasil. O acordo confirmou normas que já eram normalmente cumpridas sobre ensino religioso nas escolas públicas de ensino fundamental (que assegura também o ensino de outras crenças), casamento e assistência espiritual em presídios e hospitais. O projeto sofreu críticas de parlamentares que entendiam como o fim do Estado laico com a aprovação do acordo.[118][119]

Em 2000, a religião católica representava 73,6% do total no país. Em 2010, era 64,6%, sendo observada pela primeira vez a redução em números absolutos (de Predefinição:Fmtn para Predefinição:Fmtn).[120][121][122][123] Ainda assim, o perfil religioso brasileiro continua tendo uma maioria predominantemente católica (42,4% a mais que a segunda maior religião do país, o protestantismo).[124][125][126] De acordo com o censo de 2010, entre os estados, o Rio de Janeiro apresenta a menor proporção de católicos, 45,8%; e o Piauí, a maior, 85,1%. Já a proporção de evangélicos era maior em Rondônia (33,8%) e menor no Piauí (9,7%).[126]

Idiomas

Arquivo:Interior do Museu da Língua Portuguesa em São Paulo, Brasil.jpg
Museu da Língua Portuguesa em São Paulo
Arquivo:Portal de Pomerode.jpg
Pomerode, Santa Catarina, município com língua cooficial alóctone.[127]

Predefinição:Artigo principal

A língua oficial do Brasil é o português,[nota 3] que é falado por quase toda a população e é praticamente o único idioma usado nos meios de comunicação, nos negócios e para fins administrativos. O país é o único lusófono da América e o idioma tornou-se uma parte importante da identidade nacional brasileira.[128]

O português brasileiro teve o seu próprio desenvolvimento, influenciado por línguas ameríndias, africanas e por outros idiomas europeus.[129] Como resultado, essa variante é um pouco diferente, principalmente na fonologia, do português lusitano. Essas diferenças são comparáveis àquelas entre o inglês americano e o inglês britânico.[129]

Em 2008, a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que inclui representantes de todos os países cujo português é o idioma oficial, chegou a um acordo sobre a padronização ortográfica da língua, com o objetivo de reduzir as diferenças entre as duas variantes. A todos os países da CPLP foi dado o prazo de 2009 até 2016 para se adaptarem às mudanças necessárias.[130]

Idiomas minoritários são falados em todo o país. O censo de 2010 contabilizou 305 etnias indígenas no Brasil, que falam 274 línguas diferentes. Dos indígenas com cinco ou mais anos, 37,4% falavam uma língua indígena e 76,9% falavam português.[131] Há também comunidades significativas de falantes do alemão (na maior parte o Hunsrückisch, um dialeto alto-alemão) e italiano (principalmente o talian, de origem vêneta) no sul do país, os quais são influenciados pelo idioma português.[132][133]

Diversos municípios brasileiros cooficializaram outras línguas,[134] como São Gabriel da Cachoeira, no estado do Amazonas, onde ao nheengatu, tukano e baniwa, que são línguas ameríndias, foi concedido o estatuto cooficial com o português.[135] Outros municípios, como Santa Maria de Jetibá (no Espírito Santo) e Pomerode (em Santa Catarina) também cooficializaram outras línguas alóctones, como o alemão e o pomerano.[127] Os estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul também possuem o talian como patrimônio linguístico oficial,[136][137] enquanto o Espírito Santo, em agosto de 2011, incluiu em sua constituição o pomerano, junto com o alemão, como seus patrimônios culturais.[138]

Governo e política

Predefinição:Artigo principal Predefinição:Mais informações

Arquivo:Palácio do Planalto GGFD8938.jpg
Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo.
Arquivo:Brasilia Congresso Nacional 05 2007 221.jpg
Congresso Nacional do Brasil, sede do Poder Legislativo.

A Federação Brasileira é formada pela união indissolúvel de três entidades políticas distintas: os estados, os municípios e o Distrito Federal.[1] A União, os estados, o Distrito Federal e os municípios são as esferas "do governo". A Federação está definida em cinco princípios fundamentais:[1] soberania, cidadania, dignidade da pessoa humana, os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e o pluralismo político. Os ramos clássicos tripartite de governo (executivo, legislativo e judiciário no âmbito do sistema de controle e equilíbrios) são oficialmente criados pela Constituição.[1] O executivo e o legislativo estão organizados de forma independente em todas as três esferas de governo, enquanto o Judiciário é organizado apenas a nível federal e nas esferas estadual/Distrito Federal.[139]

Todos os membros do executivo e do legislativo são eleitos diretamente.[140][141][142] Juízes e outros funcionários judiciais são nomeados após aprovação em exames de entrada.[140] O voto é obrigatório para os alfabetizados entre 18 e 70 anos e facultativo para analfabetos e aqueles com idade entre 16 e 18 anos ou superior a 70 anos.[1] Quase todas as funções governamentais e administrativas são exercidas por autoridades e agências filiadas ao Executivo.[143] A forma de governo é a de uma república democrática, com um sistema presidencial. O presidente é o chefe de Estado e de governo da União e é eleito para um mandato de quatro anos, com a possibilidade de reeleição para um segundo mandato consecutivo. Ele é o responsável pela nomeação dos ministros de Estado, que auxiliam no governo.[1][144]

As casas legislativas de cada entidade política são a principal fonte de direito no Brasil. O Congresso Nacional é a legislatura bicameral da Federação, composto pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal. Autoridades do Judiciário exercem funções jurisdicionais, quase exclusivamente.[139] Quase todos os partidos políticos estão representados no Congresso.[145] É comum que os políticos mudem de partido e, assim, a proporção de assentos parlamentares detidos por partidos muda regularmente. Os maiores partidos, de acordo com o número de filiados, são o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), Partido dos Trabalhadores (PT), Partido Progressista (PP), Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Partido Democrático Trabalhista (PDT), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Democratas (DEM), Partido da República (PR), Partido Socialista Brasileiro (PSB) e Partido Popular Socialista (PPS).[146]

Lei

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Arquivo:Supremo Brasil.jpg
Supremo Tribunal Federal (STF), sede do Poder Judiciário.

A lei brasileira é baseada na tradição do código civil, parte do sistema romano-germânico. Assim, os conceitos de direito civil prevalecem sobre práticas de direito comum. A maior parte da legislação brasileira é codificada, apesar de os estatutos não codificados serem uma parte substancial do sistema, desempenhando um papel complementar. Decisões do Tribunal e orientações explicativas, no entanto, não são vinculativas sobre outros casos específicos, exceto em algumas situações.[147]

Obras de doutrina e as obras de juristas acadêmicos têm forte influência na criação de direito e em casos de direito. O sistema jurídico baseia-se na Constituição Federal, que foi promulgada em 5 de outubro de 1988 e é a lei fundamental do Brasil. Todos as outras legislações e as decisões das cortes de justiça devem corresponder a seus princípios.Predefinição:HarvRef Os estados têm suas próprias constituições, que não devem entrar em contradição com a constituição federal.Predefinição:HarvRef Os municípios e o Distrito Federal não têm constituições próprias; em vez disso, eles têm leis orgânicas.[148] Entidades legislativas são a principal fonte dos estatutos, embora, em determinadas questões, organismos dos poderes judiciário e executivo possam promulgar normas jurídicas.[139]

A jurisdição é administrada pelas entidades do poder judiciário brasileiro, embora em situações raras a Constituição Federal permita que o Senado Federal interfira nas decisões judiciais. Existem jurisdições especializadas como a Justiça Militar, a Justiça do Trabalho e a Justiça Eleitoral. O tribunal mais alto é o Supremo Tribunal Federal. Este sistema tem sido criticado nas últimas décadas devido à lentidão com que as decisões finais são emitidas. Ações judiciais de recurso podem levar vários anos para serem resolvidas e, em alguns casos, mais de uma década para expirar antes de as decisões definitivas serem tomadas.[149]

Forças armadas

Predefinição:Multiple image Predefinição:Artigo principal

As Forças Armadas do Brasil compreendem o Exército Brasileiro, a Marinha do Brasil e a Força Aérea Brasileira,[1] e são a maior força militar da América Latina, a segunda maior de toda a América. O Brasil também é uma das quinze nações com as maiores capacidades bélicas do mundo.[150] As polícias militares estaduais e os corpos de bombeiros militares são descritas como forças auxiliares e reservas do Exército pela Constituição,[1] mas sob o controle de cada estado e de seus respectivos governadores.[1]

O Exército é responsável pelas operações militares por terra, possui o maior efetivo da América Latina, contando com uma força de cerca de Predefinição:Fmtn soldados. Também possui a maior quantidade de veículos blindados da América do Sul, somados os veículos blindados para transporte de tropas e carros de combate principais.[151]

A Força Aérea Brasileira é o ramo de guerra aérea das Forças Armadas Brasileiras.[152] De acordo com o Flight International e do Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, a FAB tem uma força ativa de Predefinição:Fmtn militares e opera em torno de 627 aeronaves, sendo a maior força aérea do hemisfério sul e a segunda na América, após a Força Aérea dos Estados Unidos.[153]

A Marinha é responsável pelas operações navais e pela guarda das águas territoriais brasileiras. É a mais antiga das Forças Armadas brasileiras, possui o maior efetivo de fuzileiros navais da América Latina, estimado em Predefinição:Fmtn homens,[154] tendo o Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais como sua principal unidade.[155] A Marinha também possui um grupo de elite especializado em retomar navios e instalações navais, o Grupamento de Mergulhadores de Combate, unidade especialmente treinada para proteger as plataformas petrolíferas brasileiras ao longo de sua costa.[156]

Crime e aplicação da lei

Predefinição:Artigo principal No Brasil, a constituição estabelece cinco instituições policiais diferentes para a execução da lei: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, a Polícia Militar e Polícia Civil. Destas, as três primeiras são filiadas às autoridades federais e as duas últimas subordinadas aos governos estaduais. Todas as instituições policiais são de responsabilidade do poder executivo de qualquer um dos governos federal ou estadual.[1] A Força Nacional de Segurança Pública também pode atuar em situações de distúrbio público, originadas em qualquer ponto do território nacional.[157]

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Helicóptero do Departamento de Polícia Federal (DPF).

O país tem níveis acima da média de crimes violentos e níveis particularmente altos de violência armada e de homicídio. Em 2012, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou o número de 32 mortes para cada 100 mil habitantes, uma das mais altas taxas de homicídios intencionais do mundo.[158] O índice considerado suportável pela OMS é de dez homicídios por 100 mil habitantes.[159] No entanto, existem diferenças entre os índices de criminalidade dentro do país; enquanto em São Paulo a taxa de homicídios registrada em 2013 foi de 10,8 mortes por 100 mil habitantes, em Alagoas chegou a 64,7 homicídios para cada 100 mil pessoas.[160]

O Brasil também tem altos níveis de encarceramento e a quarta maior população carcerária do mundo (atrás de Estados Unidos, China e Rússia), com um total estimado em mais 600 mil presos (300 para cada 100 mil habitantes) em todo o país (junho de 2015), um aumento de cerca de 161% em relação ao índice registrado em 2000.[161] O alto número de presos acabou por sobrecarregar o sistema prisional brasileiro, levando a um déficit de mais de 200 mil vagas dentro das prisões do país.[162]

Política externa

Predefinição:Artigo principal

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Escultura Meteoro no espelho d'água localizado em frente ao Palácio Itamaraty, em Brasília, a sede do Ministério das Relações Exteriores

Embora alguns problemas sociais e econômicos impeçam o Brasil de exercer poder global efetivo,[163] o país é hoje um líder político e econômico na América Latina. Esta alegação, porém, é parcialmente contestada por outros países, como a Argentina e o México, que se opõem ao objetivo brasileiro de obter um lugar permanente como representante da região no Conselho de Segurança das Nações Unidas.[164][165]

Entre a Segunda Guerra Mundial e a década de 1990, os governos democráticos e militares procuraram expandir a influência do Brasil no mundo, prosseguindo com uma política externa e industrial independente. Atualmente o país tem como objetivo reforçar laços com outros países da América do Sul e exercer a diplomacia multilateral, através das Nações Unidas e da Organização dos Estados Americanos.[166]

A atual política externa do Brasil é baseada na posição do país como uma potência regional na América Latina, um líder entre os países em desenvolvimento (como os BRICS) e uma superpotência mundial emergente.[167] A política externa brasileira em geral tem refletido multilateralismo, resolução de litígios de forma pacífica e não intervenção nos assuntos de outros países.[168] A Constituição brasileira determina também que o país deve buscar uma integração econômica, política, social e cultural com as nações da América Latina, através de organizações como UNASUL, Mercosul e CELAC.[1][169][170][171]

Subdivisões

Predefinição:Artigo principal Predefinição:Artigo principal Predefinição:Artigo principal Predefinição:Mapa detalhado do Brasil O Brasil é uma Federação constituída pela união indissolúvel de 26 estados-membros, um Distrito Federal e [[Municípios do Brasil|Predefinição:Fmtn municípios]].[5][172] Os estados e municípios possuem natureza de pessoa jurídica de direito público, portanto, como qualquer pessoa em território nacional (cidadão ou estrangeiro), possuem direitos e deveres estabelecidos pela Constituição Brasileira de 1988. Estados e municípios possuem autoadministração, autogoverno e auto-organização, ou seja, elegem seus líderes e representantes políticos e administram seus negócios públicos sem interferência de outros municípios, estados ou da União. De modo a permitir a autoadministração, a Constituição Federal define quais tributos podem ser coletados por cada unidade da federação e como as verbas serão distribuídas entre eles. Estados e municípios, atendendo ao desejo de sua população expresso em plebiscitos, podem dividir-se ou se unir. Porém, não têm assegurado pela constituição o direito de se tornarem independentes.[1]

As unidades federativas são entidades subnacionais autônomas (autogoverno, autolegislação e autoarrecadação) dotadas de governo e constituição próprios que juntas formam a República Federativa do Brasil. Atualmente o Brasil é dividido política e administrativamente em 27 unidades federativas, sendo 26 estados e um distrito federal. O poder executivo é exercido por um governador eleito quadrienalmente. O poder judiciário é exercido por tribunais estaduais de primeira e segunda instância que cuidam da justiça comum. O Distrito Federal tem características comuns aos estados-membros e aos municípios. Ao contrário dos estados-membros, não pode ser dividido em municípios. Por outro lado, pode arrecadar tributos atribuídos como se fosse um estado e, também, como município.[1]

Os municípios são uma circunscrição territorial dotada de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa, sendo as menores unidades autônomas da Federação. Cada município tem sua própria Lei Orgânica que define a sua organização política, mas limitada pela Constituição Federal. Há um total de [[Lista de municípios do Brasil|Predefinição:Fmtn municípios]] em todo território nacional, alguns com população maior que a de vários países do mundo (cidade de São Paulo com mais de onze milhões de habitantes), outros com menos de mil habitantes; alguns com área maior do que vários países no mundo (Altamira, no Pará, é quase duas vezes maior que Portugal), outros com menos de quatro quilômetros quadrados.[2]

Economia

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O Brasil é a maior economia da América Latina, a segunda da América (atrás apenas dos Estados Unidos) e a sétima maior do mundo, tanto nominalmente quanto em paridade do poder de compra, de acordo com o Fundo Monetário Internacional e o Banco Mundial.[8] O país tem uma economia mista com vastos recursos naturais. Estima-se que a economia brasileira irá se tornar uma das cinco maiores do mundo nas próximas décadas.[173] O PIB (PPC) per capita atual é de Predefinição:Fmtn dólares (2014).[8] Ativo em setores como mineração, manufatura, agricultura e serviços, o Brasil tem uma força de trabalho de mais de 107 milhões de pessoas (6ª maior do mundo) e desemprego de 6,2% (64º no mundo).[174]

O país vem ampliando sua presença nos mercados financeiros e de commodities internacionais e é um BRICs.[175] O Brasil tem sido o maior produtor mundial de café dos últimos 150 anos[9] e tornou-se o quarto maior mercado de automóveis do mundo.[176] Entre os principais produtos de exportação estão aeronaves, equipamentos elétricos, automóveis, etanol, têxteis, calçados, minério de ferro, aço, café, suco de laranja, soja e carne enlatada.[177] O país participa de diversos blocos econômicos como o Mercado Comum do Sul (Mercosul), o G20 e o Grupo de Cairns, e sua economia corresponde a três quintos da produção industrial da economia sul-americana. O Brasil comercializa regularmente com mais de uma centena de países, sendo que 74% dos bens exportados são manufaturas ou semimanufaturas. Os maiores parceiros são: União Europeia, Mercosul, América Latina, Ásia e Estados Unidos.[178]

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) o setor do agronegócio responde por 23% do PIB brasileiro (2013).[179] O Brasil está entre os países com maior produtividade no campo, apesar das barreiras comerciais e das políticas de subsídios adotadas pelos países desenvolvidos.[180] Em relatório divulgado em 2010 pela OMS, o país é o terceiro maior exportador de produtos agrícolas do mundo, atrás apenas de Estados Unidos e União Europeia.[181]

A indústria de automóveis, aço, petroquímica, computadores, aeronaves e bens de consumo duradouros contabilizam 30,8% do produto interno bruto brasileiro. A atividade industrial está concentrada geograficamente nas regiões metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro, Curitiba, Campinas, Porto Alegre, Belo Horizonte, Manaus, Salvador, Recife e Fortaleza.[182] Entre as empresas mais conhecidas do Brasil estão: Brasil Foods, Perdigão, Sadia e JBS (setor alimentício); Embraer (setor aéreo); Havaianas e Calçados Azaleia (calçados); Petrobras (setor petrolífero); Companhia Vale do Rio Doce (mineração); Marcopolo e Busscar (carroceiras); Gerdau (siderúrgicas); Organizações Globo (comunicação).

A corrupção, no entanto, custa ao Brasil quase 41 bilhões de dólares por ano e 69,9% das empresas do país identificam esse problema como um dos principais entraves para conseguirem penetrar com sucesso no mercado global.[183] No Índice de Percepção da Corrupção de 2014, criado pela Transparência Internacional, o Brasil é classificado na 69ª posição entre os 175 países avaliados.[184] O poder de compra brasileiro também é corroído pelo conjunto de problemas nacionais chamado "custo Brasil". Além disso, o país apresenta uma das menores taxas de participação do comércio exterior no PIB, sendo classificado como uma das economias mais fechadas do mundo.[185][186] No Índice de Liberdade Econômica de 2015, por exemplo, o país foi classificado no 118º lugar entre 178 nações avaliadas.[187] Apesar de também ser um problema crônico, desde 2001 os níveis de desigualdade social e econômica vêm caindo, chegando em 2011 aos níveis de 1960, embora o país ainda esteja entre os 12 mais desiguais do planeta.[188]

Turismo

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O turismo é um setor crescente e fundamental para a economia de várias regiões do país. O país recebeu 6 milhões de turistas estrangeiros em 2013, sendo classificado, em termos de chegadas de turistas internacionais, como o principal destino da América do Sul e o segundo na América Latina, depois do México.[189] As receitas de turistas internacionais atingiu 5,9 bilhões de dólares em 2010, uma recuperação da crise econômica de 2008-2009.[190] Os registros históricos de 5,4 milhões de visitantes internacionais e 6,775 bilhões de dólares em receitas foram atingidos em 2011.[191][192]

O Best in Travel 2014, uma classificação anual dos melhores destinos feita pelo guia de viagens Lonely Planet, classificou o Brasil como o melhor destino turístico do mundo em 2014.[193] Entre os destinos mais procurados estão a Floresta Amazônica, praias e dunas na região nordeste, o pantanal no centro-oeste, as Cataratas do Iguaçu no Paraná, praias no Rio de Janeiro e em Santa Catarina, turismo cultural e histórico em Minas Gerais e viagens de negócios em São Paulo.[194] No Índice de Competitividade em Viagens e Turismo de 2015, o Brasil ficou no 28º lugar entre os 141 países avaliados.[195]

A maioria dos visitantes internacionais que chegaram em 2011 vieram da Argentina (30,8%), dos Estados Unidos (11,5%) e do Uruguai (5,0%), sendo o Mercosul e os países vizinhos da América do Sul os principais emissores de turistas.[196] O turismo interno é um segmento de mercado fundamental para a indústria, uma vez que 51 milhões de pessoas viajaram pelo país em 2005.[196] Predefinição:Panorama

Infraestrutura

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Educação

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Sala de aula na Unicamp, instituição responsável por 15% da produção científica brasileira.[197]

A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) determinam que o Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios devem gerir e organizar seus respectivos sistemas de ensino. Cada um desses sistemas educacionais públicos é responsável por sua própria manutenção, que gere fundos, bem como os mecanismos e fontes de recursos financeiros. A nova constituição reserva 25% do orçamento do Estado e 18% de impostos federais e taxas municipais para a educação.[1][198] De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), feita pelo IBGE com dados de 2013, o analfabetismo ainda afetava 8,3% da população (ou 13 milhões de pessoas).[199] Além disso, 17,8% dos brasileiros ainda eram classificados como analfabetos funcionais.[200] A qualidade geral do sistema educacional brasileiro ainda apresenta resultados fracos.[201] No Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) de 2012, elaborado pela OCDE, o país foi classificado nas posições 55ª em leitura, 58ª em matemática e 59ª em ciências, entre os 65 países avaliados pela pesquisa.[202]

O ensino superior começa com a graduação ou cursos sequenciais, que podem oferecer opções de especialização em diferentes carreiras acadêmicas ou profissionais. Dependendo de escolha, os estudantes podem melhorar seus antecedentes educativos com cursos de pós-graduação stricto sensu ou lato sensu.[198][203] Para frequentar uma instituição de ensino superior, é obrigatório, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação, concluir todos os níveis de ensino adequados às necessidades de todos os estudantes dos ensinos infantil, fundamental e médio,[204] desde que o aluno não seja portador de nenhuma deficiência, seja ela física, mental, visual ou auditiva.[205] Outro requisito é ter um bom desempenho no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), uma prova realizada pelo Ministério da Educação, utilizada para avaliar a qualidade do ensino médio e cujo resultado serve de acesso a universidades públicas através do Sistema de Seleção Unificada (SiSU). O Enem é o maior exame do país e o segundo maior do mundo, atrás somente do vestibular da China.[206] Em 2012, cerca de 11,3% da população do país tinha nível superior.[207] Das dez melhores universidades da América Latina, oito eram brasileiras de acordo com a classificação do QS World University Rankings de 2014.[208]

Saúde

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Arquivo:Institute of Cancer of São Paulo.jpg
Instituto do Câncer do Hospital das Clínicas da USP, o maior complexo hospitalar da América Latina.[209]

O sistema de saúde pública brasileiro, o Sistema Único de Saúde (SUS), é gerenciado e fornecido por todos os níveis do governo, sendo o maior sistema do tipo do mundo.[210] Já os sistemas de saúde privada atendem um papel complementar.[211] Os serviços de saúde públicos são universais e oferecidos a todos os cidadãos do país de forma gratuita. No entanto, a construção e a manutenção de centros de saúde e hospitais são financiadas por impostos, sendo que o país gasta cerca de 9% do seu PIB em despesas na área. Em 2009, o território brasileiro tinha 1,72 médicos e 2,4 leitos hospitalares para cada 1000 habitantes.[6]

Apesar de todos os progressos realizados desde a criação do sistema universal de cuidados de saúde em 1988, ainda existem vários problemas de saúde pública no Brasil. Em 2006, os principais pontos a serem resolvidos eram as altas taxas de mortalidade infantil (2,51%) e materna (73,1 mortes por 1000 nascimentos). O número de mortes por doenças não transmissíveis, como doenças cardiovasculares (151,7 mortes por Predefinição:Fmtn habitantes) e câncer (72,7 mortes por Predefinição:Fmtn habitantes), também tem um impacto considerável sobre a saúde da população brasileira. Finalmente, fatores externos, mas evitáveis, como acidentes de carro, violência e suicídio causaram 14,9% de todas as mortes no país.[211][212] O sistema de saúde brasileiro foi classificado na 125ª posição entre os 191 países avaliados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2000.[213]

Energia

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Plataforma petrolífera P-51 da estatal brasileira Petrobras. Desde 2006 o país equilibra sua balança de petróleo.[214]

O Brasil é o décimo maior consumidor da energia do planeta e o terceiro maior do hemisfério ocidental, atrás dos Estados Unidos e Canadá.[215] A matriz energética brasileira é baseada em fontes renováveis, sobretudo a energia hidrelétrica e o etanol, além de fontes não renováveis como o petróleo e o gás natural.[216] Em 2015, a Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, era a maior usina hidrelétrica do planeta por produção de energia.[217]

Ao longo das últimas três décadas o Brasil tem trabalhado para criar uma alternativa viável à gasolina. Com o seu combustível à base de cana-de-açúcar, a nação pode se tornar energicamente independente neste momento. O Pró-álcool, que teve origem na década de 1970, em resposta às incertezas do mercado do petróleo, aproveitou sucesso intermitente. Ainda assim, grande parte dos brasileiros utilizam os chamados "veículos flex", que funcionam com etanol ou gasolina, permitindo que o consumidor possa abastecer com a opção mais barata no momento, muitas vezes o etanol.[218] Os países com grande consumo de combustível, como a Índia e a China, estão seguindo o progresso do Brasil nessa área.[219] Além disso, países como o Japão e Suécia estão importando etanol brasileiro para ajudar a cumprir as suas obrigações ambientais estipuladas no Protocolo de Quioto.[220]

O Brasil possui a segunda maior reserva de petróleo bruto na América do Sul e é um dos produtores de petróleo que mais aumentaram sua produção nos últimos anos.[221] O país é um dos mais importantes do mundo na produção de energia hidrelétrica. Da sua capacidade total de geração de eletricidade, que corresponde a 90 mil megawatts (MW), a energia hídrica é responsável por Predefinição:Fmtn (74%).[222] A energia nuclear representa cerca de 3% da matriz energética brasileira.[223] O Brasil pode se tornar uma potência mundial na produção de petróleo, com grandes descobertas desse recurso nos últimos tempos na Bacia de Santos.[224][225][226] Predefinição:Panorama

Transportes

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Com uma rede rodoviária de cerca de 1,5 milhão de quilômetros, sendo 212 798 km de rodovias pavimentadas (2010), as estradas são as principais transportadoras de carga e de passageiros no tráfego brasileiro.[227][228]

Os primeiros investimentos na infraestrutura rodoviária deram-se na década de 1920, no governo de Washington Luís, sendo prosseguidos nos governos de Vargas e Gaspar Dutra.[229] O presidente Juscelino Kubitschek (1956–61), que concebeu e construiu a capital Brasília, foi outro incentivador de rodovias. Kubitschek foi responsável pela instalação de grandes fabricantes de automóveis no país (Volkswagen, Ford e General Motors chegaram ao Brasil durante seu governo) e um dos pontos utilizados para atraí-los era, evidentemente, o apoio à construção de rodovias.[230]

Com a implantação da Fiat em 1976 terminando um ciclo de mercado automobilístico fechado, a partir do final da década de 1990 o país vem recebendo grandes investimentos diretos estrangeiros instalando em seu território outros grandes fabricantes de automóveis e utilitários, como Iveco, Renault, Peugeot, Citroën, Honda, Mitsubishi, Mercedes-Benz, BMW, Hyundai, Toyota entre outras.[230] O Brasil é o sétimo mais importante país da indústria automobilística.[231]

Existem cerca de quatro mil aeroportos e aeródromos no Brasil, sendo 721 com pistas pavimentadas, incluindo as áreas de desembarque.[227] O país tem o segundo maior número de aeroportos em todo o mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.[227][232] O Aeroporto Internacional de Guarulhos, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, é o maior e mais movimentado aeroporto do país. Grande parte dessa movimentação deve-se ao tráfego comercial e popular do país e ao fato de que o aeroporto liga São Paulo a praticamente todas as grandes cidades de todo o mundo. O Brasil tem 34 aeroportos internacionais e 2 464 aeroportos regionais.[233]

O país possui uma extensa rede ferroviária de Predefinição:Fmtn km de extensão, a décima maior do mundo.[227] Atualmente, o governo brasileiro, diferentemente do passado, procura incentivar esse meio de transporte; um exemplo desse incentivo é o projeto do Trem de Alta Velocidade Rio-São Paulo, um trem-bala que pretende ligar as duas principais metrópoles do país para o transporte de passageiros;[234] e a Ferrovia Norte-Sul, projetada para ser a espinha dorsal do sistema ferroviário nacional.[235]

Há 37 grandes portos no Brasil, dentre os quais o maior é o Porto de Santos, o mais movimentado do país e da América Latina,[236][237] considerado o 39ª maior do mundo por movimentação de contêineres pela publicação britânica Container Management.[238] O país também possui Predefinição:Fmtn de hidrovias, como a Hidrovia Tietê-Paraná.[227]

Ciência e tecnologia

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VLS-1 no Centro de Lançamento de Alcântara da AEB, no Maranhão
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Laboratório Nacional de Luz Síncrotron, em Campinas, São Paulo, o único acelerador de partículas da América Latina.[239]

A pesquisa tecnológica no Brasil é em grande parte realizada em universidades públicas e institutos de pesquisa. Alguns dos mais notáveis polos tecnológicos do Brasil são os institutos Oswaldo Cruz e Butantã, o Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Dono de relativa sofisticação tecnológica, o país desenvolve de submarinos a aeronaves, além de estar presente na pesquisa aeroespacial, possuindo um Centro de Lançamento de Veículos Leves e sendo o único país do Hemisfério Sul a integrar a equipe de construção da Estação Espacial Internacional (ISS).[240]

O Brasil tem o mais avançado programa espacial da América Latina, com recursos significativos para veículos de lançamento, e fabricação de satélites.[241] Em 14 de outubro de 1997, a Agência Espacial Brasileira assinou um acordo com a NASA para fornecer peças para a ISS. No entanto, depois de quase dez anos sem conseguir cumprir o contrato de fornecimento, foi excluído do programa em maio de 2007.[242] Este acordo, contudo, possibilitou ao Brasil treinar seu primeiro astronauta. Em 30 de março de 2006 o Cel. Marcos Pontes a bordo do veículo Soyuz se transformou no primeiro astronauta brasileiro e o terceiro latino-americano a orbitar nosso planeta.[243]

O país também é pioneiro na pesquisa de petróleo em águas profundas, de onde extrai 73% de suas reservas. O urânio enriquecido na Fábrica de Combustível Nuclear (FCN), de Resende, no estado do Rio de Janeiro, atende à demanda energética do país. Existem planos para a construção do primeiro submarino nuclear do país.[244] O Brasil também é um dos três países da América Latina[245] com um laboratório Síncrotron em operação, um mecanismo de pesquisa da física, da química, das ciências dos materiais e da biologia.[246] Segundo o Relatório Global de Tecnologia da Informação 2009–2010 do Fórum Econômico Mundial, o Brasil é o 61º maior desenvolvedor mundial de tecnologia da informação.[247]

O Brasil também tem um grande número de notáveis personalidades científicas. Entre os inventores brasileiros mais reconhecidos estão os padres Bartolomeu de Gusmão,[248] Roberto Landell de Moura[248] e Francisco João de Azevedo,[248] além de Alberto Santos Dumont,[249] Evaristo Conrado Engelberg,[250] Manuel Dias de Abreu,[251] Andreas Pavel[252] e Nélio José Nicolai.[253] A ciência brasileira é representada por nomes como César Lattes (físico brasileiro codescobridor do méson pi),[254] Mário Schenberg (considerado o maior físico teórico do Brasil),[255] José Leite Lopes (único físico brasileiro detentor do UNESCO Science Prize),[256] Artur Ávila (o primeiro latino-americano ganhador da Medalha Fields)[257] e Fritz Müller (pioneiro no apoio factual à teoria da evolução apresentada por Charles Darwin).[258]

Mídia e comunicações

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Predefinição:Artigo principal Predefinição:Artigo principal

A imprensa brasileira tem seu início em 1808 com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, sendo até então proibida toda e qualquer atividade de imprensa — fosse a publicação de jornais ou livros.[259] A imprensa brasileira nasceu oficialmente no Rio de Janeiro em 13 de maio de 1808, com a criação da Impressão Régia, hoje Imprensa Nacional, pelo príncipe-regente Dom João.[260] A Gazeta do Rio de Janeiro, o primeiro jornal publicado em território nacional,[261] começa a circular em 10 de setembro de 1808. Atualmente a imprensa escrita consolidou-se como um meio de comunicação em massa e produziu grandes jornais que hoje estão entre as maiores do país e do mundo como a Folha de S.Paulo, O Globo e o Estado de S. Paulo, e publicações das editoras Abril e Globo.[262]

A radiodifusão surgiu em 7 de setembro de 1922,[263] sendo a primeira transmissão um discurso do então presidente Epitácio Pessoa, porém a instalação do rádio de fato ocorreu apenas em 20 de abril de 1923 com a criação da "Rádio Sociedade do Rio de Janeiro".[264]

A televisão no Brasil começou, oficialmente, em 18 de setembro de 1950,[265] trazida por Assis Chateaubriand que fundou o primeiro canal de televisão no país, a TV Tupi. Desde então a televisão cresceu no país, criando grandes redes como a Globo, Record, SBT, RedeTV e Bandeirantes. Hoje, a televisão representa um fator importante na cultura popular moderna da sociedade brasileira. A televisão digital no Brasil teve início em 2007, inicialmente na cidade de São Paulo, pelo padrão japonês.[266]

A Internet veio ao Brasil em 1988 por decisão inicial da sociedade de estudantes e professores universitários paulistanos (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, liderada por Oscar Sala) e cariocas (Universidade Federal do Rio de Janeiro e Laboratório Nacional de Computação Científica), mas, somente a partir de 1996, a Internet brasileira passou a ter seus backbones próprios inaugurados por provedores comerciais, iniciando assim o desenvolvimento dessa rede de telecomunicações.[267]

Cultura

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Interior da Igreja de São Francisco em Salvador, na Bahia, uma das mais ricas expressões do barroco brasileiro.

O núcleo de cultura é derivado da cultura portuguesa, por causa de seus fortes laços com o império colonial português. Entre outras influências portuguesas encontram-se o idioma português, o catolicismo romano e estilos arquitetônicos coloniais.[268] A cultura, contudo, foi também fortemente influenciada por tradições e culturas africanas, indígenas e europeias não-portuguesas.[269]

Alguns aspectos da cultura brasileira foram influenciadas pelas contribuições dos italianos, alemães e outros imigrantes europeus que chegaram em grande número nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.[270] Os ameríndios influenciaram a língua e a culinária do país e os africanos influenciaram a língua, a culinária, a música, a dança e a religião.[271]

A arte brasileira tem sido desenvolvida, desde o século XVI, em diferentes estilos que variam do barroco (o estilo dominante no Brasil até o início do século XIX)Predefinição:HarvRef[272] para o romantismo, modernismo, expressionismo, cubismo, surrealismo e abstracionismo. O cinema brasileiro remonta ao nascimento da mídia no final do século XIX e ganhou um novo patamar de reconhecimento internacional nos últimos anos.[273]

Música

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A música do Brasil se formou, principalmente, a partir da fusão de elementos europeus e africanos, trazidos respectivamente por colonizadores portugueses e escravos. Até o século XIX Portugal foi a porta de entrada para a maior parte das influências que construíram a música brasileira, clássica e popular, introduzindo a maioria do instrumental, o sistema harmônico, a literatura musical e boa parcela das formas musicais cultivadas no país ao longo dos séculos, ainda que diversos destes elementos não fosse de origem portuguesa, mas genericamente europeia.[274]

Na música clássica, contudo, aquela diversidade de elementos se apresentou até tardiamente numa feição bastante indiferenciada, acompanhando de perto – dentro das possibilidades técnicas locais, bastante modestas se comparadas com os grandes centros europeus ou como os do México e do Peru – o que acontecia na Europa e em grau menor na América espanhola em cada período, e um caráter especificamente brasileiro na produção nacional só se tornaria nítido após a grande síntese realizada por Villa Lobos, já em meados do século XX. O primeiro grande compositor brasileiro foi José Maurício Nunes Garcia, autor de peças sacras com notável influência do classicismo vienense.[274]

A maior contribuição do elemento africano foi a diversidade rítmica e algumas danças e instrumentos, que tiveram um papel maior no desenvolvimento da música popular e folclórica, florescendo especialmente a partir do século XX. O indígena praticamente não deixou traços seus na corrente principal, salvo em alguns gêneros do folclore, sendo em sua maioria um participante passivo nas imposições da cultura colonizadora.[274] Com grande participação negra, a música popular desde fins do século XVIII começou a dar sinais de formação de uma sonoridade caracteristicamente brasileira.[274]

A música brasileira engloba vários estilos regionais influenciados por formas africanas, europeias e ameríndias. Ela se desenvolveu em estilos e gêneros musicais diferentes, tais como música popular brasileira, música nativista, música sertaneja, vanerão, samba, choro, axé, brega, forró, frevo, baião, lambada, maracatu, tropicalismo, bossa nova e rock brasileiro, entre outros.[274] Predefinição:Panorama

Literatura

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A literatura brasileira surgiu a partir da atividade literária incentivada pelos jesuítas durante o século XVI.[275] No séculos posteriores, o barroco desenvolveu-se no nordeste do país nos séculos XVI e XVII e o arcadismo se expandiu no século XVIII na região das Minas Gerais.[275]

No século XIX, o romantismo brasileiro afetou a literatura nacional, tendo como seu maior nome José de Alencar.[276] Após esse período, o realismo brasileiro expandiu-se pelo país, principalmente pelas obras de Machado de Assis, poeta e romancista, cujo trabalho se estende por quase todos os gêneros literários e que é amplamente considerado como o maior escritor brasileiro.[277]

Bastante ligada, de princípio, à literatura metropolitana, ela foi ganhando independência com o tempo, iniciando o processo durante o século XIX com os movimentos romântico e realista. Atingiu o ápice com a Semana de Arte Moderna em 1922, caracterizando-se pelo rompimento definitivo com as literaturas de outros países, formando-se, portanto, a partir do Modernismo e suas gerações as primeiras escolas de escritores verdadeiramente independentes. São dessa época grandes nomes como Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, João Guimarães Rosa, Clarice Lispector e Cecília Meireles.[278]

Culinária

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A feijoada é considerada um dos pratos nacionais.[279]

A cozinha brasileira varia muito de acordo com a região, refletindo a combinação de populações nativas e de imigrantes pelo país. Isto criou uma cozinha nacional marcada pela preservação das diferenças regionais.[280] Os exemplos são a feijoada à brasileira, considerada o prato nacional do país;[281][282] e os alimentos regionais, como beiju, feijão tropeiro, vatapá, moqueca, polenta, pão de queijo e acarajé.

Ingredientes utilizados pela primeira vez pelos povos indígenas no Brasil incluem a mandioca, guaraná, açaí, cumaru e tacacá. A partir daí, muitas ondas de imigrantes trouxeram alguns de seus pratos típicos, substituindo ingredientes em falta com equivalentes locais. Por exemplo, os imigrantes europeus (principalmente de Portugal, Itália, Espanha, Alemanha, Polônia e Suíça) estavam acostumados a uma dieta à base de trigo e introduziram vinho, hortaliças e produtos lácteos na culinária local. Quando as batatas não estavam disponíveis, eles descobriram como usar a macaxeira nativa como um substituto.[283]

Os escravos africanos também tiveram um papel no desenvolvimento de culinária brasileira, especialmente nos estados costeiros. A influência estrangeira estendeu-se por ondas migratórias posteriores: os imigrantes japoneses trouxeram a maior parte dos alimentos que os brasileiros se associam com cozinha asiática.[284] O Brasil também tem uma grande variedade de doces, como o brigadeiro, o beijinho e o bolo de rolo. A bebida nacional é o café, e a cachaça é uma bebida destilada nativa do Brasil. A cachaça é destilada a partir de cana-de-açúcar e é o ingrediente principal do coquetel nacional, a caipirinha.[285]

Esportes

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O futebol é o esporte mais popular no Brasil.[269] A Seleção Brasileira de Futebol foi a única no mundo a participar de todas as edições da Copa do Mundo FIFA, sendo vitoriosa cinco vezes: 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.[286]

Voleibol, futsal, basquetebol, skate, automobilismo e as artes marciais também têm grande popularidade no país. Embora não sejam tão praticados e acompanhados como os esportes citados anteriormente, tênis, handebol, natação e ginástica têm encontrado muitos seguidores brasileiros ao longo das últimas décadas. No automobilismo, pilotos brasileiros ganharam o campeonato mundial de Fórmula 1 oito vezes: Emerson Fittipaldi, em 1972 e 1974;[287] Nelson Piquet, em 1981, 1983 e 1987;[288] e Ayrton Senna, em 1988, 1990 e 1991.[289] O circuito localizado em São Paulo, Autódromo José Carlos Pace, organiza anualmente o Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1.[290]

Arquivo:Terminam os Jogos Olímpicos Rio 2016 (29040726262).jpg
Cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016 no Estádio do Maracanã, Rio de Janeiro.

Algumas variações de esportes têm suas origens no Brasil. Futebol de praia,[291] futsal (versão oficial do futebol indoor),[292] futetênis,[293][294] futebol de saco[295] e futevôlei emergiram de variações do futebol. Outros esportes também criados no país são a peteca,[296] o acquaride,[297][298] o frescobol,[299] o sandboard[300] e o biribol.[301] Nas artes marciais, os brasileiros têm desenvolvido a capoeira,[302] vale-tudo,[303] e o jiu-jitsu brasileiro,[304] entre outras artes marciais brasileiras.

O Brasil já organizou eventos esportivos de grande escala: sediou as Copas do Mundo de 1950, na qual foi o vice-campeão,[305] e 2014, quando ficou em quarto lugar.[306][307] Em 1963, São Paulo foi sede dos Jogos Pan-Americanos e Porto Alegre da Universíada de Verão. A cidade do Rio de Janeiro sediou os Jogos Pan-Americanos de 2007[308] e também os Jogos Olímpicos de Verão de 2016, que contou com a participação de 207 delegações e mais de doze mil atletas.[309] Brasília, originalmente escolhida para sediar a Universíada de Verão de 2019, declinou da escolha, em 21 de janeiro de 2015, alegando que a cidade não teria condições financeiras de sediar o evento. A FISU reabriu o processo de candidatura para uma nova sede para os Jogos.[310]

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