Kathara: Roteamento: mudanças entre as edições

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Testar conectividade com '''ping''':
Testar conectividade com '''ping''':
*pc1 -> pc2:
*pc1 -> pc2:
  ping 192.169.1.2
  ping 192.168.1.2
*pc2 -> pc1:
*pc2 -> pc1:
  ping 192.169.0.1
  ping 192.168.0.1


Verificar rota com '''traceroute''':
Verificar rota com '''traceroute''':
*pc1 -> pc2:
*pc1 -> pc2:
  traceroute 192.169.1.2
  traceroute 192.168.1.2


Remover rede do laboratório:
Remover rede do laboratório:
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'''Testar conectividade''' entre as máquinas com '''ping''':
'''Testar conectividade''' entre as máquinas com '''ping''':
*pc1 -> r1:
*pc1 -> r1:
  ping 192.169.1.2
  ping 192.168.1.2
*pc1 -> pc2:
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  ping 192.169.2.1
  ping 192.168.2.1
*pc1 -> pc3:
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  ping 192.169.3.1
  ping 192.168.3.1
:Note que '''não há conectividade''' entre os pc1, pc2 e pc3.
:Note que '''não há conectividade''' entre os pc1, pc2 e pc3.


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  kathara lclean
  kathara lclean
  kathara wipe
  kathara wipe
==Roteamento Dinâmico==
O '''roteamento dinâmico''' permite gerar automaticamente as rotas que os pacotes seguirão entre uma origem e um  destino.
Há duas classes de '''protocolos de roteamento dinâmico''' na Internet: os '''protocolos intra-SA'''  e '''inter-SA''' (SA - Sistema Autônomo).
Os protocolos de roteamento '''intra-SA''' atuam internamente ao '''sistema autônomo''', definindo as melhores rotas em função de um custo atribuído a cada enlace a percorrer. Dois protocolos de roteamento intra--SA bastante utilizados na Internet são o '''RIP''' e o '''OSPF''':
*'''RIP''' (''Routing Information Protocol''): Constrói as tabelas dinamicamente utilizando um '''algoritmo de roteamento''' chamado '''vetor de distâncias''', calculando as melhores rotas tendo como base o número de enlaces a percorrer.
*'''OSPF''' (''Open Shortest Path First''): É um protocolo de roteamento mais elaborado, baseado no algoritmo '''estado do enlace''', desenhado para convergir rapidamente ao ser informado de qualquer alteração de estado do enlace dentro da rede.
O roteamento '''inter-SA''' permite interconectar diferentes sistemas autônomos. Na Internet o protocolo mais utilizado neste domínio é o '''BGP''' (''Border Gateway Protocol''), o qual permite implementar políticas específicas dependendo dos sistemas autônomos que serão integrados.


==Laboratório: Roteamento Dinâmico==
==Laboratório: Roteamento Dinâmico==


Exemplo de '''rede de computadores''' com '''roteamento dinâmico''' construída com comandos '''Kathará l-commands''':
Ha alguns pacotes de software que implementam os protocolos de roteamento dinâmico, como o '''Quagga''' e o '''FFR''', sendo este último uma versão mais nova, originada de um ''fork'' do Quagga.


Para este exemplo será utilizada a mesma estrutura do '''laboratório Roteamento Estático''', com os mesmos arquivos de configuração:
Para este laboratório vamos utilizar o '''Quagga''' e o protocolo '''RIP''', baseado no exemplo descrito em <ref>https://github.com/KatharaFramework/Kathara-Labs/tree/main/main-labs/intradomain-routing/quagga/rip/kathara-lab_rip</ref>.


lab.conf
===Preparação da estrutura para o laboratório===
pc1.startup
pc2.startup
pc3.startup
r1.startup
r2.startup
r3.startup
pc1/
pc2/
pc3/
r1/
r2/
r3/


===Procedimentos práticos===
Utilizar a mesma estrutura do '''laboratório Roteamento Estático''', com os mesmos arquivos de configuração.


Iniciar rede do laboratório:
Iniciar rede do laboratório:
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'''Testar conectividade''' entre as máquinas com '''ping''':
'''Testar conectividade''' entre as máquinas com '''ping''':
*pc1 -> r1:
*pc1 -> r1:
  ping 192.169.1.2
  ping 192.168.1.2
*pc1 -> pc2:
*pc1 -> pc2:
  ping 192.169.2.1
  ping 192.168.2.1
*pc1 -> pc3:
*pc1 -> pc3:
  ping 192.169.3.1
  ping 192.168.3.1
:Note que '''não há conectividade''' entre os pc1, pc2 e pc3.
:Note que '''não há conectividade''' entre os pc1, pc2 e pc3.


===Roteamento dinâmico===
===Ativação e testes do protocolo RIP===
 
O '''roteamento dinâmico''' permite gerar automaticamente as rotas que os pacotes seguirão entre uma origem e um  destino.
 
Há duas classes de '''protocolos de roteamento dinâmico''' na Internet: os '''protocolos intra-SA'''  e '''inter-SA''' (SA - Sistema Autônomo).
 
Os protocolos de roteamento '''intra-SA''' atuam internamente ao '''sistema autônomo''', definindo as melhores rotas em função de um custo atribuído a cada enlace a percorrer. Dois protocolos de roteamento intra--SA bastante utilizados na Internet são o '''RIP''' e o '''OSPF''':
*'''RIP''' (''Routing Information Protocol''): Constrói as tabelas dinamicamente utilizando um '''algoritmo de roteamento''' chamado '''vetor de distâncias''', calculando as melhores rotas tendo como base o número de enlaces a percorrer.
*'''OSPF''' (''Open Shortest Path First''): É um protocolo de roteamento mais elaborado, baseado no algoritmo '''estado do enlace''', desenhado para convergir rapidamente ao ser informado de qualquer alteração de estado do enlace dentro da rede.
 
O roteamento '''inter-SA''' permite interconectar diferentes sistemas autônomos. Na Internet o protocolo mais utilizado neste domínio é o '''BGP''' (''Border Gateway Protocol''), o qual permite implementar políticas específicas dependendo dos sistemas autônomos que serão integrados.
 
Para habilitar o '''roteamento dinâmico''' no Kathará deve-se ativar o programa '''[http://www.quagga.net/ Quagga]''', que implementa os protocolos de roteamento citados.
 
====Protocolo RIP: Procedimentos práticos====


Para ativar o '''RIP''' é necessário incluir '''arquivos de configuração''' em cada um dos roteadores, no caso do exemplo, nos roteadores r1, r2 e r3.
Para ativar o '''RIP''' é necessário incluir '''arquivos de configuração''' em cada um dos roteadores.


Os arquivos de configuração do RIP em um roteador são:
Os arquivos de configuração do RIP em um roteador são:
Linha 230: Linha 216:
  /etc/quagga/zebra.conf
  /etc/quagga/zebra.conf


Conteúdo dos arquivos para ativar RIP:
Conteúdo dos arquivos para ativar RIP no roteador r1:
  daemons
  daemons
   #Indica quais ''daemons'' devem ser iniciados:
   #Indica quais ''daemons'' devem ser iniciados:
Linha 240: Linha 226:
   ripngd=no
   ripngd=no


  rip.conf
  ripd.conf
   hostname ripd
   hostname ripd
   password zebra
   password zebra
Linha 256: Linha 242:
   enable password zebra
   enable password zebra


Estes arquivos devem ser incluídos no diretório
/r1/etc/quagga/
Para os demais roteadores deve-se fazer o mesmo, mudando o nome do roteador no arquivo zebra.conf.
;Ativação do RIP:
Uma vez configurado, o RIP deve ser ativado manualmente em cada roteador:
/etc/init.d/quagga start
;Testes de conectividade:


Testar novamente '''conectividade''' entre as máquinas com '''ping'''.
Testar novamente '''conectividade''' entre as máquinas com '''ping'''.


Verificar '''rotas''' entre as máquinas com '''traceroute'''.
Verificar '''rotas''' entre as máquinas com '''traceroute'''.
'''Derrubar um enlace''' e verificar novamente as rotas e testar conectividade.
:Por exemplo, para derrubar o enlace AB, derrubar as interfaces correspondentes em r1 e r2:
ifconfig eth1 down


Remover rede do laboratório:
Remover rede do laboratório:
  kathara lclean
  kathara lclean
  kathara wipe
  kathara wipe
==Terminal vtysh dos roteadores==
Um roteador implementado com '''quagga''' apresenta um '''shell''' similar a um '''roteador Cisco''' real, conhecido como '''vtysh''', e aceita comandos específicos para a configuração dos roteadores. O comando '''?''' mostra os demais comandos disponíveis.
;Comandos para verificar a configuração do roteador:
*Verificar a configuração das interfaces de rede:
show interface
*Verificar as tabelas de roteamento:
show ip route
*Sair do vtysh:
exit


==Referências==
==Referências==

Edição atual tal como às 01h15min de 17 de novembro de 2023

Kathará: Roteamento

Veja como instalar o emulador de redes de computadores Kathará e exemplos introdutórios de redes na página Kathará.

Laboratório: Redes interligadas por roteador

Exemplo de redes interligadas por roteador construída com comandos Kathará l-commands:

Hierarquia de arquivos e diretórios para os scripts do laboratório
lab.conf
pc1.startup
pc2.startup
r1.startup
pc1/
pc2/
r1/

Conteúdo dos arquivos:

lab.conf
  pc1[0]=A
  r1[0]=A
  r1[1]=B
  pc2[0]=B
pc1.startup
  ifconfig eth0 192.168.0.1/24 up
pc2.startup
  ifconfig eth0 192.168.1.2/24 up
r1.startup
  ifconfig eth0 192.168.0.2/24 up
  ifconfig eth1 192.168.1.1/24 up

Iniciar rede do laboratório:

kathara lstart

Verificar tabelas de roteamento com route:

  • pc1, pc2 e r1:
route

Definir roteador default com route add manualmente em cada dispositivo:

  • pc1:
route add default gw 192.168.0.2 dev eth0
  • pc2:
route add default gw 192.168.1.1 dev eth0
Verificar novamente as tabelas de roteamento .
Obs: Rotas estáticas e o roteador padrão podem ser incluídas nos arquivos .startup.

Testar conectividade com ping:

  • pc1 -> pc2:
ping 192.168.1.2
  • pc2 -> pc1:
ping 192.168.0.1

Verificar rota com traceroute:

  • pc1 -> pc2:
traceroute 192.168.1.2

Remover rede do laboratório:

kathara lclean

Laboratório: Roteamento Estático

Exemplo de rede de computadores com roteamento estático construída com comandos Kathará l-commands:

Hierarquia de arquivos e diretórios para os scripts do laboratório
lab.conf
pc1.startup
pc2.startup
pc3.startup
r1.startup
r2.startup
r3.startup
pc1/
pc2/
pc3/
r1/
r2/
r3/

Conteúdo dos arquivos:

lab.conf
  pc1[0]=A
  r1[0]=A
  r1[1]=AB
  r1[2]=AC
  pc2[0]=B
  r2[0]=B
  r2[1]=AB
  r2[2]=BC
  pc3[0]=C
  r3[0]=C
  r3[1]=BC
  r3[2]=AC
Rotas default incluídas no arquivo de configuração:
pc1.startup
  ifconfig eth0 192.168.1.1/24 up
  route add default gw 192.168.1.2 dev eth0
pc2.startup
  ifconfig eth0 192.168.2.1/24 up
  route add default gw 192.168.2.2 dev eth0
pc3.startup
  ifconfig eth0 192.168.3.1/24 up
  route add default gw 192.168.3.2 dev eth0
r1.startup
  ifconfig eth0 192.168.1.2/24 up
  ifconfig eth1 10.0.1.1/24 up
  ifconfig eth2 10.0.2.1/24 up
r2.startup
  ifconfig eth0 192.168.2.2/24 up
  ifconfig eth1 10.0.1.2/24 up
  ifconfig eth2 10.0.3.1/24 up
r3.startup
  ifconfig eth0 192.168.3.2/24 up
  ifconfig eth1 10.0.3.2/24 up
  ifconfig eth2 10.0.2.2/24 up

Procedimentos práticos

Iniciar rede do laboratório:

kathara lstart

Verificar tabelas de roteamento com route:

  • pc1, pc2, pc2
  • r1, r2, r3
route

Testar conectividade entre as máquinas com ping:

  • pc1 -> r1:
ping 192.168.1.2
  • pc1 -> pc2:
ping 192.168.2.1
  • pc1 -> pc3:
ping 192.168.3.1
Note que não há conectividade entre os pc1, pc2 e pc3.
Rotas estáticas

Definir rotas estáticas nos roteadores r1, r2 e r3 para conectividade completa entre os dispositivos.

Exemplo de rotas em r1 para atingir redes B e C:
route add -net 192.168.2.0/24 gw 10.0.1.2 dev eth1
route add -net 192.168.3.0/24 gw 10.0.2.2 dev eth2
Configurar também para r2 e r3.

Testar novamente conectividade entre as máquinas com ping.

Verificar rotas entre as máquinas com traceroute.

Remover rede do laboratório:

kathara lclean
kathara wipe

Roteamento Dinâmico

O roteamento dinâmico permite gerar automaticamente as rotas que os pacotes seguirão entre uma origem e um destino.

Há duas classes de protocolos de roteamento dinâmico na Internet: os protocolos intra-SA e inter-SA (SA - Sistema Autônomo).

Os protocolos de roteamento intra-SA atuam internamente ao sistema autônomo, definindo as melhores rotas em função de um custo atribuído a cada enlace a percorrer. Dois protocolos de roteamento intra--SA bastante utilizados na Internet são o RIP e o OSPF:

  • RIP (Routing Information Protocol): Constrói as tabelas dinamicamente utilizando um algoritmo de roteamento chamado vetor de distâncias, calculando as melhores rotas tendo como base o número de enlaces a percorrer.
  • OSPF (Open Shortest Path First): É um protocolo de roteamento mais elaborado, baseado no algoritmo estado do enlace, desenhado para convergir rapidamente ao ser informado de qualquer alteração de estado do enlace dentro da rede.

O roteamento inter-SA permite interconectar diferentes sistemas autônomos. Na Internet o protocolo mais utilizado neste domínio é o BGP (Border Gateway Protocol), o qual permite implementar políticas específicas dependendo dos sistemas autônomos que serão integrados.

Laboratório: Roteamento Dinâmico

Ha alguns pacotes de software que implementam os protocolos de roteamento dinâmico, como o Quagga e o FFR, sendo este último uma versão mais nova, originada de um fork do Quagga.

Para este laboratório vamos utilizar o Quagga e o protocolo RIP, baseado no exemplo descrito em [1].

Preparação da estrutura para o laboratório

Utilizar a mesma estrutura do laboratório Roteamento Estático, com os mesmos arquivos de configuração.

Iniciar rede do laboratório:

kathara lstart

Verificar tabelas de roteamento com route:

  • pc1, pc2, pc2
  • r1, r2, r3
route

Testar conectividade entre as máquinas com ping:

  • pc1 -> r1:
ping 192.168.1.2
  • pc1 -> pc2:
ping 192.168.2.1
  • pc1 -> pc3:
ping 192.168.3.1
Note que não há conectividade entre os pc1, pc2 e pc3.

Ativação e testes do protocolo RIP

Para ativar o RIP é necessário incluir arquivos de configuração em cada um dos roteadores.

Os arquivos de configuração do RIP em um roteador são:

/etc/quagga/daemons
/etc/quagga/ripd.conf
/etc/quagga/zebra.conf

Conteúdo dos arquivos para ativar RIP no roteador r1:

daemons
 #Indica quais daemons devem ser iniciados:
 zebra=yes
 bgpd=no
 ospfd=no
 ospf6d=no
 ripd=yes
 ripngd=no
ripd.conf
 hostname ripd
 password zebra
 enable password zebra
 !
 router rip
 redistribute connected
 network 10.0.0.0/16
 !
 log file /var/log/quagga/ripd.log
zebra.conf
 hostname r1
 password zebra
 enable password zebra

Estes arquivos devem ser incluídos no diretório

/r1/etc/quagga/

Para os demais roteadores deve-se fazer o mesmo, mudando o nome do roteador no arquivo zebra.conf.

Ativação do RIP

Uma vez configurado, o RIP deve ser ativado manualmente em cada roteador:

/etc/init.d/quagga start
Testes de conectividade

Testar novamente conectividade entre as máquinas com ping.

Verificar rotas entre as máquinas com traceroute.

Derrubar um enlace e verificar novamente as rotas e testar conectividade.

Por exemplo, para derrubar o enlace AB, derrubar as interfaces correspondentes em r1 e r2:
ifconfig eth1 down

Remover rede do laboratório:

kathara lclean
kathara wipe

Terminal vtysh dos roteadores

Um roteador implementado com quagga apresenta um shell similar a um roteador Cisco real, conhecido como vtysh, e aceita comandos específicos para a configuração dos roteadores. O comando ? mostra os demais comandos disponíveis.

Comandos para verificar a configuração do roteador
  • Verificar a configuração das interfaces de rede:
show interface
  • Verificar as tabelas de roteamento:
show ip route
  • Sair do vtysh:
exit

Referências


Evandro.cantu (discussão) 11h18min de 23 de fevereiro de 2021 (-03)